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Karol point of the view

Me apavoro, mas Valu faz um sinal de silêncio com o delo e vamos andando na ponta dos pés para que Lionel não nós veja entrar. Mas o elevador desse nesse momento fazendo um barulho alto que o faz despertar, e ele me vê.

Ele está horrível, a barba por fazer, o terno todo amassado e o cabelo completamente despenteado. Rapidamente Lionel se levanta e se ajoelha nos meus pés.

Lionel: - me perdoa jujubinha! Eu juro que nunca mais faço isso. Eu vou contatar secretários a partir de agora, eu já demiti aquela assanhada, por favor, volta pra mim!

Todos que estavam lá olhavam para essa cena lamentável. Admito, estou no meu momento de "deusa", tida mulher sonha em ver um homem implorando, descabelado s acabado por sua causa, então, momento "deusa" total! Mas eu não estou curtindo o meu momento, pelo contrário, estou morrendo de vergonha de todo mundo ver esse homem, que há não é bonito, todo bagunçado e se jogando aos meus pés. É como se eu fosse a má da história, e ele o pobre coitado que está se humilhando pra mim.

Rapidamente faço com que ele se levante e ele começa a fingir um choro (sim, fingir, porque eu olho bem nos olhos dele e não há sequer um brilho de lágrima) e, para evitar um constrangimento ainda maior, tenho que convidá-lo para entrar em meu apartamento para que possamos conversar sem plateia.

Valentina: - já que vocês precisam ficar sozinhos eu vou voltar para a sorveteria e, ver se aquele loirinho ainda está lá (diz saindo em direção a rua)

- não! Valentina, volta aqui!!

E lá se foi minha tábua de salvação. Agora quem vai me impedir de jogar o Lionel pela janela!? Nós subimos em silêncio e fico igual uma lagartixa no elevador, praticamente colada no espelho, o mais longe possível dele. Entramos no meu apartamento e coloco minha bolsa no sofá, antes que eu diga alguma coisa, ele já está de joelhos e fingindo chorar de novo

Lionel: - jujubinha, me deixa explicar!

Minha paciência do dia já tinha se esgotado com meu chefe estúpido tirando sarro da minha cara. Por isso, vou logo explodindo

- Lionel para com essa cena ridícula e ficar de pé!

Ele faz um barulho mais alto imitando um choro, então eu não tenho outra saída, a não ser agarra-lo pelos cabelos e levantar sua cabeça fazendo ele olhar para mim. Como desconfiei, nunhuma lágrima. Ele parece assustado com minha atitude, o que me dá tempo de falar

- viu?! Nenhuma lágrima, pode parar com esse choro falso! Só vou ouvir o que tem a dizer se eu ver uma lágrima rolando pelo seu rosto.

Lionel: - (fica espantado e gagueja) mas jujubinha, seja razoável.

- não me chama de jujubinha (praticamente grito)

Lionel: - jujubinha eu...

Faço uma careta que o faz se calar. Ele sempre me chamou de jujubinha, era o meu apelido carinhoso, e por ser esse eu deveria saber que esse homem não prestava, que homem chama o amor da sua vida de jujubinha? Amor, sim. Vida, sim. Até fofinha eu aceitaria, mas jujubinha? Tenha dó!

Lionel: - desculpa Karol, eu só preciso de alguns segundos.

- então levanta desse chão e aja como homen. Coisa que nós dois sabemos que você não é (respiro fundo) você tem 2 minutos (ele fica de pé)

Lionel: - Karol eu não te trai. Aquilo só aconteceu uma vez e você chegou bem na hora. Eu não queria ter feito aquilo! Eu tava cansado, a gente não dormia juntos há duas semanas com os preparativos para o casamento. Ela apareceu ali se oferecendo pra mim e eu recusei, eu juro que não queria transar com ela

O PEGADOR • RUGGAROLOnde histórias criam vida. Descubra agora