My Sunshine - Lawlu

Three

                                                                                   MONKEY D LUFFY

- Se eu soubesse que para ver você novamente eu precisaria sofrer algum acidente, eu já teria feito no dia seguinte daquela noite – eu disse e para minha surpresa, o médico ficou meio irritado.

- Escuta bem, se ficar se acidentando não é algo que seja legal, e ainda mais somente para ver alguém – disse Law

- Certo, mas eu queria ver você novamente e mais rápido possível, antes mesmo de você sair do meu lado, eu já queria te ver novamente – falei mas senti que minhas bochechas coraram, a mesma coisa ocorreu com o meu médico.

- Luffy certo? – Assenti a ele – estarei supervisionando você, mas antes precisarei sair agora para arrumar uma papelada, espero que possa aguardar por um tempo.

Assenti novamente á ele,mas antes que ele saísse, eu o puxei pelo avental dele, o mesmo me olhou confuso e veio próximo a mim, ah sim, estava bem feliz em tê-lo novamente perto de mim, eu não diria que estou apaixonado certo? Conheci-o somente aquele dia e foi apenas um beijo que me levou a loucura? Que me dava vontade de subir as paredes e continuar ate nosso fôlego acabar? E de levar ele comigo para sempre? É, me sentia confuso.

Aproximei uma de minhas mãos ao rosto dele, novamente ele corou ao toque, fiquei olhando aquelas órbitas douradas novamente me levando a outra dimensão, uma que apenas eu esquecia de tudo e todos, fiquei o encarando por um leve tempo até o mesmo tirar minha mão e sair andando sem mesmo me dizer nada, eu realmente queria o segui-lo.

Já era madrugada quando acordei do pequeno sono que eu tive mais cedo, estava tudo vazio e estava entediado, até que eu tive a brilhante idéia de levantar da minha cama e sair para procurar algo para tirar o tédio. Desci da maca ainda com uma leve dor no peito, minhas pernas cambaleavam por estarem a um certo tempo sem andar, mas nada que me impedia de andar.

- Certo, primeiramente necessito de comida – falei comigo mesmo, pensando naquela sopa horrível que davam no hospital, era sem gosto e parecia mais com água.

Voltei a andar, passei por alguns corredores, uma sala ou outra eu acabava abrindo a porta mas normalmente estavam vazias ou tinha pacientes dormindo. Estava a procura da cozinha para ser mais exato, achei as escadas, resolvi descer um andar, segui pelo novo corredor a minha vista, eu via algumas placas a frente e uma indicava que a cozinha ficava a minha direita, bem até agora estava tudo indo bem. Conseguindo entrar na cozinha não tentando fazer barulho algum, comecei a procurar algo que fosse "COMESTÍVEL", infelizmente acabei não encontrando nada, somente comida de hospital, fiquei irritado, e com essa minha frustração acabei tendo uma ideia maravilhosa, iria achar meu querido doutor.

E foi isso que eu fiz, em algumas placas diziam onde ficava a sala do tal médico, comecei a seguir, demorou um pouco mas fui descobrir que a sala dele ficava no segundo andar, e onde eu estava? Ah sim no 6°. Com mais calma que antes, olhei nome por nome nas portas, até encontrar um escrito "Trafalgar D. Water Law", certo, era esse, não esqueceria esse nome tão rapidamente.

Sem bater na mesma, adentrei a sala com o mínimo de barulho possível, olhei ao meu redor e vi que era uma bela sala, tinha ate um pequeno sofá para descanso, eu poderia encontrar qualquer coisa ali menos o bendito do médico, bufei, só queria comer algo e sair mais rápido dali. Até que ouço uns barulhos vindos fora da porta, será ele? Optei por me esconder debaixo de sua mesa, ela era coberta por baixo então não tinha como ser visto, ouvi passos e mais passos até a porta ser aberta e logo fechada, logo mais passos, senti alguém se aproximando, engoli seco e fiquei estático, ninguém me tiraria dali tão fácil, até que senti um leve chute.

- Ai – falei ainda com a dor do chute

- Quem está aí? – disse o médico – seja quem for saia logo se n... – ele olhou para baixo e acabou me vendo ali e sem ter para aonde ir, apenas bufei e sai de baixo da mesa, fiquei em pé ao lado dele, o mesmo fazia uma cara feia.

- Você tem a mínima noção do que está fazendo? – perguntou o mais alto – suas feridas ainda não estão cicatrizadas.

- Só escuta, eu estou atrás de comida, aquilo que me dão não consigo nem engolir – falei em tom choroso e fiz um leve biquinho para o lado, percebi um riso frouxo vindo do outro.

- Não não, vamos direto para o seu quarto agora mesmo- Law disse a mim mas optei por fazer uma das minhas famosas birras, literalmente "prendi" os pés no chão e travei, não durou muito pois o maior era mais forte que eu mas mesmo assim eu estava tentando.

- Para de ser tão teimoso garoto – neguei com a cabeça para Law, não iria e pronto – E se eu fizer assim, eu te dou algo para comer e você somente volta para o seu quarto? Preciso terminar meu serviço.

- Aceito mas com uma condição, quero saber sobre meus irmãos, sei que estão aqui, sei que estão vivos, por favor, só quero vê-los – falei já o encarando, fixei meu olhar nos dele, não sairia dali sem alguma resposta.

- Certo, vou te dizer, primeiramente quero que se sente aqui – me sentei no sofá aonde ele indicara – bom, vou começar, não sei como e quando aconteceu sobre esse acidente, mas sei que vocês três vieram juntos até a este hospital, no momento não tinha reconhecido a ti, apenas fiz meu trabalho. Quando deixei você de repouso, solicitei que me dessem sua ficha e ali constatei sobre você e seus irmãos, agora por favor peço que não me interrompa agora – eu assenti a ele mas com um certo receio sobre o assunto – Quando vocês três vieram urgentemente para cá, eu apenas fiquei encarregado de você e seus dois irmãos com outros dois cirurgiões que estavam aqui, ambos tinham ferimentos de balas e vários roxos e cortes que pode ter sido espancamento, eles chegaram aqui em um estado pior que o seu, infelizmente não sobreviveram, foram feitas cirurgias e todas as formas para poder salva-los – fiquei em choque com isso, meus olhos começaram a doer, lágrimas já escorriam por todo o meu rosto, eu queria simplesmente gritar – E um deles antes de partir, pediu que escrevesse isso aqui á você – ele me entregou um pequeno papel.

Eu estava desacreditado sobre tudo isso, poderia ser um sonho não? Era um pesadelo de certa forma? Pois se fosse eu desejava acordar a qualquer custo, eu tentei me levantar do sofá mas acabei caindo no chão, me sentia mais fraco do que antes, fiquei desabado ali no chão mesmo, gritava e chorava, sem eles por perto quem iria me ajudar? Como vou poder encarar tudo isso sozinho? E tinha também o motivo para meus irmãos terem morrido: Foram aqueles bandidos, aqueles insensíveis, eu desejo por tudo que um dia irei me recuperar e acabar com a vida deles, quanto mais eu chorava, mais meu desejo por isso fazia ser real.

- Luffy, venha cá – Trafalgar me chamou e fui ate ele, abracei-o, me senti bem confortável com isso, parecia que eu estava mais calmo, senti as lágrimas cessarem e apenas aproveitei aquele doce abraço no qual me reconfortara muito.

- Tral.. Trao.. Torao – tentei dizer seu nome em uma tentativa bem falha,o mesmo não parecia se importar com o apelido – não me deixei sozinho por favor.

- Não sei se posso te prometer isso, mas tentarei te reconfortar ao máximo – o mesmo disse, me separando do abraço e indo até á um armário, ele pegou alguns doces que ele tinha guardado ali e me deu, aceitei e agradeci de boa vontade, pelo menos era melhor do que a comida do hospital.