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Data: 11/novembro/2038
Horário: 11:47

Eu acordei e olhei o relógio me assustando, Jeffrey vai ficar chateado mas ele vai ter que perceber. Eu olhei para o lado e nada de Connor, me levantei procurando por ele mas ele tinha desaparecido, talvez ele tenha ido já para a torre. Me levantei vestindo algo para me despachar, saí e entrei no meu carro indo o mais rápido possível para o departamento.

- Anna! - Coloquei as minhas coisas na mesa e já ouvi Jeffrey me chamar.

- Eu já... - Falei me virando, parei imediatamente quando vi Connor do lado de Fowler, mas que merda ele está a fazer?

Eu fui na direção do escritório de Fowler me colocando do lado de Connor.

- Bom, ainda não apareceu nenhum caso para ti, por isso, podes acompanhar Connor até á torre Cyberlife, sairão daqui ás 17:35. - Fowler falou nos dispensando.

- Que merda tás tu a fazer? Tu sabes que se fores para a torre Cyberlife tu serás desativado... - Falei para Connor que estava com a roupa de androide dele.

- E esse não é o plano? - Connor perguntou me fazendo parar na frente da minha mesa para o olhar.

- Eu não acredito que retrocedeste, Connor... - Eu perguntei me sentando vendo ele ficar travado, certeza que apagaram-lhe a memória.

Me levantei puxando Connor pela mão o levando até ao banheiro, entrei em uma cabine e fiquei alguns segundos calada para perceber se alguém estava no banheiro ou não.

- O que eu fiz de errado? - Connor perguntou e eu o olhei.

- Connor, não te lembras do que ias fazer na torre Cyberlife? - Eu perguntei me encostando na parede á frente de Connor.

- Eu vou lá para ser desativado. - Connor falou e eu o olhei negando com a cabeça.

- Não, Connor, tu vais lá para levar todos os androides para o Marcus... - Falei vendo o seu led ficar vermelho.

- Connor... Tu lembras-te, certo? - Perguntei e vi Connor sorrir.

- Sim, me desculpe, eu não lembrava. - Connor falou e eu me aliviei, me aproximei e deixei um beijo rápido na sua boca.

Eu olhei Connor e vi o mesmo ficar sem reação, ele deve estar confuso, Ser um androide não é nada fácil... Saímos da cabine indo em direção ás nossas mesas, o que eu poderia fazer era esperar pela hora, que ainda ia demorar. 

- Olha quem é... A Anna... - Gavin falou e eu me virei para o olhar.

- E o cão de plástico... Sabes, se quiseres alguém de verdade, é só me chamares... - Gavin falou e eu sorri ironicamente.

- Não, Gavin, eu não preciso de ninguém de verdade, muito menos tu... - Falei indo na direção da cafeteira para tirar café.

Eu senti mãos passarem pelos meus quadris, me virei e coloquei a minha mão no pescoço da pessoa vendo que era Gavin, o empurrei contra a parede apertando o pescoço dele.

- Sabes, eu até ficaria contigo, só não o faço porque tu és um babaca... - Falei largando o pescoço de Gavin que estranhamente não fez nada para me impedir de lhe apertar o pescoço.

Detroit: Become Human | Um amor impossívelOnde histórias criam vida. Descubra agora