Fantasma palpável

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(Arizona Robbins)

Sofia Torres-Sloan?
Sofia Torres-Sloan!!
Sofia Torres-Sloan!!!
Eu li o nome da candidata inúmeras vezes sem acreditar!

(ligação on)

-Você só pode estar brincando comigo. _Cuspo as palavras assim que ouço a respiração da Bailey do outro lado da linha.

-Eu sei... eu sei... mas Arizona, a menina não faz ideia de quem você é e me pediu uma ajuda pra entrar em contato... eu não tinha como negar. _Bailey fala em tom calmo. -Além disso você é medica e professora a menina não tem culpa do que aconteceu. Ela é brilhante, quer ser pediatra você tem obrigação ética de ensinar. _Agora sim, ela fala com um tom mais estilo Bailey.

-Você não é mais a minha chefe Miranda. _Respondo sarcástica.

-Eu sempre vou ser a chefe de vocês _Ela responde debochada. -Olha aqui, esse seu curso esta bombando eu sei que você tem muitos candidatos. Avalia as inscrições, se tiver alguém melhor do que a pequena Torres
você não precisa aceita-la.

-Pequena Torres? ela lembra muito a mãe? _Eu pergunto por impulso, fazia muito tempo que eu não pensava em Seattle muito menos no sobrenome Torres.

-Você não imagina o quanto e não é só na beleza, ela herdou o talento da Callie, o sorriso e a teimosia. _Miranda fala com sorriso na voz, me pareceu que ela gostava mesmo da garota.

Como sempre a Bailey tinha razão. Aquele ano nós tivemos muitas inscrições, mas nenhuma que chegasse nem perto do currículo de Sofia e eu fui obrigada a trazer a filha da única mulher que eu amei na vida pra trabalhar comigo todos os dias por dois anos inteiros, eu achei que ia ser um inferno ter alguém tão parecido com a Calliope ao meu lado
o tempo todo. Mas a Sofia é tão especial que ao invés de lembrar dos momentos ruins que tive com a mãe dela, ainda antes dela nascer, eu só conseguia lembrar do lado bom da
Calliope.

- Nossa!! como elas são parecidas!!

No início eu restringi o meu contato com a Sofia, só mantinha contato com ela no trabalho e foi difícil me acostumar a vê-la nos corredores. Especialmente quando os dias eram frios e ela vestia o uniforme por cima de uma blusa de mangas compridas e era tão parecida com a blusa que a Callie usava que eu tinha quase certeza que era a mesma. A pimeira vez que vi ela daquele jeito foi como se eu tivesse tido um djavu.

Com o passar do tempo eu e Sofia ficamos mais próximas, ela é incrivel, impossível não se encantar com a doçura dessa menina, as vezes me pego pensando em como seria se eu tivesse ficado em Seattle quando soube da existência dela , sinto raiva de mim por não ter ficado quando ainda podia escolher e penso na Callie, fico pensando em que tipo de sentimento ela tem por mim, se é que ainda existe algum sentimento.

Sofia esta em NY a mais de dois anos eu pedi pra ela estender a residência com a desculpa de que seria melhor ela atender com a minha supervisão por mais um tempo. Mas a verdade é que a pequena Torres é mais do que uma aluna, eu amo essa menina como uma filha e não estou pronta pra deixa-la ir. Sei que Sofia também tem muito carinho por mim e agora mais do que aluna e professora nós nos tornamos amigas.
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A Sofia conheceu o Daniel assim que chegou em NY, ele é um bom rapaz, cirurgião de trauma os dois são muito apaixonados. Nós passamos muitas noites bebendo juntos, e eu estava lá no dia do pedido de casamento foi realmente muito lindo. O problema é que a Sofia cismou que eu tinha que ser dama de honra no casamento, ela não faz ideia de que a minha história com a família Torres-Sloan não
terminou nada bem. Eu tentei argumentar que já estou velha para ser dama de honra mas a menina é teimosa e seus olhos cheios de água não me ajudaram. Não tive como negar.

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