(Arizona Robbins)
Passado o Interrogatório sobre meu passado em Seattle, a minha conversa com Mark até que fluiu muito bem, Sofia e Callie nos deixaram sozinhos na cozinha e nós falamos sobre tudo o que podia interessar a ambos... Medicina, Sofia, Daniel, culinária francesa... É estranho pensar que há muito tempo, quando soube que a Callie estava grávida de um cara
chamado Mark Sloan, a quem todos atribuiam a fama de gostosão, a única coisa que eu conseguia sentir por ele era muita raiva. E agora eu estou aqui me divertindo de verdade com o tal gostosão. Chego a achar bom que a Callie tenha passado os últimos anos com ele ao invés de qualquer outro babaca ou pior outra babaca.-Não é estranho que você tenha estado em Seattle na mesma epóca em que eu e nós nunca tenhamos nos cruzado? e eu tenho certeza de que nunca nos cruzamos porquê em outras épocas eu com certeza teria jogado charme para você. _Mark volta a falar do passado enquanto me lança um sorriso.
-Eu não acho estranho, nós coexistimos em ambientes bem diferentes, a pediatria com certeza não é a melhor amiga da plástica. _Mark ri do comentário. -Além disso nós tivemos uma série de desencontros, quando cheguei em Seatlle você tinha acabado de ir embora, eu só soube da sua existência por conta da fama de gostosão. _Dou um sorriso debochado. -Eu fiquei quase dois anos. _Respiro fundo. -Vivi os anos mais intensos da minha vida aqui. _Nesse momento eu percebo que o loiro esta me olhando fixamente enquanto eu falo.
-Você disse que foi pra África? _Ele me pergunta intrigado e eu começo a ficar nervosa.
-Sim, África. _Confirmo, sentindo a minha garganta secar. Mas eu não fiquei muito tempo... seis meses depois que eu cheguei lá aconteceu o tiroteio aqui no hospital e eu não consegui ficar. _Me sobe um frio no estômago quando lembro do desespero que foi achar que nunca mais veria a Calliope. -Quer dizer eu ainda fiquei lá por mais dois meses até conseguir um substituto mas. _Me falta ar. -Mas o incidente me fez pensar nas pessoas que eu tinha deixado aqui e nas coisas que eu perderia ficando lá, dai eu voltei. _Enquanto eu falava o loiro se manteve quieto, parecia estar pensando sobre cada palavra que eu falei.
-E a Callie?_Meu coração acelera. -Ela também não é fã da pediatria, no entanto vocês lembram uma da outra. _O tom da pergunta de Mark me deixa desconfortável, eu não faço ideia de como responder.
-Bo-bom, ao contrário da plástica a ortopedia é a melhor amiga da pediatria. _Tento sorrir. -Nós sempre temos um ossinho quebrado. A Callie era residente sênior na época, nós passamos bastante tempo juntas. _Mark se aproxima de mim me deixando ainda mais nervosa.
-Residente? _Ele ri sarcástico. -Você se lembra de todos os residentes?_Rio nervosa.
-Calliope não é qualquer residente. _Droga!! penso quando noto a gafe que cometi.
-Calliope!_Ele semicerra os olhos e sorri sarcástico enquanto afirma algo com um aceno de cabeça.
-Eu vou ver o que esta havendo com as meninas. _Ele fala sem me olhar nos olhos já saindo da cozinha.
Eu fico com a Sensação de ter confirmado a ele algo de que ele já suspeitava.-DROGA ARIZONA! _Falo sozinha secando minhas mãos suadas na calça do meu pijama.
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Não consegui ficar ali parada com aquela sensação de ter confessado um crime que eu não cometi, então sai para caminhar. Já estou caminhando de volta para a casa quando vejo Mark, Callie e Sofia do lado de fora em volta de um dos carros estacionados.
-Meu Deus Ari, eu ja estava preocupada. _Sofia fala exagerando como sempre.
-Eu fui explorar as redondezas. _Respondo sorrindo. -Vocês vão sair? _Pergunto quando percebo as chaves na mão de Mark.
-Eu vou precisar voltar pra civilização. o Daniel teve que ir pro hospital de manhã e ainda tem muita coisa do casamento pra resolver._Ela fala fazendo biquinho em desaprovação.
-Eu disse que um casamento no hospital seria bem mais prático. _Mark fala já entrando no carro.
-Não se preocupa, a mamãe vai ficar pra te fazer compania e pra esperar as mães do Daniel okay? _A endorfina que eu ganhei durante a caminhada se esvaiu por completo.
Ao mesmo tempo em que ficar sozinha com a Callie era um sonho que eu nunca nem sequer pensei em realizar, eu não acho que é uma boa ideia devido as circunstâncias. Mas não tenho nem tempo de argumentar, o carro sai e ficamos apenas nós duas ali paradas, ela de braços cruzados mais ou menos dois passos atrás de mim e eu me perco em pensamentos vendo o carro ir embora. Quando me dou conta e me viro para olha-la ela já esta distante entrando na casa. Eu permaneço ali por mais alguns minutos, as próximas horas serão difíceis.-Eu devia ter ficado em Nova York. _Reclamo com o vento.
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Caminho lentamente até a casa, quando passo pela porta meus olhos imediatamente procuram pela imagem da latina, que não esta presente. Vou até o corredor dos quartos e ela também não esta lá penso em procura-la pela casa mas recuo entrando no meu quarto que é a primeira porta do corredor.
Entro no quarto, fecho a porta atrás do meu corpo, respiro fundo, sinto o meu corpo tremer, acho que só agora ele da sinal do quão exaustivo foi o café da manhã e do quanto eu andei pela floresta vizinha.-Preciso de um banho_Sussurro pra mim mesma.
Entro no chuveiro sinto a água quente cair sobre os meus cabelos, molhar o meu rosto e escorrer por toda a extensão de meu corpo. Me sobe um arrepio quando ouço a voz dela me chamando.
-Arizona. _A voz parece bem perto, provavelmente ela esta em pé na porta. -Eu quero conversar com você. Pode ser?
-O-ok! _Eu pensei em falar "tudo bem" mas quando se trata da Calliope o meu cérebro não funciona dai a única coisa que saiu foi isso.
Ouço os passos da morena se afastando da minha porta, abaixo a cabeça e deixo a água cair sobre a minha nuca, fecho o chuveiro, respiro fundo. Visto o moletom azul que estava sobre a cama e vou para cozinha atrás da minha amada já sabendo que o teor da conversa seria o assunto do qual eu venho fugindo a anos.
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Promete que vai ficar?
Fanfiction"E o tempo segue sendo o senhor de todas as coisas, tornando frágil e vulnerável tudo aquilo que por ele passa. Exceto um sentimento, o amor, este o tempo não pode deter, aliás, sobre o amor o tempo parece ter efeito oposto. Quando se ama de verdade...