My Sunshine - Lawlu

Two

                                                                                    TRAFALGAR LAW

Estava deitado em minha cama, exausto como sempre, minha carreira como médico realmente cansava, por esse exato motivo decidi sair e por sorte encontrei aquele garoto por lá, e sinceramente eu não queria ter ido embora daquele jeito, mas apenas fiquei sem reação, eu gostei pra caralho, o beijo, os toques dele e aquele sorriso encantador, maldito sorriso que me fizera não conseguir dormir.

Fui acordado de meus pensamentos pelo meu pai, o mesmo havia aberto a porta sem ao menos bater, já tinha me acostumado afinal é o jeito dele.

- Embora Law, acorde, já é 14:30 e você tem trabalho e não quero que se atrase – Rosinante comentou comigo,mais conhecido como Corazon, ou para mim, Cora-san.

Ainda meio sonolento, levantei da cama, fui direto ao banheiro para fazer minhas higienes matinais, retirei minha roupa e a coloquei no cesto e rapidamente adentrei ao box, tomando uma bela ducha, lavei meus cabelos e fiquei por lá por mais uns vinte minutos.
Fechei o registro do chuveiro, peguei minha toalha e me enxuguei, fiquei apenas com a toalha enrolada na cintura, meus cabelos ainda úmidos caiam gotículas pela minha face. Após alguns minutos, estava pronto e bem vestido para mais um dia naquele hospital, hoje eu teria um plantão, ou seja, sem dormir e viver a base de café, que aliás é minha bebida favorita. Saí do quarto e me dirigi á cozinha, lá estava meu pai fazendo algo que seria o "café da manhã", sinceramente não sei por que ele continua cozinhando mesmo sabendo que não cozinhara bem, mas nunca reclamava pois ele apenas estava fazendo para me ajudar e para cuidar de mim.

- Cora-san – chamei meu pai – Tem certeza que hoje tudo bem você ficar sozinho por aqui? Da última vez, cheguei em casa e estava tudo queimado.

- Law meu querido, não se preocupe, estou tomando muito mais cuidado com o que faço – ele dizia, mas acabou que um cheiro de queimado subiu pelo ar.

- O que esta queimando aí? – Olhei para trás de meu pai e vi uns pedaços queimados que antes eram umas simples panquecas.

- Ah, isso? Foi sem querer, força do hábito – abriu um leve sorriso para mim – Vamos Law, você precisa ir.

Ele falou e eu apenas assenti, dei um abraço ao mesmo e saí. Meu carro estava estacionado na garagem de casa, peguei as chaves e apertei um botão para destravar o carro, assim abri a porta do motorista e adentrei, joguei minhas coisas ao meu lado e liguei o carro, abri a porta da garagem e segui viagem.

No Hospital:

Estacionei meu carro no estacionamento do hospital, peguei minhas coisas e desci, fechei a porta e travei o carro rumo á minha sala. O que eu sou exatamente? Cirurgião geral, não querendo me gabar mas um dos melhores.
Adentrei pela porta principal, cheguei a recepção apenas para dar bom dia á recepcionista.

- Bom dia Sr Trafalgar, tudo bem? – dizia Nami, uma jovem mulher, seus cabelos são laranjas, e sempre estava ali radiante.

- Bom dia Srta Nami, estou bem – disse friamente, eu não era o mais carinhoso ou amável – Algo para hoje?

- Por enquanto não senhor, mas avisárei-lo qualquer coisa – disse a mesma por fim e segui rumo á minha sala.
Fiquei lá por um bom tempo, estava sentado na minha cadeira próxima a minha mesa, com vários papéis em cima da minha mesa, lia e assinava, verificava e assinava, e foi assim até a noite. Já era umas 19:00 quando me levantei e fui á cozinha para pegar um pouco de café.
Quando eu ia dar o primeiro gole, ouvi uma batida na porta, Nami havia entrado com tudo e estava me chamando, estava com pressa, apenas deixei a xícara na pia e corri seguindo a mesma.
Quando cheguei no lugar que ela me levara, o cenário era outro, havia sangue espalhado pelo chão, três enfermeiras corriam cada uma com uma maca, cada maca tinha uma pessoa, os três foram levados para a sala de cirurgia. Fiquei encarregado de um deles, havia outros dois médicos que ficaram com os outros dois pacientes.

Pedi ás enfermeiras prepararem os meus utensílios para a cirurgia, esterilizei as mãos e coloquei as luvas, uma máscara e meu avental. Cheguei perto do paciente, primeiramente estancando a hemorragia, em seu peito havia um corte fundo, parecia mais um "X", logo depois já com meus materiais em mãos comecei a fazer a cirurgia. O sangue havia dado uma parada, comecei a fazer uma sutura por dentro, dei alguns pontos a mais afim de fortalecer a sutura,logo fiz o mesmo em sua pele e assim finalizando. Liguei o paciente á uma bolsa com soro, retirei minhas luvas e acessórios, as enfermeiras finalizariam o restante.
Saí da sala rumo á minha, sorte que tinha um banheiro com um chuveiro por lá, tirei minhas roupas e tomei um leve banho para tirar o cheiro e manchas de sangue pelo meu corpo. Saí,me sequei e coloquei uma muda de corpo que havia trago de casa, e me sentei em minha cadeira aguardando qualquer informação.

Naquela mesma noite:

- Senhor Trafalgar, venha ver o paciente por favor – dizia Nami, apenas assenti e a segui.

Antes de entrar na sala, me chamaram á sala ao lado. Shachi um dos médicos que estava cuidando daqueles dois pacientes que vieram junto com o meu.

- Law, infelizmente esses dois não sobreviveram, mas antes de um falecer, ele me pediu que escrevesse isso aqui – foi entregue um papel á mim – e aparentemente eram irmãos daquele que você salvou, verifiquei a ficha de cada um, somente sobrara ele agora – Sachi disse e assenti e voltei a minha sala.

Uma coisa tinha me passado despercebido, o paciente que eu salvara nada mais era aquele garoto da boate em que fui, eu apenas cheguei perto do mesmo e comecei a observa-lo, estava tão calmo dormindo, não queria imaginar quando o mesmo soubesse que havia perdido a única família que tinha, precisaria tomar alguma atitude mais tarde perante a isso.

Certamente aquela noite estava super agitada, além deste paciente, eu tinha muitos outros, fui em cada sala visitando os mesmos, por mais que as enfermeiras ali ficassem, somente eu poderia dar alta, passar os devidos medicamentos. Recebi em meu walkie talkieum um alerta, corri até a sala aonde tinham me chamado.

- Que bom que acordou, como esta se sentindo? – perguntei ao mais novo.

- Estou bem, quero sair daqui – ele me olhou irritado.

- Infelizmente ainda não é possível, seu ferimento é muito recente e se você não repousar, a sutura irá abrir e resultará em uma nova hemorragia.

- Ta, ta.... somente quero avisar meus irmãos de que estou aqui – agora sua voz mudou um pouco, parecia meio triste, será que se recordava de algo?

- Infelizmente agora não será possível, primeiramente você terá de descansar – eu optei por omitir a verdade por enquanto, mas se for para ele souber de algo, que seja de mim – Eu espero realmente que você aguarde este tempo. Mas para não dizer que não fiz nada, solicitei para que olhassem sua ficha, qualquer coisa estarei o avisando.

O menino assentiu, mas antes de eu ir embora o mesmo me chamou para mais perto:

- Se eu soubesse que para ver você novamente eu precisaria sofrer algum acidente, eu já teria feito no dia seguinte daquela noite.