O que fazer?

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Jimin pediu e foi levado até a sauna, com a desculpa de que pegaria suas coisas. Assim que chegou, ele se sentou no chão, conferindo o que levaria de mais necessário, pois sua intenção era fugir e, por esse motivo, não podia levar muita coisa.

A mochila que ambos usavam tinha mais roupas da garotinha. Jimin suspirou, olhando a menina que estava sentada ao seu lado, foi quando Lis começou a tossir sem parar. Ela tinha estado quieta a tarde toda e agora parecia febril.

― Lis… querida. ― Tocou-lhe a testa, estava queimando. — O que eu faço?

Ela precisava de um médico, os pequenos olhos do ômega se encheram de lágrimas. Sua filhinha estava doente e, apesar de não ser uma ideia confiável, tinha um tio disposto a ajudá-los. Sim, não apenas a pequena criança, mas o ômega também, pelo menos, foi o que ele deixou subentendido, que haveria um lugar para si na “família”. E, ainda assim, Jimin não conseguia confiar no lúpus.

― Omma… ― ela gemeu.

― Vamos para o médico, querida. — Enrolou-a no cobertor e pegou suas bagagens.

― Eu os levo, senhor. — Um dos seguranças se encontrava atrás deles, o loiro só percebeu quando ouviu sua voz.

― Obrigado! — falou baixo, mas o beta escutou, porém, não disse nada, apenas fez um gesto com a cabeça.

― Precisamos ir para o hospital! — Ele exclamou, grave e um pouco tenso. — Rápido!

O motorista conduziu até o pronto-socorro mais próximo, como o ômega pediu.

Jimin entrou correndo com a filha nos braços, queimando em febre e quase inconsciente.

― Eu preciso de um médico. — Parou em frente ao balcão, a enfermeira olhou-o de cima a baixo, como se decidisse o que fazer.

― Senhor… esse é um hospital particular. — Ela disse, em um tom frio.

― Eu posso pagar — falou, sério, tirando o cartão do bolso. — Agora, um médico.

Ele preencheu uma ficha e pagou, antes que o médico atendesse sua filha, e isso só piorou o seu nervosismo. Sentado em uma cadeira na enfermaria, aguardou o médico.

― Que inferno! — reclamou, olhando a sua filha que dormia na maca, graças à medicação que a enfermeira deu. — Onde esse médico está?

― Ele vai estar aqui assim que liberar o outro paciente. — Foi a resposta que a mulher deu antes de sair.

Acariciando os cabelos da garotinha que estavam grudados na testa pelo suor, Jimin suspirou, derrotado, olhando sua pequena.

― Não sei o que fazer. — Enxugou as lágrimas que não paravam de manar. Era horrível a sensação de impotência, além de ser assustador demais estar sozinho.

― Onde eles estão?

Uma voz conhecida soou do corredor e, no segundo seguinte, o Kim entrou acompanhado do segurança. O seu olhar foi da menina adormecida ao ômega chorando.

― Jimin, o que o médico disse?

― Ele não veio… — falou, soluçando, embora se sentisse fraco, não conseguia controlar as lágrimas.

― Vou resolver isso.

[...]


Quando Namjoon voltou, seus olhos eram aterrorizantes. O alfa parecia capaz de matar alguém e isso foi reconfortante para o loiro, de uma maneira estranha, Jimin sentiu-se protegido e seguro.

Não demorou nada e, sem demora, o médico atendeu a garotinha e receitou alguns antibióticos. A pequena Lis recebeu atenção tanto do médico como da enfermeira, que agora mostrava uma cortesia e dedicação completamente diferente de minutos atrás.

― Traga ela de volta semana que vem — o médico disse, entregando a receita para o loiro. — Vamos avaliar e pedir alguns exames.

― Obrigado, doutor! — Pegou a receita e observou o homem sair.

Namjoon esperava do lado de fora e falou com médico antes de fechar a porta. O loiro olhou em direção à porta fechada, que não permitia a passagem do som, e apenas aguardou.

― Já estamos liberados — Jimin disse, assim que o alfa entrou no quarto.

Namjoon assentiu, seus olhos negros pousaram sobre a menininha e, em seguida, foram para o ômega. Embora fossem de um escuro assustador, igualmente à sua postura sobrecarregada, ainda assim, Jimin sentia-se muito aliviado.

Ele pegou a pequena nos braços, que dormia tranquilamente e aconchegou-a ao seu corpo.

― Vamos no meu carro — falou, abrindo a porta para que o menor passasse.

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