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• 18 de março de 2021 St. Albert, Canadá. St. Albert High School.
Bailey caminhou lentamente com Andrew e Diarra até a sala dos professores. O alemão estava tenso. Não sabia o que iria ouvir do garoto, e nem como falar para o garoto que o pai dele pode ser um criminoso.
- Posso te fazer algumas perguntas, Andrew? - Bailey perguntou, com receio.
- Pode sim, Sr. Deinert. Eu só quero ajudar a Sins. - Respondeu e Bailey assentiu.
- Agradeço por isso. - Sorriu. - Você que fez aqueles cupcakes? - O olhou.
- Não. Foi meu pai. - Disse, olhando nos olhos do homem.
- Você sabia o que tinha no cupcake? - Andrew negou. - Você chegou a falar para o seu pai que Sina tinha uma doença? - Perguntou, sentando em sua frente.
- Sina falou. Não com essas palavras falou que tinha una condição de saúde, algo assim. - Bailey suspirou. - Você acha que meu pai quer machucar a Sina? - O alemão abaixou a cabeça.
- Andrew, eu não vou mentir, acho sim. - Falou. - Você não desconfiou de nada? - Perguntou.
- Eu vi os frascos de remédio. Mas eu achava que era dele. - Andrew passou mão no cabelo. - Meu pai... Ele já fez mais alguma para a Sina? - Bailey paralisou, não sabia como responder. Então respirou fundo e o olhou.
- Andrew, quando minha filha tinha três anos morávamos no Alemanha e ela foi sequestrada. Torturaram ela. Trouxeram-na pro Canadá. Havia um homem misterioso com um filho chamado Andrew dois anos mais velho que ela. - Suspirou e continuou. - Eu tenho quase certeza que quem a salvou foi sua mãe. Você pode ligar pra ela vir? - Ele assentiu, pegando o celular. Bailey foi até Diarra.
- Acha que é o pai dele? - A mulher perguntou.
- Tenho certeza. - O Deinert respondeu com firmeza.
- Ela já está vindo. - Andrew informou.
- Vou pedir que fique aqui até ela chegar, Andrew. - Diarra pediu e ele assentiu.
- Tudo bem, Sra. Sylla. - O garoto respondeu.
Passaram-se longos trinta minutos até uma mulher loira passar pela porta, e dar um abraço no filho.
- Queria falar comigo, Sra. Sylla? - a mulher pergutou, se virando para Diarra, ainda sem notar Bailey.
- Mais ou menos, Sra. Lopez. Esse é Bailey Thomas Deinert Loukamaa. É o pai da aluna Sina Maria Deinert Loukamaa, a garota que está no hospital. - A mulher ficou tensa.
- Prazer, Sra. Lopez. - Bailey estendeu a mão, a mulher apertou, receosa.
- Como está sua garota? Já acordou? - Bailey assentiu.
