Fora o braço perdido e alguns arranhões leves, Erwin estava bem. Passei a noite com ele e os outros pacientes na enfermaria, mas de manhã, ele fez questão de ir embora.
- Quero descansar em casa, odeio enfermarias.
- Mas meu amor... não posso deixar você em casa sozinho!
- Você não vai. Esqueceu que, para todos os efeitos, eu sou seu chefe? E como seu chefe, estou te liberando dos serviços no quartel, e aí você cuida de mim em casa.
E assim as coisas caminharam nos dias que se seguiram. Fiquei cuidando de Erwin em casa, enquanto Hange ficou no comando em seu lugar. Ela e Levi sempre vinham nos visitar, e também vieram deixar a triste notícia de que provavelmente Mike estivesse morto. Não havia sinal dele, nem haviam encontrado seu corpo, mas em um local onde havia uma construção e os soldados o viram se direcionando para lá na última vez que o viram, haviam rastros de sangue e pedaços da farda da tropa. Erwin ficou muito triste com isso, os dois eram muito amigos.
A recuperação de Erwin estava muito bem. A ferida não tinha infeccionado, eu sempre a mantinha limpa e bem cuidada, e a cicatrização estava indo muito bem. Sempre estava com ele, o ajudava em tudo o que precisasse, apesar de algumas horas eu perceber que ele se incomodava um pouco com isso. Aos poucos, fui percebendo-o mais distante de mim, mas eu passei muitos dias para poder tocar no assunto. Entendia que a situação em que ele se encontrava era muito complicada, e não queria encher ainda mais a cabeça dele com isso.
Um mês depois, seu braço já estava sarado, ele me dizia que sentia uma pontada de dor aqui e ali, mas não havia mais nenhum risco, não precisava mais de curativos nem de cuidados específicos. Ele já podia voltar para o quartel assim que quisesse, e eu estava feliz por isso, mas ele estava diferente comigo.
Uma das noites em que me deitei, eu o procurei. Procurei seus beijos, seus carinhos, já estávamos há tanto tempo sem nenhum contato íntimo, e eu precisava daquilo, mas ele parecia não ter interesse em mim. Beijei seus lábios e depois desci para seu pescoço, mas ele levantou bruscamente, dizendo que ia ao banheiro e me deixou sozinha na cama. Ele entrou no banheiro e fechou a porta atrás de si. Eu caminhei até a porta, e calmamente, disse:
- Sinto sua falta, Erwin... Desde que... você perdeu seu braço, as coisas têm sido um pouco diferentes entre nós...
Ele não respondeu. Fiquei parada, encostada na parede em frente à porta do banheiro, e tempos depois, ele saiu.
- Eu não quero ser um fardo pra você. Eu odeio isso, odeio que você tenha que fazer praticamente tudo pra mim, porque eu não consigo mais fazer coisas simples sozinho.
- Erwin, eu faço porque quero fazer, porque te amo... um casamento é disso, não são só momentos bons e felizes, tem momentos difíceis também... eu não me importo nem um pouco de cuidar de você. Pelo contrário, agradeço por você estar vivo e eu poder ter o privilégio de ainda tê-lo ao meu lado...
- Eu não sou mais o homem pelo qual você se apaixonou, Angelle. – disse, caminhando de volta até a cama.
Eu o segui, sentando ao lado dele.
- Claro que é! Eu só queria saber porque vêm me evitando... eu fiz alguma coisa? Ou eu não fiz alguma coisa, não sei... eu só quero entender o que está acontecendo... você não me ama mais, é isso? – perguntei, com um embrulho na garganta e os olhos marejados, com medo de sua resposta.
- Angelle, eu te amo com todas as minhas forças e vou amar até o último dia da minha vida.
- Então me deixe cuidar de você... te fazer feliz... – Roguei, acariciando seu rosto.
- Eu... não posso mais te proteger, Angelle. Não desse jeito. Não posso mais ser seu porto seguro. Tudo o que eu mais quero é que seja feliz, esteja completa e feliz ao meu lado, livre do mal e de qualquer perigo, mas como posso fazer o meu trabalho como marido estando assim? Me sinto inútil.
- Você é tudo o que eu preciso, Erwin... você acha que um braço a mais ou a menos vai mudar o que sinto por você? Você continua sendo meu porto seguro, eu continuo me sentindo feliz, completa e amada ao seu lado. Eu só quero que se sinta bem de novo comigo... que possamos voltar ao que éramos antes disso acontecer...
Não dei espaço para respostas da parte dele. Segurei em seu rosto e o beijei apaixonadamente, e sem perder tempo, subi em seu colo. Ele tentou protestar de início, mas logo se rendeu, me abraçando pela cintura. Fui descendo devagar, beijando seu pescoço, chupando-o de leve, enquanto Erwin arfava baixinho. Fui abrindo os botões de sua camisa, deixando seu peitoral exposto. Depositei beijos por ele, lambi e mordisquei o seu mamilo, o que o fez estremecer de leve, e sorri maliciosa para ele, enquanto descia mais e mais.
Finalmente cheguei em sua calça, da qual desamarrei o nó dos cordões que a segurava no lugar, revelando seu membro latejante, a glande inchada e rosada vazando pré-gozo gritando por atenção. Erwin olhava suplicante para mim, e fazia movimentos de negação com a cabeça, mas eu simplesmente o ignorei, e levei a ponta da minha língua da base até a glande de seu membro, e ele gemeu arrastado. Segurei com uma das mãos sua base e o coloquei em minha boca, sugando-o forte.
- Ang... Ah!
Ele segurava meu cabelo com força, empurrando minha cabeça contra seu membro, e eu o chupava com vontade, arrancando gemidos roucos dele. Por vezes fitava seu rosto, ruborizado e com o cenho franzido, enquanto mordia o lábio inferior na tentativa falha de segurar seus gemidos. Depois de um tempo, voltei a sentar no colo dele. Levantei minha saia longa até a altura das coxas para facilitar, mas antes que ele pudesse me penetrar, desabotoei minha camisa amarela, deixando meus seios à mostra. Seus olhos brilharam olhando-os, e eu peguei sua mão esquerda e coloquei em meu seio, e ele automaticamente o apertou, o que me fez gemer. Levantei o quadril o suficiente para tirar minha roupa íntima do caminho e guiar seu membro até minha passagem e sentei, sentindo cada centímetro magnífico dele me preenchendo tão bem. Apoiei minhas mãos em seu tórax e subia e descia em seu pau, gemendo com o atrito e com a mão dele apertando forte minha cintura.
- Angelle... estava com tantas saudades disso... de sentir sua boceta quente me envolvendo tão gostoso assim...
Rapidamente ele sentou na cama, e se apoiou com o braço no colchão, nossos rostos agora colados. Eu o abracei por cima dos ombros e o beijei lascivamente, arranhando suas costas, puxando seus fios loiros, esfregando meus seios em seu peitoral, mordendo seu lábio e gemendo alto o nome dele.
- Você é meu, Erwin... – disse, manhosamente, fitando seus orbes azuis. – E eu sou sua... até o último dia de nossas vidas.
Após isso ele beijou meu pescoço sedento, e depois, disse, ofegante:
- Me desculpe, meu amor, eu-
O interrompi colocando meu dedo em seus lábios.
- Não fala nada. Apenas aproveite isso, sinta prazer comigo...
O fiz deitar novamente na cama, e minutos depois, ele se derramou dentro de mim, enquanto gemia alto, apertando minha coxa. Desci meu tronco, o beijei carinhosamente nos lábios, e sorri.
- Foi gostoso?
- Sempre é. – respondeu, com um sorriso suave. – Me desculpe, Angelle. Eu estava tão mal achando que podia ser um peso pra você que não percebi o que estava fazendo. Eu te amo, só quero proteger você, te fazer feliz.
- Você me faz feliz todos dias desde a primeira vez que esteve comigo. Você não precisa ser forte todo o tempo, Erwin. Às vezes é impossível, somos humanos. E casamento tem dessas coisas, não é mesmo?
- É, eu acho que tem. – respondeu, e beijou novamente meus lábios. – Então quer dizer que estou liberado para exercícios vigorosos, Enfermeira? – perguntou, maliciosamente.
- Está mais do que liberado. – Respondi, sorrindo. – Agora vem, vamos tomar banho. Você ainda tem a mão esquerda, ainda pode esfregar minhas costas.
Ele riu.
- Engraçadinha.
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O preço de entregar o coração
ФанфикZahara Angelle sempre quis ajudar a humanidade de alguma forma, e a forma da qual ela encontrou foi virando enfermeira, para ajudar os doentes e feridos. diante do fato de ser uma das melhores profissionais do hospital da cidade de Trost, ela foi co...