Carry On - s/n em supernatural

Capítulo 10

— Amanhã eu e o Dean vamos sair cedo. — Sam disse vestindo sua roupa.

— Não me incluíram nessa caçada?!

— Na verdade, não. — respondeu. — O Bobby precisa que você dê algumas informações para ele... sobre seu irmão.

Balancei a cabeça afirmativamente.

— Isso é só entre nós três, né?! — falei. — Quer dizer, só nos três vamos trabalhar nisso...

Sam fez uma cara de interrogação.

— Sim... — deu de ombros. — Por que está tão preocupada com isso?

— Sei lá, eu não sei... — falhei ao tentar encontrar uma resposta. — Só... só não quero que ninguém atrapalhe...

Sam se sentou ao meu lado.

— Não quer que o Dean atrapalhe?

Demorei um pouco para responder.

— É... — passei a mão nos meus cabelos. — Você sabe como ele é...

— É... eu sei.

Antes de sair do meu quarto, Sam me deu breve e apressado beijo e verificou se havia alguém no corredor. Já que não podemos ser pego tão próximos...

Eu fui dormir com um sorriso bobo no rosto e com o cheiro do Sam impregnado nos lençóis, no meu corpo...

........

Acordei mais cedo do que achei que iria. Provavelmente ninguém levantou ainda. Aproveitei para tomar um banho rápido e fazer café.

— Já está acordada?! — Bobby apareceu se espreguiçando.

— E o café já está pronto. — apontei para a garrafa. — Vai querer?

— Depois de um tempo isso passa a ser uma necessidade... — referindo-se ao café.

Ele pegou uma caneca de café e se sentou ao meu lado.

— Precisamos conversar sobre o seu irmão. — ele disse. — Tem certeza de que quer fazer isso?

— É o meu irmão, Bobby. — respondo. — Minha família. Eu vou até o inferno para descobrir qualquer mínima coisa...

Ele confirma com a cabeça.

— Tudo bem... — falou. — Estou tentando dizer que, é preciso ter culhão para isso, caçadora. É um caminho sem volta.

— Está dizendo que eu deveria deixar para lá?! — exclamo. — Pois então me diga como eu posso deixar isso pra lá, Bobby!

Ele bate sua caneca contra a mesa, derrubando algumas gotas de café.

— Mas que droga, S/n! Da pra parar de se comportar como uma garotinha?! — ele exclama. — Você acreditou na palavra da droga de um monstro, caramba! Estamos andando no escuro! Seu irmão pode simplesmente estar morto. Então, para de agir como uma idiota e alimentar esperanças de algo completamente incerto.

Naquele momento, senti meus olhos encherem de lágrimas. Mas fui forte o suficiente para não deixar que elas caíssem.

— Você tem razão, Bobby. — falei finalmente, engolindo o choro.

— Sim, eu tenho. — ele me deu um olhar acolhedor e compreensível, acima de tudo.

Eu reconheço que o seu jeito de lidar com as coisa é um pouco rígido demais. Mas não o culpo, ele precisa ser assim. Ele precisa ser forte.