Capítulo 7

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Eu e Sam olhamos repentinamente para o beliche.

Um alívio percorreu todo o meu corpo quando percebemos que o Dean só tinha se virado de bruços e continuava dormindo.

Eu apoiei a minha cabeça na testa de Sam e nós dois rimos daquela situação.

— Acho que é melhor pararmos de brincar com fogo. — falei.

— Eu também acho. — Sam riu.

Aquilo fez com que toda a nossa sem-vergonhice caísse pelo ralo.

Sam foi se vestir e eu coloquei minha calça, sem a calcinha porque eu não a encontrei. Fiz uma anotação mentalmente: "encontrar a minha calcinha que o Sam jogou em algum lugar antes de irmos embora."

Fui até o meu carro pegar uma peça de roupa no porta-malas. Eu sempre deixo algumas roupas no meu carro, por pura vaidade mesmo.

Quando voltei para o quarto Sam já estava vestido e deitado na cama de cima do beliche. Entrei no banheiro para tomar banho e trocar de roupa.

Durante o banho, fiquei pensando em como seria a minha relação com o Sam depois daquilo... vamos continuar sendo "colegas", ou vai haver uma tensão muito grande entre nós dois?

Provavelmente a segunda opção.

Ele me surpreendeu hoje... não fazia ideia de que o Winchester caçula era tão... quente.

Ele era sempre tão cuidadoso e responsável. Sempre o certinho. Gostei de ver esse lado dele. Adorei. Ele precisa ser 'esse' Sam mais vezes.

Após terminar o banho, vesti minhas roupas e fui até o meu carro.

Peguei uma almofada no porta-malas para fazer de travesseiro e deitei no banco de trás.

— Como nos velhos tempos, ein bebê?!

Fiquei encarando o teto do carro até pegar no sono. Pensei em todas as probabilidades do meu irmão ainda estar vivo. Eu preciso me agarrar a qualquer porcentagem de chance de ser verdade. Preciso.

Derramei algumas lágrimas ao relembrar todas as historinhas que eu contava para ele antes de dormir. Eu o tratava como um boneco, como se fosse meu bebezinho.

Ele sempre dormia antes de eu terminar as histórias e no outro dia sempre implorava para que eu terminasse de contar o resto.

Ele sempre foi um bom irmãozinho.

Ao contrário de mim.

                                     ......

— S/n?!

Acordei do meu sono não tão profundo assim que ouvi alguém batendo no vidro da janela.

Limpei os olhos e me endireitei.

— Sam. — sai do carro. — Que horas são?

O clima estava meio gelado. O céu ainda estava escuro, mas dava para perceber que o dia já ia clarear.

— São seis horas. — ele respondeu. — Eu e o Dean estávamos conversando...

Por favor, não me diga que o Sam conversou com o Dean sobre o que está rolando entre a gente.

— Nós meio que estamos morando em um bunker. — ele continuou. — Temos tudo o que precisamos lá. Inclusive, desvendamos muitas pistas sobre o paradeiro do nosso pai de lá.

Ele vai sugerir o que eu acho que vai sugerir?!

— Pode ficar com a gente se quiser. — terminou.

Carry On - s/n em supernatural Onde histórias criam vida. Descubra agora