Capítulo 4

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Dirigi até a floresta Joppe, onde tinha certeza de que encontraria o que estávamos procurando.

Parei o carro na beira da estrada, para que pudéssemos adentrar a floresta.

— Tem certeza de que é aqui? — Sam perguntou enquanto pegamos armas do porta-malas.

— Confia em mim, Winchester. — respondi fechando o porta-malas.

Então, nós entramos na floresta.

Tudo estava calmo e pacífico. Como se não houvesse perigo algum. Mas é errado pensar que tudo está correndo bem, quando tudo o que conseguimos ver é superficial.

— Precisamos encontrar algum buraco no chão, ou algo do tipo. — falei para Sam. — Essas coisas se escondem abaixo do solo.

— Então você sabe o que é essa "coisa"?! — ele disse.

— Já cacei esse tipo algumas vezes. — respondi sem dar muita informação. Afinal, as pessoas não precisam saber das trágicas histórias da sua vida.

— Certo... — ele disse. — Ei, ei, ei. — ele exclamou, levantando as mãos para mim, para que eu não me movesse. — Cuidado. — ele olhou para o chão a minha frente e eu acompanho seu olhar.

— Parece que encontramos. — ele disse.

Sam, com certa dificuldade, entrou por primeiro. Eu fui logo atrás, ele me ajudou a descer la de dentro.

Olhamos em volta e vimos que tinham dois caminhos, dois túneis.

— Onde? — Sam perguntou.

Direita ou esquerda. Que caminho seguir.

— Eu vou na direita. — falei, apontando a lanterna para direção.

— Eu vou para a esquerda... — Sam falou, apontando sua lanterna para direção. — Qualquer coisa... sabe o que fazer... — ele disse me olhando nos olhos.

— Sei. — digo balançando de leve a arma que segurava na outra mão.

Logo, seguimos nossos caminhos.

O chão estava molhado, cada passo que eu dava era ressoado por todo o túnel. Algumas gotas de água pingavam sobre mim, fazendo com que eu ficasse cada vez mais atenta.

Eu segurava com firmeza a lanterna em uma mão e a arma na outra. Já não conseguia mais ouvir os passos de Sam do outro lado, o que me deixava um pouco ansiosa.

Faziam anos que eu não sentia essa sensação. A pura adrenalina correndo pelas minhas veias, a minha vida literalmente correndo perigo, o alerta total. Me deixando em estado máximo de nostalgia.

O mistério de não saber o que está por vir, ou o que vai acontecer daqui apenas uns segundos é horripilantemente atraente por algum tempo. Mas, depois disso, tudo o que sobra é escuridão e uma alma vazia e sem propósito.

Eu já me deixei atrair pela escuridão, mas nada de bom acontece quando se está nela. E você só percebe isso quando ela tira tudo de você.

Interrompi meu próximo passo quando ouvi um barulho vindo um pouco mais a frente.

Respirei fundo e coloquei meu dedo no gatilho da arma, já preparada para atirar.

Mas, assim que apertei os passos e cheguei no local de onde o barulho vinha. O encontrei.

Um arrepio percorreu a minha espinha assim que o vi. Ele estava sentado no chão, seus braços, pernas, mãos e tronco estavam amarrados em um tronco de árvore. Seu rosto estava com feridas e sangue e suas roupas rasgadas.

Carry On - s/n em supernatural Onde histórias criam vida. Descubra agora