O bebe na caixa

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A missão da SHIELD era simples: Clint Barton deveria eliminar Natasha Romanoff, resolver os problemas causados pela infame Viúva Negra e tirá-la do radar da organização. Ela havia se tornado uma ameaça, alguém que a SHIELD precisava tirar do caminho. Mas quando Clint encontrou Natasha, algo mudou. Ele percebeu que havia mais nela do que o histórico de uma assassina. Havia uma habilidade rara, um potencial que poderia beneficiar a SHIELD de maneiras inimagináveis. Ele decidiu desobedecer. Em vez de matá-la, propôs uma aliança para derrubar Dreykov, o líder do programa Viúva Negra, o homem que criava agentes como Natasha.

O plano não foi fácil. Para chegar a Dreykov, Natasha teve que usar a filha dele, uma garotinha inocente, como isca. A missão culminou na explosão de um prédio, deixando o corpo de Antônia em meio aos escombros. Agora, Clint e Natasha estavam em fuga, tentando se esconder dos fantasmas de uma missão que tinha exigido um sacrifício doloroso demais.

Cena no esconderijo

O som abafado dos trens ecoava pela tubulação. Clint, visivelmente exausto, respirava fundo ao se acomodar no abrigo improvisado, escondido nos túneis da cidade.

Clint: — Parece que vamos ter que ficar aqui até a poeira baixar.

Natasha: — Sete dias, Clint. Sete dias fugindo...

Ela se deixa cair no chão, abraçando os joelhos. O peso da culpa por Antônia parece aumentar a cada minuto.

Clint: — Sei o que você está pensando... Vai ter que aprender a conviver com isso, Nat.

Natasha: — Você acha que não sei? — Ela retruca, os olhos fixos no chão. — É o que venho tentando fazer desde o primeiro dia.

Ele suspira, lançando-lhe um olhar misto de compreensão e resignação.

Clint: — Quer dormir? Eu fico de guarda.

Natasha: — Vai em frente. — Ela assente com um aceno breve.

Enquanto ele se ajeita, o silêncio toma conta do lugar. Clint adormece, mas Natasha continua acordada, o olhar perdido. As lembranças da explosão e do grito de Antônia atormentam seus pensamentos. Finalmente, de madrugada, ele acorda para revezarem a vigília. Contudo, Natasha ainda está inquieta, e eles começam a jogar jogo da velha, tentando, sem sucesso, quebrar o silêncio opressor.

De repente, um som inesperado: o choro de um bebê, fraco e distante.

Natasha: — O que foi isso?

Ela abre a tampa da tubulação com cautela, tentando não fazer barulho. Clint a observa, alarmado.

Clint: — Você está louca? Feche isso agora!

Natasha: — Escute. Você ouviu isso?

Clint: — Provavelmente alguém passando com uma criança. Fecha logo essa tampa!

Mas o som se intensifica, e ela localiza a origem: uma caixa de papelão, balançando suavemente, de onde o choro parece ecoar. Natasha, impulsiva, não consegue resistir.

Clint: — Não, Natasha.

Natasha: — Desculpa.

Ela se esgueira para fora da tubulação e se aproxima da caixa com a arma em punho, pronta para qualquer situação. Ao abrir a caixa, o que encontra a surpreende: uma bebezinha de poucos meses, com olhos grandes, verdes, e o pouco cabelo de um tom ruivo suave. A criança está enrolada apenas em uma fralda, tremendo de frio.

The Found BabyOnde histórias criam vida. Descubra agora