| Fucked Reality - 𝑺𝒖𝒏𝒂 𝑹𝒊𝒏𝒕𝒂𝒓𝒐 |

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⚠️ NÃO, EU NÃO IREI REABRIR O LIVRO ⚠️

Depois de assistir ao discurso brega e entediante de um dos padrinhos, você levantou sua taça de champagne igual todo mundo —que celebrava feliz o casamento de Osamu e sua noiva que você nem se deu ao trabalho de decorar o nome—, e bebeu seu conte...

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Depois de assistir ao discurso brega e entediante de um dos padrinhos, você levantou sua taça de champagne igual todo mundo —que celebrava feliz o casamento de Osamu e sua noiva que você nem se deu ao trabalho de decorar o nome—, e bebeu seu conteúdo em um gole só.

Você não tinha ideia do que tinha te feito aceitar participar daquela farsa e depois de testemunhar toda aquela merda que te fez querer vomitar no meio da cerimônia, você só queria ir embora. 

Não fazia mais de duas semanas que você tinha decidido se livrar de tudo que envolvia Osamu, mas não satisfeito em te enganar e usar, o gêmeo ainda queria te ter como convidada em seu casamento de mentirinha, na primeira fileira, bem no lado da noiva, onde você podia ser bem vista por aqueles olhos castanhos enquanto ele jurava amor eterno a mulher quem você o ajudou a trair.

Mas aqueles olhos não foram os únicos no altar os quais você chamou uma atenção especial e agora, sentindo o vento frio ricochetear em seu rosto e levantar seu cabelo, você se questionava se tinha feito a melhor escolha.

— Você não deveria estar se perguntando esse tipo de coisa. – A voz arrastada te trouxe de volta dos seus pensamentos e você olhou de soslaio para Rintaro que dirigia, até aquele momento, silenciosamente ao seu lado.

— Como você sabe o que eu estou pensando? – Você perguntou, se afastando da janela onde você estava debruçada para encostar-se no estofado do banco de couro, ainda assistindo os prédios e as luzes passarem borrados por você.

— Você não pode me enganar. Sabe disso, certo? – Você ficou em silêncio e deixou que Formula, do Labrinth, acabasse para dar início a CIGARETTES, de Amir Obe. – Você fez o que deveria ser feito. – Ele deu de ombros e trocou a marcha enquanto costurava entre os carros na estrada.

— Ele era seu melhor amigo. – Você murmurou, olhando através do retrovisor os olhos amarelos que, na mesma hora, brilharam lascivos em sua direção.

— Agora isso não importa mais. – Foi o que ele disse antes de aumentar o volume do rádio e pesar o pé no acelerador.

Você fechou os olhos e recostou a cabeça no banco, sentindo seu corpo vibrar junto com o carro. A música de bass forte penetrava sua mente como uma droga e o cheiro forte de cigarro te enfiou em uma bolha solitária, onde você sabia que podia se despir e se sentir apetitiva apenas por ser observada por aquela raposa de olhos amarelados.

Você olhou novamente para fora e pode jurar que viu o caminho de casa se perder lentamente entre as ruelas que passavam rapidamente e logo sumiam de vista.

Seus olhos fizeram caminho até o homem ao seu lado e você não se sentiu como si mesma. Teve aquela sensação quase como se estivesse flutuando e Suna de repente fosse desaparecer, te abandonando deitada em sua cama com borboletas no estômago e os olhos lacrimejados.

Suna era quase como um vinho que envelheceu demais e tem um gosto ruim de calmaria, como aquelas miragens do deserto que só te afundam ainda mais na areia seca e te deixam mais sedenta. Então você bebe até o fim e depois vomita tudo, promete olhar a data de validade da próxima vez, mas no final, acaba sempre por procurar aquele mesmo gosto amargo ruim, porque por alguns instantes ele te fez se sentir viva o bastante para não se arrepender de bebê-lo.

A verdade era que você nem sabia exatamente o que trouxe vocês um ao outro, apesar da dor. Não existia certeza se foi você que o encontrou, ou o contrário, mas era mais do que óbvio que suas peças não se encaixavam e que no final, um de vocês teria a tarefa dolorosa de ceder espaço dentro de si para o outro, quase como se forçasse seus corações descompensados a cantar a mesma canção no mesmo ritmo.

A realidade, entretanto, parecia mais dura que essa, mas você não se cansava de olhar aqueles olhos e se perguntar se as coisas continuariam como antes e o nascer do sol continuaria a acontecer todos os dias, mesmo que você não estivesse mais alí para vê-lo.

Seus olhos foram automaticamente atraídos para o retrovisor e por longos segundos você não se reconheceu, mas pela primeira vez não odiou a pessoa que viu. Você conseguia ver explicitamente seu coração pulsando, quebrado e dolorido refletido nos olhos cansados, e percebeu que estava fazendo de novo e se enganando ao se tornar a pessoa que te conduzia sem realmente tomar as rédeas.

Você não queria, mas precisava deixar aquela realidade, mesmo que isso lhe custasse sua paz, e as coisas pareciam caminhar sempre para o abismo sem que você sequer notasse, mas lá estava você, adiando o adeus por mais um nascer do sol e imaginando se as memórias são mesmo necessárias afinal de contas.

Porque, no final, você sempre estaria sozinha, sentada no passageiro de um carro conduzido por um desconhecido.

Porque, no final, você sempre estaria sozinha, sentada no passageiro de um carro conduzido por um desconhecido

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Encontrei esse imagine perdido no meio dos meus rascunhos e eu nunca postei ele porque fiquei muito insegura.

Quando escrevi, eu estava um pouco fodida da cabeça e o objetivo era na real passar a vibe q eu tava sentindo no momento.

Não penso e nem vou reabrir o livro, mas estou sempre lendo os comentários novos que vocês deixam nos capítulos e morro de saudade de interagir com vocês >.<

Espero que tenham gostado desse imaginezinho super confuso e cheio de sentimentos :D

⚠️ Não pulem refeições, bebam água, lavem as mãos, usem alcool em gel e máscara quando forem sair, e tomem a vacina direitinho quando chegar a sua vez. Fiquem bem, okay? cuidem direitinho da cabecinha de vocês e sejam gentis consigo mesmos. ⚠️

beijinhos :*

Haikyuu!! - ❁𝑰𝒎𝒂𝒈𝒊𝒏𝒆𝒔❁Onde histórias criam vida. Descubra agora