Só por uma noite

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BEATRIZ 🍄

Não sei se estava mais impactada com as atitudes do meu pai, ou com o Leonardo na minha frente encarando o meu pai como se ele fosse partir para cima dele a qualquer momento. O medo percorreu todo o meu corpo me causando um arrepio ruim. Eu só queria entrar dentro da minha casa para que meu pai acabasse com esse show.

Tentei puxar Leonardo mas ele nem se moveu, estava igual um muro, seus olhos estavam fixos no rosto do meu pai e seus punhos estavam firmes. Todos na escola sabem que ele é explosivo, dizem que ele sempre tinha surtos de raiva, mas isso passou um pouco depois que ele começou a tomar remédio controlado.

Mas mesmo tomando remédio controlado ele se descontrola com uma facilidade incrível. Ele sai de um Leonardo fofinho e tranquilo, e vai para um vampiro estripador, pique stefan salvatore. E eu não quero nem pensar no que pode acontecer se meu pai se descontrolar e ir para cima dele, o mesmo vai revidar e isso vai dar uma coisa grande, muito grande.

—O que você disse Garoto? — Meu pai se aproximou mais um pouco.

Tentei me por na frente do Leonardo, mas ele segurou meu braço com força atrás dele, Tentei me soltar mas ele afundou os dedos na minha pele me causando um pouco de dor.

—Eu Gaguejei? — sua voz saiu mais grossa do que o normal — Eu Disse que se você encostar um dedo na minha garota, eu te quebro na porrada.

"Minha garota" ele disse mais uma vez e eu ainda sinto a mesma coisa, um frio no estômago que nunca senti antes, algo não identificado.

—Entra Beatriz — Meu pai mandou firme.

Tentei me mover e sair do aperto de Leonardo, mas ele se quer se moveu e não deixou que eu me soltasse.

—Eu vou ter que repetir Beatriz? — Esbravejou

—Ela não vai entrar, muito menos ficar na mesma casa que um bêbado descontrolado. — disse firme.

Leonardo afrouxou um pouco o aperto no meu braço, sua mão desceu devagar até tocar meus dedos, ele tocou minha mão e entrelaçou nossos dedos me puxando para mais perto até que meus seios tocassem suas costas.

—Ela é a minha filha — Gritou — Eu mando e ela obedece, eu não sei quem você é, também não faço questão de saber. Mas ela vai entrar em casa e você vai embora antes que eu chame a polícia e a coisa não vai ficar bonita.

—É sério isso? — riu irônico — Olha para você, está bêbado e causando uma briga sem necessidade, a Beatriz já é bem grandinha e sabe muito bem o que faz da vida dela, como pai...você pode ser chamado de pai? Porque um bom pai não tem esse tipo de atitude.

Toquei a cintura de Leonardo com o intuito de trazer a sua atenção para mim, mas ele parecia cego, mudo e surdo. Sua atenção estava voltada exclusivamente para o homem a sua frente que o olhava com ódio, e não fazia nem mesmo questão de disfarçar.

—Leonardo, é melhor você ir embora.

—Eu não vou deixar você sozinha com ele — Disse entre dentes — Essa opção não está em questão.

—Você quer sair daqui com uma bala na cabeça? — meu coração acelerou, meu pai realmente tinha uma arma em casa e no estado que ele se encontra, não duvido que seja capaz de fazer merda — Some da frente da minha casa e não chegue perto da minha filha outra vez.

—Então você gosta de ameaçar? — riu sem humor — Tem noção aonde você está se metendo?

—acha que eu tenho medo de um garoto?

—Um Homem — corrigiu — Você está lindando com um garoto que é muito mais homem que você.

Algumas pessoas saíram de suas casas para olhar a confusão que se formava no meio da rua, não faziam questão Alguma de disfarçar.