Escola para mutantes

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No dia seguinte, Alisson acorda com o cheiro irresistível de cookies recém-assados invadindo seu quarto. O aroma doce e reconfortante parece abraçá-la, fazendo com que ela se espreguice lentamente, ainda se sentindo um pouco grogue do sono. Ela dá uma rápida olhada ao redor, notando as paredes decoradas com pôsteres de seus super-heróis favoritos, que sempre foram uma fonte de inspiração para ela. Alisson levanta, passando os dedos pelos cabelos desgrenhados, e se dirige ao banheiro para se arrumar. Enquanto escova os dentes, ela se pega pensando no bilhete que viu em seu quarto na noite anterior — um lembrete sutil de que sua vida estava prestes a mudar.

Após se arrumar, Alisson desce as escadas, os passos ecoando pelo hall silencioso. Ela sente a leve brisa da manhã entrando pelas janelas, e o brilho do sol ilumina a cozinha, onde sua mãe, Nat, está ocupada tirando uma fornada de cookies do forno. O calor e o cheiro fazem Alisson sorrir, trazendo à memória momentos felizes da infância, quando ela costumava ajudar Nat a cozinhar.

Ali: Você está cozinhando?

Alisson se aproxima da bancada, pega um cookie ainda quente e dá uma mordida, os pedaços crocantes se desfazendo em sua boca. O sabor é reconfortante, como um abraço caloroso.

Nat: Como você dormiu?

Ali: Bem... meu braço está doendo um pouco, mas é normal.

Ali suspira, pensando no bilhete que a atormenta e nas perguntas que não saem da sua cabeça. Ela olha para Nat com um misto de insegurança e curiosidade.

Ali: Mãe... você não sabe nada sobre quem eu sou?

Nat para um momento, colocando leite em um copo, seu olhar refletindo uma preocupação silenciosa.

Nat: Você sabe que eu não sei, Ali...

Nat coloca o leite na frente dela, mantendo contato visual.

Nat: Por que a pergunta?

Ali: É só que... eu não sei. Eu queria saber quem eu sou, sabe? Queria entender porque eu sou diferente.

Nat olha para Alisson com um olhar materno, como se estivesse ponderando suas palavras.

Nat: Porque você é especial.

Ali balança a cabeça, frustrada.

Ali: Isso não explica porque tudo isso...

Ela suspira, o olhar triste e pensativo, enquanto suas emoções transbordam.

Nat: Então... você quer ver o colégio que eu achei?

Nat sorri, tentando mudar o clima, mas o toque da campainha interrompe o momento.

Nat: Deve ser a Laura com as crianças.

Nat abre a porta e, para surpresa dela, se depara com um homem careca em uma cadeira de rodas, acompanhado de uma mulher morena alta com cabelos brancos.

Professor Xavier: Eu esperei sua ligação por muito tempo.

Nat: Professor Xavier...

Professor: Posso entrar?

Natasha hesita, pesando suas palavras, antes de assentir e abrir espaço para ele entrar.

The Found BabyOnde histórias criam vida. Descubra agora