Você de novo não!

Cap 26

Narradora on

  Diana foi em direção a Kagari que engoliu em seco sentindo seu coração bater cada vez mais forte, faltavam apenas centímetros de distância entre elas até que um garoto passou correndo entre elas ganhando a atenção de ambas.

--Ei, olha por onde anda?! - gritou Akko visivelmente irritada.

--Akko - Diana a chamou.

--S-sim...

--Você não deveria estar indo pro trabalho? - perguntou Amanda olhando seu celular - já são quase duas horas da tarde.

--Aí meu Deus eu tô atrasada!! - gritou Akko antes de começar a correr, porém ela voltou - você ia dizer alguma coisa, Diana?

--Ah não, pode ir. Não é nada importante, depois eu falo com você - respondeu a Cavendish.

--Tudo bem, depois a se vê então, tchau - disse Akko já indo embora correndo.

  Diana se despediu das meninas e segui para sua casa.

Diana on

  Assim que abri a porta de casa e entrei, senti algo estranho, fui para a sala de estar deixar minha mochila no sofá que antes era ocupado por Lily deitada como uma bola de pêlos e agora é só um sofá normal e vazio, o quarto da minha irmã parecia ainda mais vazio do que antes da Atsuko vir morrar aqui. Enquanto eu estava fazendo o almoço não havia ninguém falando besteiras enquanto eu cozinhada, depois de colocar meu prato na mesa e começar a comer a verdade veio a tona, por mais que eu não queira admitir essa casa é muito vazia sem ela, parece sem vida e até mesmo sinto um vazio dentro de mim que chega a doer.

--Sinto falta até do jeito desastrado que você tem - pensei alto.

  Depois do almoço fui trabalhar no notebook, mas não estava conseguindo me concentrar direito já que todos os meus pensamentos acabavam na Akko, no sorriso dela, no tom castanho de seus olhos... Agora mesmo ela estaria me pedindo pra fazer um bolo ou algo do tipo.

  Já que não conseguia trabalhar tentei arrumar algumas coisas, passei no quarto da Akko e estava tudo certo, ela teve o cuidado de deixar tudo do jeito que estava antes exceto...

--Ela esqueceu o despertador - pensei alto com o objeto em minhas mãos.

  Fiquei uns minutos pensando e cheguei a conclusão que eu tinha devolver a ela, afinal ela poderia se atrasar para a faculdade e eu só o comprei pra justamente evitar isso. Troquei de roupa, peguei minha bolsa e sai rumo a lanchonete, estava mais ansiosa do que deveria e feliz também, estava a poucos metros do lugar e um sorriso simplesmente invadiu meu rosto quando a vi, mas logo desapareceu quando percebi que ela estava conversando com alguém e rindo alegremente e quando a mão de um cara tocou seu lindo rosto... Eu quis morrer ali mesmo, mas eu nem posso fazer nada, eu a deixei ir, eu fui fraca demais pra dizer a verdade e eu MEREÇO isso.

  Mereço todas as lágrimas que estão saindo dos meus olhos enquanto eu corria de volta pra casa, é o que eu sei fazer, não é? Correr como uma covarde.

Akko on

  Estava tendo uma tarde normal na lanchonete, o movimento tava um pouco parado, mas acho que isso é normal nesse horário já que antes de ontem também foi assim e enquanto eu atendia uma mesa percebi um rapaz com cabelos pretos, terno azul e semblante sério, parecia ser um homem de negócios. Em novo a propósito, ele entrou e sentou perto da janela, colocou seu notebook na mesa e ficou digitando, depois de um tempo ele pediu um café e quando fui anotar seu pedido ele parecia muito frustrado com algo, a Carla, uma moça que trabalha aqui me deu um bolinho de chocolate que havia me prometido como presente de boas vindas e colocou na bandeja que eu segurava bem ao lado de um prato com pizza e o café do homem irritado, entreguei a pizza e quando fui entregar o café do moço...

--Mas que droga! - ele bateu na mesa me assustando um pouco, quase derrubei o café - desculpe - disse ele depois de suavizar o rosto um pouco.

--Tudo bem, parece que está num dia ruim, não é?

--Ruim não, péssimo! Faz mais cinco horas que estou aqui e já quero ir embora dessa cidade.

--Nossa - coloquei o cafe na mesa - é a primeira vez que vejo alguém falar que não gosta daqui.

--Provavelmente você nunca falou com alguém que teve que se mudar de última hora e não foi recebido pela sua prima egoísta.

--Ouvindo você falar assim parece que ela é uma pessoa horrível - sentei em frente ao mesmo colocando a bandeja na mesa.

--E ela é, ela fez a cabeça da nossa avó pra ela tirar boa parte dos meus bens, sem contar nas vezes em que ela procurou briga comigo e agora ela simplesmente não quer dividir um simples apartamento que nem foi deixado pra ela em primeiro lugar.

--Complicado - que história viu e que bolinho gostoso - mas o que você vai fazer agora? Já que não tem lugar pra ir?

--Estou tentando achar uma casa pra alugar, mas elas não parecem ser confiáveis ou confortáveis, eu não sei viver sem o conforto pleno que mereço.

--Sabe, esse seu jeito de falar e essa pose me lembra uma pessoa.

--Com certeza deve ser alguém de classe como eu, não é?

--Talvez, ela tem um emprego fixo e mora sozinha num apartamento com dois quartos.

--Que bom, mas eu ainda não tenho onde viver enquanto estudo na faculdade.

--Que faculdade?! - perguntei animada e ele leavntou uma sobrancelha.

--Acho que a unica dessa cidade, por quê?

--Eu estudo lá! Tem uma casa super bonita perto de lá, ela é branca e tem uma varanda enorme.

--Sério? - assenti - então por que eu não vi sobre isso na internet?

--A dona do lugar, a dona Odete, não colocou na internet ainda e nem sabe como fazer, eu ia até ajudar ela essa semana, mas acabei esquecendo porque tenho que vir correndo pra não perder o horário e...

--Só um segundo, com licença - ele tocou meu rosto e passou o dedo perto dos lábios - estava sujo.

--Ah, obrigada - lhe ofereci um sorriso. Ele sorriu de canto e limpou o dedo no guardanapo.

--Não há de que, mas qual é o seu nome?

--Atsuko Kagari, mas todo mundo me chama de Akko, por quê?

--Eu me chamo Andrew
Hanbridge e agora sei o nome da garota que resolveu meu problema.

--Eu não resolvi nada, a menos que eu te leve até a dona Odete e ela aceite você lá e vou logo te dizendo, ela é BEM difícil de agradar.

--Não quando eu conheço a amiga linda dela, que no caso e você.

  A gente conversou um pouco mais e eu resolvi levar ele pra conversar com a Odete amanhã depois da aula, eu não trabalho mesmo, mas tô preocupada com a Diana, ela disse que ia passar pra falar comigo, mas não apareceu, ela não é de fazer isso, até pensei ter "sentido" alguém observando pela janela enquanto conversava com o Andrew, mas quando eu olhei só haviam pessoas andando então voltei a conversar com o Andrew que por sinal é uma pessoa legal, ele até me pagou outro bolinho daquele.

Continua...

O q acharam do capítulo?