Promessa

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Tudo já estava pronto para a missão de retomada da muralha maria. Faltavam dois dias para a missão, e o planejado era que a tropa viajasse até Shiganshina à noite, chegando lá no início da manhã.

O processo de fechamento dos dois buracos nas muralhas, pelo que Erwin me disse, seria algo relativamente simples, tendo em vista que Eren dominava completamente o poder do endurecimento de titãs. Mas mesmo assim, as coisas poderiam se complicar e virar uma guerra, se o titã blindado e o titã colossal estivessem lá, esperando por eles. E era disso que eu tinha medo.

Ele estava em uma reunião com Hange, Darius e Levi, e eu fiquei esperando do lado de fora até que a reunião terminasse. Pedi a Levi que tentasse o convencer de não ir, talvez ele tivesse mais sorte.

Hange e Darius saíram da sala depois de um tempo, e Levi ficou lá com Erwin. Cruzei os dedos para que Levi conseguisse o convencer de ficar, mas minutos depois, Levi sai da sala, balançando a cabeça negativamente pra mim.

Seguimos juntos para casa, e eu passei o caminho inteiro procurando palavras para fazer com que ele ficasse, mas não achava nenhuma que eu julgava ser convincente o suficiente. Chegamos em casa, e eu o chamei para tomar banho comigo. Entrei na banheira e ele ficou de costas pra mim, e eu fiquei esfregando suas costas.

Depois disso, aproximei meu corpo do dele, pressionando meus seios contra suas costas, e o abracei, passando minhas mãos carinhosamente por seu tórax e abdômen, arranhando de leve e deixando beijos nas suas costas. Ele suspirava, e depois de um tempo, desci minha mão direita até seu membro, que já estava duro. Eu gemi em aprovação assim que notei o estado de seu membro e o agarrei devagar, torturando-o com movimentos de vai e vem. Ele inclinou seu tronco levemente para trás, me dando mais espaço para trabalhar com minha mão lá embaixo, ao passo de que gemia rouco, enquanto se revezava em olhar o que eu estava fazendo com ele, e jogar sua cabeça para trás, arfando alto. Depois de um tempo, eu cesso meus movimentos e me levanto da banheira, convidando-o a nossa cama.

Ele deita de lado com o lado direito apoiado na cama, e eu deito de costas pra ele. Ele guia seu membro até minha intimidade, esfregando-se nela, e eu gemo manhosamente com aquele atrito gostoso.

- Eu quero você dentro de mim, Erwin...

E assim ele fez, devagar, e com carinho. Sua mão passeou por todo a minha lateral esquerda, e meu corpo inteiro arrepiava com as mãos dele. Eu gemia baixinho enquanto ele beijava meu pescoço, meus ombros e minhas costas, apertando meu seio com a mão, enquanto acelerava as estocadas. Continuamos por vários minutos assim, até que ele atingiu seu orgasmo, me dando o mesmo prazer logo em seguida.

Continuamos agarrados assim, com minhas costas completamente coladas no peitoral e abdômen dele, enquanto seu braço circulava minha cintura, e eu fechava os olhos, aproveitando cada momento dele ao meu lado. Simplesmente não queria sair dali, nunca.

Depois de algum tempo, eu decido tocar no assunto.

- Eu estou com medo, Erwin. Você não poderia, só dessa vez, ficar aqui comigo e deixar que os outros resolvam tudo?

- Não posso, minha querida. Mas não precisa ter medo, eu não vou me colocar em risco desnecessário.

Fechei os olhos e respirei fundo. Não me daria por vencida tão fácil assim.

- Erwin, por favor, não vá! Pode ser muito perigoso, não quero que corra esse perigo! Deixe a Hange no comando!

- Não posso, Angelle. Eu quero estar lá quando tivermos acesso ao porão. Praticamente toda minha vida foi resumida em descobrir a verdade do nosso mundo, e agora que estou tão perto, quero estar lá pra ver com meus próprios olhos.

- Erwin... Eu imploro a você. Não vá. Não é possível que esse maldito porão seja mais importante do que eu!

Ele não respondeu.

- Tudo bem, entendi. – falei. – Eu só estou na sua vida há um ano, não tenho como me comparar com seu sonho de criança. É muita arrogância da minha parte achar que eu poderia competir com isso. Tudo bem, Erwin. Pode ir. Eu não vou mais pedir pra você ficar. Não importa o que eu fale, você não vai mudar de ideia.

- Angelle, por favor...

Tirei seu braço em volta da minha cintura e levantei bruscamente da cama. Não sei se foi por conta do movimento brusco que fiz, mas minha visão escureceu, e minhas pernas amoleceram, e eu caí com todo o corpo de volta na cama. Recobrei a consciência aos poucos, com Erwin dando batidinhas de leve na minha bochecha.

- Angelle! você está bem?

- S-sim... Eu acho que me levantei rápido demais. Estou bem, não precisa se preocupar comigo.

- Claro que vou me preocupar com você. Vamos no médico agora mesmo, quero que o Dr Ethan te examine.

- Erwin, já falei. Eu estou bem.

- Tenho que ter certeza disso. Quero sair daqui tendo certeza de que você está bem e protegida.

Fomos até o quartel e Dr Ethan me examinou e disse que eu estava bem, o que fez Erwin respirar aliviado. Fiz alguns exames que só receberia em dois dias, mas ele me liberou.

No outro dia, Erwin e todo o esquadrão estavam revisando os últimos preparativos, e eu observava tudo de longe, com um aperto no peito. Antes de saírem para a missão, Erwin veio até mim, e disse:

- Tome cuidado enquanto eu estiver fora.

- Erwin... Prometa que vai voltar. Por favor, prometa que vai voltar pra mim, que não vai se colocar em risco... – roguei, com os olhos marejados. Ele me abraçou, e eu coloquei a cabeça em seu peito, ouvindo seu coração bater calmamente.

- Eu te prometo, Angelle. Prometo que vou voltar pra você, prometo que vou te proteger. Eu te amo.

- Eu te amo, Erwin. Tome cuidado.

Ele tomou meus lábios apaixonadamente, com a mão no meu rosto, e eu o abracei forte pela cintura. Ficamos abraçados por alguns momentos, e depois ele se afastou devagar.

- Preciso ir agora, meu amor. Se tudo der certo, estaremos de volta amanhã, no fim da tarde. Até amanhã, meu amor.

- Até amanhã, Erwin.

Depois ele se direcionou ao seu cavalo, subiu nele, e deu uma última olhada para mim, com um sorriso radiante no rosto. Eu soltei um beijo para ele e sorri de volta, e depois, ele deu a ordem e todos começaram a cavalgar para fora do quartel, e eu fiquei parada, observando ele ser engolido pela escuridão da noite afrente.

O preço de entregar o coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora