O PEGADOR • RUGGAROL

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•Ruggero point of the view•

Karol: - como se atreve a falar assim comigo? Eu não estou aqui para discutir meus detalhes sórdidos com você, e a minha hora extra acaba de dobrar nesse momento, se não quiser ter um processo por assédio moral.

Tenho que dar uma gargalhada, hà muito tempo que não me diverto assim. Eu estou certo que essa mulherzinha nunca teve um orgasmo! Isso explica o mau humor, as caretas e as roupas horrorosas que ela usa, percebo que ela está mesmo brava e a conduzo ao meu escritório. Peço a empregada chá e biscoitos, mas ela responde que quer um café forte sem açúcar, claro, uma mulher de vinte e cinco anos que nunca teve um orgasmo na vida tem que ser amarga até pra tomar café.

De repente essa viagem está me parecendo mais interessante do que eu teria imaginado.

Nós passamos a manhã toda repassando tudo o que ela tinha que fazer, eu disse isso pra ela, mas eu a achei bem mais inteligente do que eu havia imaginado. Até coisas que não são da alçada dela, ela está disposta a fazer, tenho que admitir que ela aprendeu tudo muito rápido, como se tivesse acompanhado toda a negociação com os possíveis investidores desde o começo.

•HORAS DEPOIS•

Lá pra duas da tarde escuto o estômago dela roncar e me toco que ja deveríamos ter almoçado, vou até a cozinha e peço a cozinheira que prepare algo rápido e leve para a gente no escritório e informo a Karol que iremos comer em breve

Karol: - até que enfim, achei que planejava me matar de fome.

Admito, que quando ela tem esses ataques de humor eu desgosto um pouco menos dela, uma coisa que me chama a atenção em uma mulher é o bom humor. Claro que não me engano por uma frase, a cada trinta frases que ela fala (e como fala), vinte e nove são algum tipo de insulto, reclamação ou palavrão.

Ela continua lendo o relatório da minha secretária fixa enquanto eu a observo, por algum motivo não consigo tirar os olhos dela, tenho a impressão que tem algo de errado com ela, que alguma coisa está faltando, como se ela estivesse escondida de mim.

Eu estou louco mas as maçãs do rosto dela são lindas, os lábios então... Eu posso imaginar meus lábios e outras coisas entre eles, e aqueles olhos verdes, como olhos de gata! A pele tão branca perecendo macia como veludo.

Dou um mini pulo da cadeira para sair dos devaneios que estou tendo. MEU DEUS! Eu acabei de passar a noite com a Katja fazendo de tudo, e ainda estou tendo desvaneios com a horrorosa da senhorita Sevilla.

Ela me pega olhando a olhando e fica me encarando com uma careta, então me apresso para inventar algo.

- como vamos viajar juntos, acho que podemos nos tratar pelo primeiro nome, sem serimonias, oque acha?

Karol: - ok, sem problemas senhor Ruggero.

- não, sem esse senhor, me chame apenas de Ruggero.

Ela balança a cabeça concordando e volta a prestar atenção no relatório, para chamar a atenção dela denovo e irrita-la eu digo:

- e eu chamo você apenas de Kamilla.

Karol: - (ela me olha furiosa) meu nome é Karol!!

- (dou um sorriso) tanto faz.

Escuto quando ela bufa e volta a olhar os papéis, então me lembro do que fiquei fazendo durante essa hora que ela demorou chegar em minha casa. Eu andei pesquisando sobre uma pessoa no Google, e estou curioso para saber se ela pretende voltar com essa pessoa. Penso para chamar a atenção dela e puxo assunto.

- sabe, eu andei pesquisando um pouco sobre o seu ex...

Ela larga imediatamente o relatório e olha pra mim surpresa, espero que ela demonstre raiva, qualquer coisa, mas ela parece apenas curiosa.

Karol: - não imagino porque você faria uma coisa dessas.

- eu gosto de conhecer bem as pessoas que trabalham pra mim.

Ela não engole essa, na verdade essa desculpa saiu esparrada até pra mim. Eu mesmo estou curioso sobre os detalhes sórdidos da vida dela.

Karol: - eu não sou ele.

É tudo o que ela diz e volta a olhar os relatórios, sequer me pergunta oque eu descobri sobre ele.

- sinto muito por ele ter comido a secretária.

Ela me olha novamente, dessa vez seu rosto além de curiosidade, há deboche. Ela pensa um pouco e me responde...