Parte 28

173 16 0
                                    

Adam Carter | Atlanta

Esmurrei o espelho sentindo o punho queimar em seguida, sentindo a mão umedecer, e gotas de sangue pingar no chão e neguei com raiva, colocando as mãos sobre a cabeça, que merda eu fui fazer quando me envolvi com aquela garota

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Esmurrei o espelho sentindo o punho queimar em seguida, sentindo a mão umedecer, e gotas de sangue pingar no chão e neguei com raiva, colocando as mãos sobre a cabeça, que merda eu fui fazer quando me envolvi com aquela garota. Eu sabia que era um erro por ela ser irmã do meu melhor amigo, mas isso só deixou as coisas ainda mais excitante, a sensação de perigo me atraiu ainda mais. Depois da primeira noite com ela eu disse pra mim mesmo que não me envolveria mais, Jasmine não era apenas uma garota marrenta, ela é ingênua e pura demais pra mim, e eu tirei isso dela naquela noite. E depois as coisas foram ficando mais envolvente ainda. Esse lance de brigarmos e depois acabar nos beijos ou encima de uma cama, não vou negar que ela me excita pra caralho. Mas porra! Grávida?

Se ela não tirar essa merda as coisas irão desabar de uma vez, Ryan iria me encher por ter ficado com ela, e quando ele souber da gravidez, nossa amizade e sociedade acaba, por que ele sabe o que sua irmã se tornará. Apenas uma barriga de aluguel para um filho meu, e depois... eu terei que matá-la. Por que Jasmine não aceitará os acordos do contrato e eu sei disso. Se não ela abortaria agora mesmo.

Ela não parece ser a pessoa que vai aceitar carregar um filho pra ganhar uma pensão por mês, e depois simplesmente sumir da vida da criança. E Jasmine além de ser marrenta é orgulhosa, o que fode com tudo que eu possa pensar.

— O que deu em você hoje? — Nara pergunta entrando na sala e eu bebo o wisky que já estava quente em meu copo e continuo encarando o teto, deitado no sofá de couro.

— Não deveria estar trancada em seu quarto? — digo sério e ela se joga no outro sofá.

— Vai passar lá mais tarde? — ela pergunta e nem preciso olhar pra ela pra saber que ela está sorrindo.

— Hoje não — digo me sentando e coloco o copo sobre a mesa.

— O que houve com sua mão? — ela pergunta e eu encaro a mão com o sangue já seco e apenas me levanto, indo até minha chave a pegando da mesinha e saio da mansão.

Já estava a noite e tudo que eu precisava agora era não pensar na merda que eu fiz, eu preciso apenas beber, fumar um baseado e fuder com alguém que não me faça perder tempo com conversa, que apenas deite e me deixe fazer o que quero fazer.


Jasmine Pirce | Atlanta

Eu nem fazia ideia de que horas eram, desde que acordei a única coisa que fiz foi ficar aqui, encarando o teto do meu quarto enquanto tento achar uma solução no meio disso tudo. Depois de ouvir tudo aquilo do Carter, talvez a minha opção seja não incluir ele nisso, apesar que... não sei se eu conseguiria sozinha. Ryan vai me odiar quando souber, e eu nem sei se continuarei aqui. Talvez voltar para Los Angeles e procurar um emprego, seja uma boa solução. Mas que droga — nego colocando as mãos no rosto — eu completo dezoito anos daqui a dois dias. Dá pra acreditar? O que eu fui fazer quando me envolvi com o Carter.

— Posso entrar? — ouço a voz do Ryan e encaro a porta já aberta e apenas concordo — Não quero ser chato contigo, mas você tem que sair desse quarto.

— Eu comi de madrugada — minto.

— Comeu mesmo? Pois o prato que Poliana separou para você continua intacto — ele diz cruzando os braços e eu respiro fundo — O que está acontecendo contigo? Quer conversar? É pelo luto? Ou pela minha vida? Eu não teria te levado naquele racha se eu soubesse que ficaria mal assim.

— Talvez seja tudo isso — digo seca e ele me olha e eu desvio o olhar para minhas mãos — se minha mãe não tivesse morrido eu estaria em Los Angeles. Não estaria aqui, não teria conhecido sua vida e... não estaria como estou.

— Jasmine, eu entendo seu lado. Entendo mesmo — ele diz sério — mas tem como convivermos sem misturar você na minha vida. Trabalho da forma que você sabe, mas não preciso te envolver. Errei em tentar te incluir nisso e olha onde chegamos.

— Olha onde eu cheguei — o corrijo e ele franze o cenho — a única que está se ferrando, sou eu. Não você!

— Não estou te entendendo, se quer sair saia, já tem uma amiga não tem? Não tem por que viver presa.

— Eu não quero conversar — digo e ele nega passando a mão no rosto.

— O que você quer então Jasmine? — ele me encara e eu não olho pra ele — Quando decidir e quiser conversar, estarei aqui.

Ele diz e sai do quarto, fechando a porta e eu mordo meu lábio fechando os olhos e escorando a cabeça na cabeceira da cama, nego pra mim mesma e sinto as lágrimas caírem. E quando meu celular toca, vejo o nome da Poliana. E apenas empurro o celular, puxando o edredom me cobrindo novamente.

•••

Era quase quatro da tarde e resolvi descer, antes que eu desmaiasse de fome, e quando desci a escada apenas de pijama e o cabelo solto meio bagunçado fui direto pra cozinha, notando o bilhete colado na geladeira, e o peguei lendo.


¨Tem comida na geladeira, caso se sinta mal. Já sabe, me liga!¨


Ignoro jogando na lixeira e abro a geladeira, pegando a vasilha tampada com a comida que a Poliana fez, e levo ao microondas, me sentando na cadeira apoiando as mãos na mesa enquanto espero e passo a mão no rosto cansada.


Logo a comida esquenta e eu coloco no prato, me sento e como enquanto penso na minha vida novamente, e me sinto enjoada, não sei se era pela comida ou se era pela repulsa que a minha vida no momento está me dando, sai as pressas correndo feito louca, ao banheiro abaixo da escada, vomitando a comida que tinha acabado de comer, e começo chorar enquanto vomito. 


Que droga!!!

Amor e Império Onde histórias criam vida. Descubra agora