Cap. 1: Começar Por Último

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O sol brilhava forte no céu azul sem nuvens, fazendo com que os raios de luz penetravam pelas folhas das árvores da densa floresta. A temperatura era alta e o ar estava úmido, criando uma sensação de calor intenso que envolvia o ambiente. O som dos insetos e pássaros preenchia o ar, criando uma sinfonia natural. A vegetação exibia uma variedade de tons de verde, com as folhas das árvores brilhando sob a luz do sol. Algumas áreas da floresta estavam em sombra, proporcionando um alívio momentâneo do calor. Mesmo com o calor intenso, o balançar dos galhos das árvores criava uma atmosfera de mistério e tranquilidade.
Na floresta encontra-se uma cabana cercada por árvores altas e densas, com seus galhos estendidos para o céu. Uma garota se aproxima da cabana, caminhando com passos rápidos e determinados, seus longos cabelos castanhos voando com a leve brisa que passava. Era a Kimberly, usando seu casaco preto, uma saia plissada amarela, meias pretas que estão acima dos joelhos até metade das coxas e botas pretas. Mesmo no dia mais quente do ano, igual ao Johnny, ela usa roupa de frio em dias de calor.

Ela para em frente à porta da cabana, olhando ao redor para ser certificar de que está sozinha e não foi seguida. Coloca a mão na maçaneta da porta e entra na cabana, já que não tem como fechá-la e sempre fica destrancada. Ela empurra a porta, que range baixo ao abrir. Assim que adentrou a sala, ela se assustou com a televisão quebrada, que estava caída no chão ao lado do sofá. Seus olhos se arregalaram de medo enquanto ela olhava ao redor do ambiente, tentando encontrar alguma pista sobre o que havia acontecido ali. A sala está escura e a única luz vem de uma janela com a cortina aberta de cima do sofá, que permite a entrada de um raio de sol. Ela se aproxima da televisão quebrada, passando por cima de alguns destroços de vidro, e olha com desespero a bagunça ao redor.

Kimberly senta-se em uma cadeira antiga e empoeirada na cabana, colocando-se em uma posição confortável e impaciente ao mesmo tempo. Ela cruzou as pernas, ajustou sua saia plissada amarela. Ela fica olhando para a porta, esperando que Johnny apareça a qualquer momento. Ela suspirou e olhou para a porta da cabana, esperando a chegada do Johnny. O silêncio ao seu redor era quebrado apenas pelo som das folhas sendo sopradas pelo vento lá fora. Ela continuou esperando pacientemente, mas com uma pitada de preocupação crescendo em sua mente. Finalmente, depois de quase quarenta minutos, ela ouve um barulho do lado de fora e se levanta rapidamente, pronta para ver o que está acontecendo.

Johnny chega à cabana no meio da floresta com sua máscara roxa parcialmente quebrada, revelando parte de seu rosto. Ele está vestindo uma calça jeans azul desbotado, com manchas de sangue em algumas áreas, e um casaco preto que parece ter visto dias melhores. Suas luvas pretas também estão manchadas de sangue. Ele parece cansado e ferido, mas ainda assim determinado. Seu rosto está tenso, revelando que ele passou por algo perigoso e intenso.

Kimberly levanta-se da cadeira e se aproxima de Johnny, analisando seu estado. Ela nota que ele está com marcas de sangue em sua roupa e fica ainda mais preocupada. Ela pergunta:

- O que aconteceu?

Johnny deslizou suas costas pela porta enquanto olhava para Kimberly, que o encarava com uma mistura de preocupação e alívio. Seus olhos estão cansados e a respiração é pesada. Apesar da situação, um pequeno sorriso apareceu em seu rosto acinzentado, mostrando que ele ainda tinha um pouco de bom humor e responde a pergunta:

- Eu estou vivo. - disse ele, quebrando o silêncio que se estabeleceu entre eles. Os olhos de Kimberly se encontraram com os dele e houve uma troca de olhares, como se estivessem se comunicando sem palavras.

Ela se aproxima e se agacha na frente dele, olhando para seu rosto machucado e sua roupa ensanguentada. Johnny parece cansado, mas ainda tem um brilho nos olhos. Ele ergue a mão e toca o rosto de Kimberly suavemente, um gesto de agradecimento por ela estar ali com ele. Kimberly sabe que algo ruim aconteceu, mas não quer forçá-lo a falar sobre isso. Ela se levanta e vai até ao quarto, onde pega uma toalha de dentro do armário para limpar o sangue de seu rosto e corpo.

Noites Sombrias: Volume IIOnde histórias criam vida. Descubra agora