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•Karol point of the view•

Mas quando me levanto para abrir a porta, ele corre na minha direção e me puxa, me beijando feito um louco, quando enfim ele se afasta, sussurra:

Ruggero: - Karol, por favor, senta na minha mesa, só um pouco!

Faço oque ele pede, me sento na mesa e abro as pernas, ele senta na cadeira de frente para mim e parece me devorar com os olhos, ele se aproxima de mim e quando vai me tocar, eu me afasto

- Nada disso senhor Pasquarelli! Na empresa somos apenas chefe e secretária lembra? Vc não pode me
tocar!

Ruggero: - sua megera! Vem aqui!

Ele vem em minha direçao e eu consigo descer da mesa, mas assim que ponho os pés no chão, me desequilibro e caio de quatro. Nessa hora alguém entra na sala com alguns papeis na mão, eu me levanto rapidamente, arrumo minha saia, mas a mulher diante de mim fica me olhando com uma careta e algo no olhar que identifico como inveja.

Faço uma cara de "sim, estou dando para ele e você não", mas logo me recomponho, estou parecendo a Malena, oque há de errado comigo?

Ruggero: - você não pode entrar na minha sala sem bater (ele fala sério e autoritário)

A mulher pede desculpas e só falta pular em cima dele, mas quando ela sai, sei que vai espalhar pela empresa que eu estava de quanto no chão da sala dele, e eu nem estava fazendo nada de mais! Ruggero me olha e digo pra ele a beira de lágrimas

- eu nem estava fazendo nada demais!

Ruggero: - está vendo? Antes estivessemos mesmo fazendo alguma coisa, assim você levaria a fama, mas receberia algo em troca, agora vai ficar falada sem ter aproveitado o lado bom disso! (faço uma careta e vou para a minha mesa) Ainda dá tempo de aproveitar oque estão falando de você nesse momento!

- (mostro o dedo do meio pra ele) isso é culpa sua!

Ruggero: - relaxa Kamilla, se você não quer, não vou insistir

Ele vai para o banheiro e essa é a minha chance, corro até a lixeira e pego o cartão, estou me sentindo uma namorada ciumenta mexendo nas coisas do namorado, mas não me importo, ele nem vai saber! Quando abro e vejo a assinatura no cartão, percebo que Ruggero vai sim saber que li o cartão, aliás, ele vai ter que me explicar isso, pois no cartão esta escrito:

"Karol, espero que um dia possamos ser pelo menos amigos, sei que não presto, mas amo você.
Do sempre seu, Lionel"

Ruggero sai do banheiro e para onde está quando me vê com o cartão na mão. Eu não falo nada, só olho para as flores e para ele

Ruggero: - você não devia ficar mexendo nas minhas coisas!

- é mesmo? Mas você pode jogar as minhas coisas no lixo? (grito)

Ruggero: - (ele se aproxima, parece desesperado) por favor não atire nada em mim! Eu posso explicar!

Eu queria que ele passasse um aperto, que tivesse mesmo medo de mim, mas não consigo e começo a rir, logo ele relaxa

- não vou jogar coisas em você, não sou tão desequilibrada assim, quero saber porque você jogou minhas flores no lixo

Ruggero: - eu não.. eu quis.. eu acho... (ele gagueja, isso mesmo, GA-GUE-JA)

- Ruggero para com isso, porque jogou minhas flores no lixo?

Ruggero: - se você faz tanta questão assim das flores dele, pegue e ponha na sua mesa

- não seja criança

Ruggero: - então não me provoque

Cruzo os braços e olho pra ele com cara de reprovação, ele mexe na sua gravata e se senta, então abaixa a cabeça, como se aceitasse que foi derrotado e fala...

O PEGADOR • RUGGAROLOnde histórias criam vida. Descubra agora