~Imagines • Harry Potter

•George Weasley - Sad

Confesso que chorei pra kct escrevendo mas acho que não ta triste não.

Boa leitura!♡

1998
 
Agora não tinha mais volta, não tinha mais oque fazer. As consequências da guerra foram muito piores que eu jamais previ, uma parte de mim foi embora e a parte que me restou parecia proibida a qualquer custo.
 
Eu e os gêmeos sempre fomos inseparáveis, mas a droga do amor tinha que estragar tudo como sempre. Eu e George sentíamos amor um pelo outro porém Fred três dias antes de morrer confessou me amar também, e eu também o amava mas não do jeito que ele queria.
 
Isso nos afetou tanto..
 
Oque mais seria lúcido depois de tudo? Eu e George nos unirmos e cuidarmos um do outro. Mas não dava, não depois de tudo.
 
— você ta me abandonando depois de tudo, E DEPOIS DO MEU IRMÃO MORRER – eu não me incomodo de ouvir seus gritos, ele tem toda razão.
 
— você não entende, eu queria tanto abraçar e beijar você, MAS EU NÃO CONSIGO e você sabe o porquê – eu mal conseguia falar em meio aos soluços e as lágrimas que corriam mais que rapidamente no meu rosto.
 
— Eu sei me desculpa por estar sendo egoísta – ele pareceu sentir o peso das palavras — eu só queria que você mais fácil, que a gente pudesse superar fazendo memórias felizes.
 
— é oque eu mais quero, mas todas as palavras, o rosto triste dele me contando, o remorso me corroendo. Eu não sei se conseguiria me perdoar ou ter o perdão.
 
— Eu perdi minha alma gêmea não queria perder o amor da minha vida – as palavras cortaram o meu peito e eu preferia ter sido atingida com um sectusempra. – droga Fred, encomoda as pessoas até depois de morrer – rimos em meio a lágrimas.
 
Droga, eu queria tanto sentir aqueles lábios novamente, mas eu não consigo, eu não consigo toca-lo sem sentir as memórias voltando e o sentimento de culpa chegando
 
— você sabe que não vamos conseguir ficar juntos, mas você não me perde, você sempre vai me ter ai no coração.
 
— não é o suficiente, o Fred e agora você? – ele chorava abraçado aos joelhos como uma criancinha.
 
— George, você é lindo e tem todas as qualidades que alguém poderia ter, você vai achar uma mulher linda, claro que nenhuma tão linda como eu – vejo um esboço de sorriso  – você vai criar uma família com ela, vai ter filhos e vai ama-los com toda a força que tiver.
 
Ele balançava a cabeça compulsivamente em sinal de negação.

— um dia quando você tiver em uma cadeira de balanço conversando com os seus netos eu quero que fale de mim, quero que conte que amou uma mulher e que fale pra eles que o amor verdadeiro existe e que nem sempre o amor da sua vida é pra sua vida. — ele não chorava com lágrimas, pareciam ter acabado, só restavam soluços e um peito apertado. — posso abraçar você uma ultima vez?

Ele não respondeu, apenas correu cortando o pequeno espaço entre nós e passou seus braços me abraçando exatamente como fiz, duvidei por instantes que nunca receberia um abraço tão apertado e molhado como esse.

Exatamente muitos anos depois.

— e então oque aconteceu depois vovô? – perguntou o ruivo de doze anos Antonieto
 
— depois disso ela nos soltou do abraço, virou as costas andando até a porta e em um piscar de olhos aparatou. – meus netos pareciam encantados, e como jovens demais não entendem o peso da historia.  — eu nunca consegui amar outra mulher depois dela.
 
— nem a vovó? – eles pareceram confusos
 
— claro que eu amei a vó de vocês, ela me ajudou a lidar com a dor e me trouxe minhas felicidade meus filhos, que trouxeram vocês. Mas é diferente, nem se eu quisesse eu ia conseguir explicar. – eu não podia contar que a cada vez que eu deitava na cama para dormir eu sonhava com os nossos momentos — mas lembrem-se o amor da vida de vocês raramente é o amor para a vida de vocês. – eles assentem.
 
— e você teve notícias dela? Sabe onde ela ta? – minha neta, morena igual a vó perguntava com seu olhar curioso.
 
— Soube que ela foi trabalhar no mundo trouxa, mas nunca se casou ou foi vista namorando, ela adotou dois meninos gêmeos a qual chamou de Guilherme e Fernando.