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Data: 6/novembro/2038
Horário: 14:02

Eu já tinha passado na casa de Hank, fui buscar umas coisas que eram importantes para Hank e pedi ajuda ao Connor para me ajudar a levar as caixas para o meu carro. Eu levei então as caixas para casa e Connor as meteu na porta de entrada, eu as coloquei dentro e fechei a porta. Fomos em direção á lanchonete que eu ia sempre com Hank, Pedro, um amigo de Hank apareceu e perguntou pelo mesmk pois era com ele que fazia umas propostas, disse que ele havia morrido e Pedro lamentou se despedindo.

- Que susto Connor! - Falei quando olhei para o lado e vi Connor.

- Lamento pelo meu comportamento na delegacia. Eu não queria ser desagradável. - Connor falou me fazendo sorrir.

- Uau! Tens até puxação de saco programada? O pessoal da Cyberlife realmente pensa em tudo... - Falei e Gary me deu o meu pedido.

- Está aqui. - Gary falou e me entregou o hambúrguer, o refrigerante e o bolo de chocolate.

- Obrigada Gary, estou com muita fome... - Peguei as coisas e deixei o dinheiro na mesa.

- Não deixa essa coisa aqui. - Gary falou e eu sorri.

- Ah! Sem chance, ele não para de me seguir... - Falei indo até uma das mesas.

Connor foi até mim e me olhou.

- Esse Pedro... - Connor falou e eu comecei a rir.

- Que foi Connor? Vais dizer que estás com ciúmes? - Perguntei vendo o led de Connor ficar amarelo.

- Eu não quero alarmá-la, agente, mas acho que seus amigos se envolvem em atividades ilegais... - Connor falou e eu sorri o olhando.

- Bem, cada um faz o que precisa para sobreviver... Não machucando ninguém, eu não me meto. - Falei comendo o meu hambúrguer.

- Está manhã, quando perseguíamos a AX400... Porque não quis que eu cruzasse a via? - Connor perguntou enquanto me via comer.

- Podias ter morrido... - Falei de boca cheia.

- E... Não quero cuidar da papelada de equipamento danificado. - Falei dando um gole na Coca-Cola.

- Gostaria de saber alguma coisa sobre mim? - Connor falou esperando eu trincar o hambúrguer.

- Ah, não... Ah, é... Porque te fizeram parecer tão bobo e deram essa voz estranha? - Perguntei olhando o mesmo ficar bobo com a pergunta.

- A Cyberlife tem androides feitos para trabalhar em harmonia com humanos, a minha aparência e voz, são feitas especialmente para facilitar minha integração. - Olhei Connor que também me olhava.

- Fizeram merda... - Falei e vi Connor parecer ficar desconfortável.

- Estava a brincar... - Falei voltando a comer.

- Posso fazer uma pergunta pessoal, agente? Porque você odeia tanto os androides? - Connor perguntou me fazendo retirar o meu sorriso.

- É, eu tenho minhas razões. - Falei bebendo o meu refrigerante.

- É melhor eu contar o que temos sobre divergentes. - Connor falou.

- Leste a minha mente... Prossegue. - Falei olhando Connor nos olhos.

- Acreditamos que uma mutação ocorre no software de alguns androides, na qual os leva a emular emoções. - Connor falou e eu engoli o pedaço de hambúrguer.

- Simplifica... - Falei comendo mais um pedaço do hambúrguer.

- Não sentem verdadeiras emoções, são só confundidos por instruções irracionais, que podem causar ações imprevisíveis. - Connor falou e eu parei de comer para poder falar.

- Emoções, então nós estragamos tudo... Os androides não são tão diferentes de nós. - Falei, segundos depois olhei Connor e vi seu led ficar amarelo.

- Já lidaste com divergentes antes? - Perguntei e Connor respondeu.

- Há uns meses... Um divergente ameaçou saltar de um telhado com uma menina... Eu consegui salvá-la... - Connor falou e eu me assustei.

- Espera... O divergente se chamava Daniel? - Perguntei e Connor disse que sim.

- Tem algum problema? - Connor perguntou e eu respondi que não com um sorriso.

- Aposto que fizeste o dever de casa... Sabes tudo o que tem disponível sobre mim? - Falei mudando de assunto.

- Sei que se graduou como a melhor na classe, fez seu renome em vários casos, e se tornou a agente mais importante de Detroit. Sei também que recebeu várias advertências disciplinares nos últimos anos e passa muito tempo em bares. - Connor falou enquanto eu ouvia tudo com atenção.

- Então qual é a conclusão? - Perguntei bebendo a Coca-Cola.

- Acho que trabalhar com uma policial com problemas pessoais é um grande desafio, mas adaptar á imprevisibilidade humana é um dos meus fortes. - Connor falou e piscou o olho para mim me deixando sem reação.

Eu sorri e logo vi que o led de Connor ficou amarelo, e logo em seguida pude ouvir um som vindo do seu led.

- Eu recebi um relatório de um suspeito de divergência. Fica a algumas quadras, deveríamos dar uma olhada. Termine de comer, eu vou estar no carro se precisar de mim. - Connor falou me olhando, ele saiu e foi até o carro e entrou.

Comi o hambúrguer e bebi toda a Coca-Cola, peguei o bolo e fui andando para o carro. Olhei Connor e vi que o mesmo me olhava, entrei no carro e virei o rosto para olhar Connor.

- Me passa a morada. - Falei e Connor disse para eu ligar o carro pois ele iria dar as direções, liguei o carro e fui até o local.

Detroit: Become Human | Um amor impossívelOnde histórias criam vida. Descubra agora