(Arizona Robbins)
Eu vim para NY já fazem mais de vinte anos. Vim com a Dr. Nicolle Herman gerir o nosso centro fetal, que depois virou fetal/pediátrico, porquê eu sentia falta das criancinhas.
Eu tive que convencer a Nicolle para abrir a pediatria mas ela acabou cedendo e durante anos eu tive uma vida profissional gloriosa e eu tinha a Nicolle, uma das minhas melhores amigas me fazendo rir em todos os fins de expediente e me forçando a ir sempre além na medicina.-Você não pode deixar passar nenhuma inovação Robbins, você tem que ser a inovação. _Como me enchia o saco aquela mulher.
O dia em que eu acordei com uma chamada do hospital, dizendo que a Nicolle tinha se sentindo mal e estava lá foi um divisor de águas para mim, eu nunca tinha parado para pensar
que a minha relação com Herman era a única relação de amor que eu ainda mantinha. Eu não tinha ninguém além dela. Quando aquela jovem médica ruiva olhou pra mim e disse
o que todo médico diz "sinto muito Dra. Robbins, nós fizemos tudo o que podiamos mas o coração dela parou" o meu mundo parou junto, eu não sentia o chão abaixo dos meus pés e fiquei durante muito tempo naquele vácuo de tempo, entre o toque do telefone e o rosto da residente ruiva que me contou que a minha melhor amiga tinha morrido e que agora eu estava sozinha.Eu fiquei alguns meses em casa sem conseguir ir até a clínica, cheguei a pensar que nunca mais voltaria lá.
Como ia ser andar por aqueles corredores sem a companhia de Nicolle, sem a agitação que suas palestras traziam para o lugar. Para falar a verdade eu passei meses trancada no meu apartamento sem saber o que eu ia fazer da minha vida, até que eu um dia eu acordei com o interfone tocando.-Bo... Bom dia dona Arizona, eu sei que a senhora não gosta de ser incomodada mas tem um moço aqui falando que é seu amigo. _ A voz do porteiro saiu meio trêmula, talvez eu já tenha sido um pouco rude com ele, dai o nervosiso.
-Que amigo John, ele não deu nome?
-Ka...Karev? _A resposta dele sai em tom de pergunta o que me deixa irritada.
-SOU EU MENINA!!_Ouço a voz do Alex. Esta diferente, talvez mais grossa, mas totalmente reconhecível.
-Tá John, deixa ele subir. _Falo rápido e desligo. _Que porra o Alex veio fazer aqui? _Penso enquanto vou abrir a porta.
-Menina! _Ele fala em um tom muito alto para o meu gosto. Caramba como você envelheceu bem. _Ele estende os braços para um abraço.
-Não posso dizer o mesmo de você _Falo em tom de brincadeira em meio ao abraço. -Esta perdindo em New York? ou fugiu da sua família de novo?_Falo brincando, mas ele sabe que ainda não aprovo o que ele fez, mesmo que já tenha passado tanto tempo.
-Engraçado, falei com a Bailey sobre você não faz muito tempo e ela me disse que você estava na merda mas pelo senso de humor você já esta melhor né. _ Ele fala sarcástico.
-Você veio até aqui por conta do que a Bailey te disse? você não conhece ela e todo aquele exagero? _Alex se joga no meu sofá de dois lugares e eu me sento na poltrona em frente a ele.
-Não, eu não vim pela Bailey eu vim por que a senhora não trabalha a meses _Ele se ajeita no sofá e inclina o tronco na minha direção. - Eu sei que a Nicolle era a sua pessoa em NY e imagino que deve estar sendo difícil para você, mas você não pode se dar ao luxo de ficar parada. Só existem duas pessoas que podem fazer as cirurgias que você faz: a Hermam, que era cega e não operava a anos _Eu não consigo segurar o riso com o comentário de Karev que ri meio de canto_ - E você. _Ele continua. O que te torna única e o que significa que enquanto vc fica aqui de pijamas tem criancinhas morrendo por ai.
-Sério? criancinhas morrendo por ai? é para eu ficar melhor enquanto me sinto culpada?_Falo em tom de ironia.
-Não é minha culpa, foi você que escolheu salvar bebês. _Ele responde no mesmo tom. -Além disso, você precisa abrir vaga pra bolsistas lá na sua clínica. _Agora ele fala mais sério.
-Mas a clínica tem vagas pra bolsistas.
-Não, a Hermam tinha bolsistas.
É verdade, todos os alunos eram alunos dela eu não tinha pensado nisso, e a administração da clínica parou de tentar falar comigo já tem um tempo depois de serem muito ignorados por mim.
Alex passou aquele dia inteiro comigo, me fez tomar banho, comer, limpar a casa e quando foi embora me fez prometer que eu ia voltar ao trabalho eu prometi e cumpri na mesma semana voltei para a clínica.
Essa foi a última vez que eu vi o Karev pessoalmente ja se passaram cinco anos, de la pra cá nós nos aproximamos muito, nos falamos quase diariamente. Nesse período eu voltei a trabalhar na clínica e abri a bolsa intensiva que o Karev me pediu, ele tinha razão eu precisava voltar a ensinar e inspirar alguém.
Meus dois primeiros bolsistas foram meio decepcionantes, eram bons médicos mas só isso, até que abrimos a vaga novamente e eu recebi uma indicação da Bailey.
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Promete que vai ficar?
Fanfiction"E o tempo segue sendo o senhor de todas as coisas, tornando frágil e vulnerável tudo aquilo que por ele passa. Exceto um sentimento, o amor, este o tempo não pode deter, aliás, sobre o amor o tempo parece ter efeito oposto. Quando se ama de verdade...