|9|

92 15 11
                                    

Horas antes

Tyler Coleman

A reunião foi um cansativa mas produtiva.
Me encontro na minha sala quando recebo uma ligação.

—Coleman. - digo sem ver quem era.

—Boa tarde senhor Coleman, aqui é do hospital Health Clinic , o doutor Charles que está encarregado do caso de sua mãe requer sua presença no hospital o quanto antes.

—Estarei aí em dez minutos. - desligo a ligação e passo pelo corredor em direção ao elevador pedindo para que minha secretária desmarque todos os meus compromissos de hoje.

—Mas senhor, o dono das empresas Lerix está a um tempo tentando falar com o senhor e... - ela começa.

—Só faça o que eu mandei. - a porta do elevador fecha.

Chego ao carro e peço o motorista para chegar ao hospital o quando antes, o que ele faz com destreza.
No caminho fico pensando no que pode ter acontecido com minha mãe para o doutor ter me chamado.

Sem tempo de pensar coisas ruim , paramos na porta do hospital, já me direciono pro quarto particular da minha mãe.
Meu avô é dono do hospital, por isso entro sem problema algum.

Antes de entrar no quarto já avisto o doutor Charles e o cumprimento.

—Estava te aguardando senhor Coleman. - diz simpático.

—Vim o mais rápido que pude. - respondo com sinceridade. —Mas afinal, o que o senhor deseja falar comigo? - vou direto ao ponto.

—Bem.. - ele coça a cabeça parece que procurando palavras. — Vamos até meu escritório.

Nos direcionamos ao seu escritório que conheço muito bem, desde que descobrimos o câncer da minha mãe viemos diretamente ao doutor Charles, ele é o melhor médico do país todo.
Nos sentamos e eu aceno para que ele comece.

—Bom senhor Coleman, vou ser franco com o Senhor. - ele para um pouco e puxa o ar, o que me deixa fadigado por não dizer logo o que é. — Como tinha dito ao senhor, tentamos a nova químio para o tratamento da sua mãe, mas como o câncer dela já está em um estágio muito avançado, o medicamento não foi o suficiente e infelizmente lhe resta pouco tempo antes que... o pior aconteça.

Aquilo sai como um tiro que passa diretamente sobre mim, minha mãe sempre cuidou de mim, ela é a única família mais próxima que tenho depois que o homem que um dia chamei de pai nos abandonou. Os meus avós - pais da minha mãe - até vem nos ver de vez em quando, mas como moram em outra cidade é bem cansativo pra eles virem até aqui. Então sempre foi eu e a mamãe, e agora com essa notícia e sem ela, não vai me restar mais nada de importante.

—Posso vê-lá? - não adiantaria fazer pergunta alguma pra ele, confio muito no seu potencial como médico e sei que se ele chegou nessa conclusão é porque não há nada mais a se fazer.

—Claro, pode ir.

Vou de encontro ao quarto ver minha mãe.
Quando entro a vejo deitada na cama, pálida, ligada ao monitor cardíaco e ao soro, quando me vê da um sorriso.

—Oi meu querido, vem aqui dar um beijo na sua mãe.

Eu obedeço de prontidão.

—Ele te contou não foi? - não foi preciso dizer nada, mamãe me conhece melhor que ninguém e minha cara condenou minha infelicidade que logo se transformou em raiva por saber que o médico deu uma notícia dessa pra ela , estando nesse estado, o que logo ela percebe. — Não fique com raiva dele, é o meu corpo e minha saúde, tenho o direito de saber.

O intercâmbio { em andamento }Onde histórias criam vida. Descubra agora