Parte 18

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Jasmine Pirce | Atlanta

Encaro seu rosto, sentindo seu hálito de álcool se encontrar com minha respiração e molho meus lábios o fazendo ri de canto e nego, eu não queria, acho que não, mas fecho meus olhos quando ele se aproxima, o dando passagem para me beijar, ele me s...

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Encaro seu rosto, sentindo seu hálito de álcool se encontrar com minha respiração e molho meus lábios o fazendo ri de canto e nego, eu não queria, acho que não, mas fecho meus olhos quando ele se aproxima, o dando passagem para me beijar, ele me segura pelo queixo juntando nossos lábios um no outro em um beijo rápido, o que me faz perder os sentidos, sendo puxada pela cintura rapidamente juntando nossos corpos, tento corresponder ao seu beijo mas ele é quente demais, selvagem demais, me deixando perdida demais. Paro de corresponder quando sinto ele subir minha camisola, ele desce seu beijo pelo meu queixo, e eu nego e ele me beija novamente, e mais uma vez correspondo, minha respiração ofegante e meu coração disparado, meu corpo quente e minha mente totalmente mexida, ele abaixa a alça da minha camisola de uma vez e eu separo nossas bocas, encarando seu rosto, segurando minha camisola sobre os seios.

Ele franze o cenho ao me encarar e eu engulo seco desviando o olhar, e não digo nada, apenas subo a escada correndo para o quarto, batendo a porta a trancando em seguida. Nego pra mim mesma colocando meus dedos sobre meus lábios e engulo seco. Caminho até a cama me sentando e tento controlar minha respiração que estava descontrolada e ofegante, passo os dedos sobre os lábios avermelhados e fecho os olhos e imediatamente balanço a cabeça negando em pensar nisso.

Vou até o banheiro deixando a camisola cair sobre os pés, e tiro minha calcinha, soltando meu cabelo da trança mal feita e ligo o chuveiro, fechando os olhos quando a água morna cai sobre mim, queria tirar os pensamentos da cabeça o mais rápido possível.

•••

Eu mal dormi a noite, quando peguei no sono já era por volta das três da manhã, eu como se não bastasse pensar naquilo a todo momento, eu acabei sonhando com aquele beijo, acordando assustada e suada ao mesmo tempo. Colocando a mão sobre o rosto ao acordar.

— Pelo amor de Deus Jasmine — reclamo pra mim mesma e nego, saindo da cama indo direto para o banheiro.

Me olho por alguns segundos no espelho e mordo o lábio ignorando o machucado em minha testa, faço minhas limpezas matinais e visto um short e uma camiseta por cima do sutiã e saio do quarto. Procurando por Poliana, eu precisava muito conversar com ela, ou iria enlouquecer sozinha nesse quarto.

Desço a escada devagar, e engulo seco olhando para cima em direção onde a escada subia até o quarto dele, e nego terminando de descer de uma vez a escada, e para o meu azar, lá estava ele sentado na poltrona da sala, com uma nuvem de fumaça sobre ele, vejo o cigarro em sua mão e molho os lábios quando ele sopra a fumaça de sua boca me olhando nos olhos, com aquele olhar sério e provocativo, como ele sempre faz pra me irritar e engulo seco.

Mas quando penso em dizer algo, franzo o cenho ao ver Ryan vim da direção da cozinha e eu nego sem acreditar e ele ri de canto.

— Não vai me dar um abraço? — ele diz e eu sorrio mordendo meu lábio e corro até ele, o abraçando forte ouvindo ele gemer de dor e me fazer apertar menos seu corpo.

— Me desculpa — digo e ele beija o topo da minha cabeça.

— Olha pra mim — ele diz me afastando dele e encara minha testa.

— Eu estou bem — digo e ele encara o Carter e eu molho os lábios, notando o Carter também me olhar.

— Disse que tinha sido um arranhão — Ryan diz e eu mexo no cabelo.

Carter apenas me olha ao se levantar apagando seu cigarro no cinzeiro e eu me sinto estranha no meio deles dois.

— Fiz o que pude — ele diz enfiando as mãos nos bolsos olhando para o Ryan — mas você tá ligado que o serviço de babá não está no meu currículo.

— Talvez mafioso idiota esteja — murmuro e o Ryan me encara e eu molho os lábios disfarçando e vejo o Carter me olhar rindo de canto e eu desvio o olhar.

— Não enrola, temos coisas pra resolver hoje — Carter diz sério e Ryan concorda e vejo o Carter sair em direção a saída da mansão e o observo por alguns segundos e molho os lábios ao ver que Ryan me encarava.

— Pelo visto não se deram bem — ele ri colocando a mão sobre o abdômen ao se sentar no sofá — quer me contar? Carter não é fácil de lidar já que não costuma conviver com ninguém na mansão.

— Ele é um insuportável — digo me sentando ao lado dele — me diz que já vamos pro apartamento.

— Vamos — ele sorri de canto e vejo Poliana entrar na sala e me olhar sorrindo fraco.

Ela caminha até o Ryan o servindo e eu pego o copo de suco que ela me entrega e logo ela se retira da sala novamente e eu olho para o Ryan e ele age normalmente, tomando seu suco em silêncio.

— O que foi? — ele pergunta ao perceber que eu o encarava.

— Trata ela como se não a conhecesse — digo e ele nega colocando o copo na mesinha — ela nem falou comigo, e ela sempre fala comigo.

— Eu já havia falado com ela antes — ele diz e eu nego.

— Isso não muda o fato de tratar ela como uma empregada na minha frente — digo e ele desvia seu olhar e sei que com certeza queria fugir do assunto — eu estive com ela todos esses dias, e ela não é assim comigo, assim como eu não a trato diferente.

— Fez errado então — ele diz ajeitando sua roupa — não pode mudar as coisas.

— Como assim?

— Ela é a empregada, se eu começar a tratar ela normalmente nesses momentos, vira bagunça — ele dá de ombros e eu rolo os olhos.

— Não, apenas melhora a convivência. Até por que vocês são quase...

— Quase nada — ele nega me interrompendo — eu a conheço, e é somente isso.

— Não nega Ryan — brinco e ele me olha nos olhos.

— Ficamos algumas vezes — ele dá de ombros — mas não somos nada um pro outro, e não começa com isso, já te falei, não temos nada.

Ele diz e eu nego emburrada e fico sem graça ao ver que Poliana estava ouvindo, engulo seco e Ryan me encara e nega fraco e Poliana coloca a bandeja de frutas e torradas na mesinha e quando ela pega a salada de frutas na pequena vasilha de porcelana para o Ryan, ela praticamente bate a vasilha sobre a mesinha ao lado dele e sai da sala educadamente e sei que ela fez isso irritada com o que ouviu.

— Viu só? — ele meio que ri passando a mão na nuca enquanto pega sua salada de frutas.

— Você é um idiota — digo e ele me encara e ri negando.

— Idiota por que? Eu nunca prometi relacionamento a ninguém, e não é errado ficar sem rotular alguma coisa, e ela me conheceu sabendo que eu não queria me apegar a ninguém.

— Mas...

— Não tenta Jasmine, não entra nisso. Vai por mim, vai ser melhor pra ela se você não insistir nisso. Poli me conhece e sabe o meu jeito, não a obrigo a aceitar minhas escolhas, se ela ainda fica comigo é por que ela sabe do meu jeito.

Rolo os olhos e ele come sua salada de frutas e eu cruzo os braços emburrada, me escorando no sofá.

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