você quer me falar alguma coisa?

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15. Proibido

— Não acredito que você fez isso. — Ladybug comentou no dia seguinte quando Chat Noir explicou como havia feito para ir de sua casa até o local onde ela esperava o sem que o pai percebesse.

O que não havia sido nada demais na verdade, já que o pai não prestava muita atenção ao que ele fazia, Adrien só teve que deixar ligada a caixa de som pequena que tinha no quarto, tocando uma gravação das vezes em que ele havia ensaiado no piano, e conseguiu facilmente sair por uma das janelas da cozinha e depois pela entrada de funcionários para que Nathalie não o notasse andando pelos portões principais.

— Não foi nada demais, essa é só mais uma das minhas habilidades fenomenais que eu posso usar pra te impressionar. — Falou se gabando, e conseguiu arrancar mais uma risada da amiga.

— Mas por que seu pai não te deixou sair hoje mesmo? Ele reclamou que você chegou muito tarde em casa ontem?

— Não... — Chat Noir definitivamente não queria explicar o motivo, não queria repetir o que o pai falou de Ladybug, não queria comentar sobre a foto, não queria que ela se sentisse exposta daquele jeito apenas por andar com ele. — Ele só é chato assim mesmo, mas não foi nada demais.

Ladybug o encarou por mais alguns segundos, concentrada, como se tentasse identificar uma mentira, mas por fim apenas deu de ombros e concordou com a cabeça.

— E o que a gente vai fazer hoje? — Ela perguntou. — Vamos ter que mudar nossos planos pro seu pai não descobrir que você saiu de casa?

— Não, eu quero te levar num parque hoje. É enorme e ao ar livre, acho que ninguém nem vai reparar na gente lá.

— Menos mal. — Ladybug sorriu. — Que bom que você veio, mesmo escondido.


16. Idiotas

Ladybug se sentia um outro mundo, o parque onde estavam, o Parque des Buttes Chaumon, era ainda maior do que ela havia imaginado quando Chat Noir comentou, os dois já haviam andado tanto entre as árvores que ficaram cansados e pararam em frente ao lago para descansar, foi quando ela viu a cachoeira, ela nem imaginava que existia uma cachoeira de verdade em um parque no meio da cidade. E como se não fosse o bastante, os dois depois andaram pela ponte ferroviária antiga, tão alta que dava pra ver maior parte do parque dali de cima, e quando chegaram na parte mais alta do parque, se sentaram dentro do coreto e puderam observar não só o espaço ali dentro, mas os prédios antigos de Paris que estavam do lado de fora.

Agora estavam sentados na grama debaixo de uma árvore numa das partes inclinadas do parque, estavam na parte mais alta, e por isso conseguiam observar as pessoas que passeavam pela parte mais baixa ali, além da vista do parque em sua frente.

— Não sei como você conhece tantos lugares legais assim. — A garota comentou ainda olhando ao redor. — Tipo, eu sei que você nasceu aqui, mas isso parece um mundo secreto, escondido, eu nunca ia imaginar que um lugar assim existia.

Chat Noir ignorou o primeiro comentário, não sabia como — ou pelo menos não queria ainda — explicar para ela que maioria daqueles lugares ele conhecia porque já havia ido ali para alguma sessão de fotos ou gravação, nunca realmente para se divertir com alguém como estava fazendo com ela agora.

— Eu fiquei com medo de você não gostar muito de lugares assim. — Ele deu de ombros, um pouco tímido. — Tipo, vai que você estava cansada de ver tanto mato e ia achar super chato vir pra cá.

— O quê? — Ladybug o encarou. — Você acha o quê? Que eu moro numa fazenda?

— Bom, não exatamente, mas... Algo assim?

você é tudo que eu vejoOnde histórias criam vida. Descubra agora