Carry On - s/n em supernatural

Capítulo 5

Eu e Sam estávamos a caminho do carro, que estava na estrada. Dean já estava lá, nos esperando.

— S/n. — Sam me chamou.

— Sim?! — respondi.

— O que aconteceu lá?

Fiquei receosa sobre contar ou não contar para o Sam o que realmente estava acontecendo.

Nós paramos de andar e ele ficou esperando eu dizer alguma coisa.

Acho que o Sam viu o quão abalada eu estava depois daquilo, então disse:

— Pode contar comigo, S/n. Afinal, você me ajudou a salvar a vida do meu irmão.

Não sei se posso confiar no Sam - se posso confiar em um Winchester - mas, pareço não ter outra alternativa agora. Depois do que aquele monstro me falou, preciso ir atrás do meu irmão, preciso descobrir se ele realmente ainda está vivo. Mas, não posso fazer isso sozinha, não consigo, não sou mais como era antes.

— Dá para apressar um pouco o passo aí, Sammy?! — Dean grita da estrada para nós. — Vamos procurar um hotel, estou precisando de um banho. — ele disse.

Sam continua me olhando, esperando minha resposta.

— Vamos... — eu disse. — Lá a gente conversa.

— Tudo bem... — Sam concordou e nós fomos até o meu carro.

— É seu?! — Dean perguntou para mim, após ver o carro.

— O que você acha?! — respondi abrindo a porta do motorista e entrando.

— Acho que você tem bom gosto. — ele respondeu.

Não contive o sorriso. Afinal, adoro que elogiem o meu carro.

Sam sentou no banco da frente e Dean no banco do passageiro. Eu liguei o motor e pisei fundo.

— Pode nos deixar no hotel mais próximo. — Dean pediu.

— Ela vai com a gente. — Sam falou.

— Ela o quê?! — Dean rebateu.

— Eu e o Sam precisamos conversar. — falei.

Olhei pelo retrovisor e vi que Dean estava com as sobrancelhas levantadas. Parecendo um tanto quanto surpreso.

— Conversar?! Você e o Sammy?! — disse com incredulidade estampada na voz.

Estava claro que o Dean pensava estar rolando algo entre mim e o Sam. Mas o Sam não se importou com isso, nem eu. Nós apenas permanecemos em silêncio o restante do caminho.

Eu olhava pelo retrovisor algumas vezes e via a feição pensativa e preocupada de Dean. Ele olhava o lado de fora da janela do carro, mas parecia não ver nada, pois estava submerso demais em seus próprios pensamentos.

Parei o carro no estacionamento do primeiro hotel que encontramos.

Sam e eu estávamos pagamos a estadia, enquanto o Dean pegou a chave e já foi para o quarto, provavelmente direto tomar banho, já que estava fedendo e cheio de sangue. A recepcionista nem fez questão de perguntar o porquê Dean estava daquele jeito, acho que ela já deve ter visto coisas muito piores.

— Meu Deus... — falei assim que entramos no quarto.

Era minúsculo e tinha um beliche, também tinha cheiro de boate.

Olhei para Sam com olhar de reprovação, afinal, foi culpa do Dean termos vindo justamente aqui. Ele estava nos apressando para parar logo em qualquer lugar, porque precisava de um banho.