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•Karol point of the view•

- é porque estou no mesmo quarto que o Ruggero, quando chegamos não havia quartos disponíveis por causa de uma convenção de alguma coisa, e ele está lá em cima agora transando com uma mulher qualquer e eu não quis atrapalhar! (percebo que a frase saiu mais fácil do que eu teria imaginado)

Gastón: - Mas a conversão já acabou há três dias, tenho certeza que o hotel já tem quartos disponíveis, quando acabarmos aqui vamos providenciar um quarto para você e não terá mais que se sujeitar a ele

Eu agradeço e continuamos bebendo, a bebida aquece meu corpo e acabo sorrindo com ele e esquecendo um pouco do que aconteceu. Quando
acabamos, ele aluga um quarto para mim como prometido, resolvo não ir até o quarto de Rugqro pegar minhas coisas, faço isso amanhã de manhã.

Despeço-me dele e agradeço por toda paciência comigo e me jogo na cama, que não é tão grande e macia como a do quarto do dono, mas ainda é mil vezes melhor que a minha!

Acabo adormecendo. Dormi bem a noite porque a bebida sempre me dá um pouco de sono, ao acordar, tenho três mensagens do Gaston, eu queria realmente sentir alguma coisa por ele, mas não consigo. Sonhei com Ruggero a noite, que ele me deixava e eu ficava arrasada, eu nn posso correr o risco de me apaixonar de novo, não estou pronta para isso! Porque me incomoda tanto oque ele fez??

Pior que isso doeu, doeu ve-lo com outra e não deveria ser assim, chego a pensar que ele fez isso de proposito, porque eu sai com com o Gastón e ele quis se vingar, mas eu não dei para o Gastón e mesmo se tivesse dado, acho que ele não se importaria tanto
quanto eu me importo com a atitude dele.

Sei que não tenho o direito de me sentir como estou me sentindo, nós nos temos nada e conversamos sobre isso ontem mesmo, mas ele não precisava esfregar isso na minha cara tão rápido.

Nem tenho como fazer a higiene nesse quarto novo, pois todas as minhas coisas estão no quarto de Ruggero, pelo menos hoje não temos que ir a empresa, é o dia do tão esperado coquetel e só preciso pegar minhas coisas e sair de fininho sem que Ruggero perceba, depois vou desligar meu celular e ele não vai saber onde estou até a hora do coquetel.

Não preciso ve-lo hoje, não saberei como agir perto dele e tampouco posso demonstrar raiva, ou ele sabera que sinto alguma coisa, preciso agir como se fosse a coisa mais natural do mundo te-lo visto comendo outra.

Me enrolo no roupão e me certifico de que não há ninguém no corredor, estou no décimo oitavo andar, resolvo não ir de elevador, para não correr o riscode encontrar alguém, ontem sai por ai com esse roupão porque estava desesperada, agora que estou pensando direito e não há a menor chance de fazer isso novamente! Subo as escadas até o vigésimo terceiro andar, meu coração acela quando me aproximo do quarto e preciso me
recomporpor um momento antes de entrar.

Quando abro a porta, tudo está escuro, vou até a cortina na enorme janela e a abro, e então ouço o resmungo de Ruggero, ele está jogado no sofá, com o cabelo mais bagunçado que o normal, os olhos inchados e um monte de comprimidos estão ao seu lado na mesinha de centro

Ruggero: - que merda é essa? (ele resmunga)

- foi mal (digo, mas não fecho a cortina)

Vou até o quarto pegar minhas coisas, quando estou juntando tudo ele aparece cambaleando na porta

Ruggero: - eu preciso falar com você

- pode falar

Ruggero: - sobre oque aconteceu ontem, eu não queria ter feito aquilo, eu bebi demais! Ela veio me trazer em casa porque eu não podia dirigir e acabou acontecendo. Eu juro que não tinha a intenção de magoar você...

- você não me magoou Ruggero! Nós não temos nada, lembra? Você saí com quem você quiser, é um direito seu

ele me olha por um tempo e depois completa...

O PEGADOR • RUGGAROLOnde histórias criam vida. Descubra agora