ABOUT A GIRL - Kim Hongjoong

༶𝟏𝟐༶

CHAPTER 12:
|◁ ♬ Sliver - Nirvana ♬ ▷|

Dias se passaram, mas nenhum sinal de HongJoong.

Comecei a achar que o motivo disso foi tudo minha culpa.

Ainda tinha a esperança dele aparecer naquela noite, com alguma surpresa, trollagem ou o que fosse; seria muito melhor do que isso.

— Você não quer comer? — Yunho deu dois toques na porta do quarto antes de entrar e se deparar com a minha situação abominável.

A aparência de alguém que tinha acabado de acordar, porém esqueceu de se cuidar e passou dias assim.

Sem dúvidas a minha resposta para essa situação foi a pior; Arem teve que ir e enfrentar a faculdade, mesmo morrendo de preocupação e os meninos ainda sofriam por dentro.

É, esse era o meu estado.

Jogada na cama, olhando para o teto e escutando uma musica baixinha que vinha do rádio.

— Não. — Suspirei, rolando de barriga para baixo.

— Hee, você não come direito fazem três dias. Eu sei que gostava muito dele, mas assim como nós, precisa aguentar isso. — Sentou-se ali e deixou um carinho em minhas costas. — Sabe que estou com você, assim como San e Yeosang, não é? — O olhei, com um pequeno biquinho nos lábios. — Faça por ele. Com certeza ele não iria gostar de te ver assim, principalmente por sua causa.

— Você tem razão. — Tentei esboçar um sorriso ladino. — Mas hoje não vou ao colégio. Preciso renascer, e isso será só amanhã. — Voltei à deitar com o rosto no colchão.

— Promete para mim?

— Uhum. — Deixou uma carícia em meus fios, antes de sair do cômodo.

Yunho era um anjo. O que eu seria sem ele?

Tempo depois, San entrou no quarto para se despedir e assim, os escutei sair de casa.

Precisava encarar a realidade, eu tinha uma vida e não deveria chorar por HongJoong pelos cantos; por mais que fosse um momento de fraqueza.

Me levantei da cama, mais precisamente, rolei até cair; tomei um banho, permaneci usando roupas folgadas e confortáveis, calcei minhas pantufas e as arrastei até a cozinha.

Estava morta de fome, a pequena greve que estava fazendo teve que esperar.

Enquanto preparava uma xícara de café, fui interrompida com o tocar da campainha.

—Yunho e San já saíram, quem mais poderia ser? E se... —

Desliguei o fogo e corri para atender, minhas esperanças gritavam que seria HongJoong; o frio na barriga, suor nas mãos e até a respiração descompensada surgiram em segundos,  tentei esboçar o melhor sorriso antes de abri-la.

Era Seonghwa.

Nem precisei encará-lo para perceber, o reconhecia pela posição dos pés, das mãos, a sua áurea, sua estrutura, seu simples porte.

Ele estava ali.

Não mais com os cabelos negros naturais, mas sim, tingidos de vermelho.

Completamente diferente.

Parecia surpreso quando encontrou meu olhar, a boca entreaberta que parecia ameaçar vomitar diversas sentenças, as sobrancelhas levemente encurvadas para cima e as mãos, escondidas no bolso de sua calça jeans, que calhava com o suéter rosa que vestia.