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POV LIZZY

— Você vai ficar em São Paulo por muito tempo? — pergunto, mesmo sabendo a resposta.

Já tínhamos chegado na cozinha e o menino estava realmente bebendo a água dele.

— Uma semaninha só, mas volto próximo mês quando as férias começarem — ele explica quando dá o seu último gole — Você não vai morrer de saudades, calmou.

— Seu ego é muito grande, sabia? — rebato, prendendo o riso.

— Você me elogia a cada dez minutos e quer reclamar do meu ego? — Thur ironiza.

— Me arrependi já — finjo lamentação.

— Se arrependeu nada, primeira coisa que me disse quando me viu foi que eu sou bonito — é a resposta do garoto, que estende o braço para entregar minha água.

Levanto da cadeira que estava sentada para pegar o copo, dando um pequeno gole e o colocando em cima da mesa.

— Bonito é — afirmo — Mas fala muito e faz pouco, aí complica.

Deixo um sorriso de canto escapar quando percebo os olhos dele semicerrarem em desafio.

— E o que eu falei e não fiz? — Arthur pergunta, cruzando os braços.

— Várias coisas — digo, me permitindo sorrir abertamente — Falou que ia valer a pena aguentar o Lzinn, mas ainda não vi nenhuma vantagem.

— Ele tá quieto, não tá? — Thur questiona, parecendo pensativo — Análise.

— Quieto e psicopata, você quer dizer — alego — Todas as vezes que olhei pra ele, o João Lucas estava parecendo uma Medusa nos encarando.

O menino ri, andando para mais perto de mim.

Perto até demais, cadê a distância segura para cardíacos?

— No fundo ele deve estar esperando nosso beijo para tirar foto e postar no fã clube que eu não duvido que ele tenha criado para a gente — Deduzo que tenha sido essa a explicação de Thur.

Tinha prendido a respiração e ficado levemente desorientada mais ou menos na metade da frase, quando senti suas mãos tocarem minha cintura.

— A gente não deveria deixar ele esperando tanto por isso então — insinuo.

— Você sabe que se quiser me beijar é só pedir, certo? — o menino mais confirma do que pergunta.

— Você sabe que o mesmo vale para você, certo? — é a minha vez de confirmar.

Percebo que ele está olhando para minha boca e engulo seco quando ele se aproxima ainda mais.

Thur continua segurando a minha cintura, mas direciona uma das mãos ao meu maxilar, levantando minha face para encara-lo.

— Sendo assim, eu posso? — ele pergunta em um tom quase inaudível.

— Sempre — me apresso em dizer.

Fecho os olhos quando sua mão puxa meu rosto, acelerando meu coração quando nossos lábios se encontram.

Ficamos alguns segundos apenas aproveitando a sensação, até ele separar o selinho e em seguida voltar a me beijar, dessa vez um beijo de verdade.

Enquanto nossas línguas se mexem de forma sincronizada e lenta, Thur me puxa para mais perto ainda - se é que, a esse ponto, isso seja possível -.

Desço uma mão para apoiá-la em seu peitoral, enquanto os dedos da outra passeavam pelo seu pescoço.

Separo nossas bocas quando fico sem ar, aproveitando o tempo de recuperar o fôlego para distribuir beijos pelo seu rosto e admirar o garoto, que continua com os olhos fechados e está sorrindo.

Não demoro para selar nossos lábios mais uma vez, agora com muito mais confiança e calma. Sinto como se estivesse tudo em seu devido lugar e ali fosse meu local seguro. Juro que ficaria o resto da minha vida presa nesse momento sem nenhum problema.

O Thur finaliza o beijo com selinhos, me puxando para mais um abraço logo depois.

— Isso foi melhor do que eu imaginei — ele afirma.

— E você imaginou muitas vezes? — questiono.

— Milhares — ele diz e eu dou risada.

— Ainda bem, porque eu também — revelo, falando baixo como se fosse um segredo que só ele poderia saber.

Saio dos seus braços e pego meu copo de volta da mesa, bebendo toda a água com um longo gole.

Ainda sentia minhas mãos suarem por conta do nervosismo, porém continuei a fingir tranquilidade quando direcionei meu olhar de volta ao Fernandes.

— Vamos? Demoramos demais bebendo água.

— Verdade, já já seu primo banca o cão farejador atrás da Luiza Andrade — ele concorda e eu bato fraco em seu braço em uma falsa repreensão.

— Não mais do que os seus amigos de line.

— Meus amigos estão bebendo — Thur argumenta — O único que deve lembrar de cuidar de mim é o Bak.

— Lessa tem mesmo esse espírito de pai protetor com você — eu concordo, falando mais alto quando o barulho de som se faz presente.

— Seu primo também tem com você — ele diz curioso, mais parecendo uma dúvida.

— Em resumo, pais que trabalhavam muito e infância juntos — sou sucinta.

Quando chegamos perto o suficiente dos nossos amigos, sento ao lado de Since, que estava quase dormindo com os abertos.

— E ele tá criando uma nova organização — presto atenção na fala de Coringa, tentando captar a fofoca.

— Mas a saída dele já foi anunciada? — Jon parece confuso.

— O Nobru sair do time do Corinthians é uma perca grande pra org, então eles estão planejando ainda — Whisky explica.

— Mas ele já tá lançando altas propostas — Rafis garante — Infelizmente ainda não pra mim.

Dou risada do brasiliense, agora sim entendendo sobre o assunto tratado.

Isso seria de fato uma mudança grande no cenário, pois mesmo que tenha surgido novos times nos últimos meses, nenhum era comandado por um nome de tanto peso como o do Bruno.

Olho para Thur, que não parecia surpreso, e faço uma nota mental: essa seria uma fofoca que eu lembraria de perguntar os detalhes a ele depois.

Acho que o menino entendeu, porque quando me devolveu o olhar piscou um dos olhos para mim e sorriu.

Inferno de menino bonito.

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especialmente p #ela, q mandou postar e eu respondi auau, te amo.

feliz ano novo adiantado!! projeto padrão, rata de academia ou protótipo de viih tube pra 2022?

Pain girl | Loud ThurzinOnde histórias criam vida. Descubra agora