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Lunna

Acordo sentindo um cheiro nada familiar mas muito bom, e esse travesseiro quentinho que até se mexe pra cima e pra baixo e... espera, travesseiros não se mexem, então o que é isso embaixo de mim?

Levando a cabeça com certa pressa e vejo ele... fecho os olhos tentando lembrar algo de ontem, mas não lembro de nada depois da primeira dose que tomei.

Ainda tentando achar um resquício de memória que seja sobre a última noite, sinto algo molhado no meu bumbum, tiro a coberta e vou um pouco pro lado e vejo uma manchinha de sangue. Que merda! Perdi a virgindade com um cara gostoso e... não! e que conheci a dois dias atrás e nem lembro de como foi!

Que irresponsável de mim, não, que irresponsável dele que visivelmente viu que eu estava bêbada e se aproveitou de mim!

—Seu cretino! - xingo alto demais e ele levanta assustado. —Você... a gente, a culpa é sua!

—Que porra você tá falando? - faz cara de desentendido.

—Você se aproveitou que eu não estava raciocinando direito e... -aponto pra cama — e... - aponto pra mim e pra ele.

—Espera só um pouquinho, você acha que a gente transou? - diz ofendido.

E não transamos? Quero dizer...
Eu me lembraria se tivesse acontecido, certo?

—Então se a gente não transou , o que significa...-paro um pouco e me lembro de algo. - pera, que dia é hoje?

Ele da um riso sarcástico.

—Sério que depois de me acusar de ter abusado de você, você simplesmente vai mudar de assunto perguntando o dia de hoje? - diz incrédulo.

—Só responde!

—26... hoje é a porra do dia 26 Lunna!

Dia 26 , é isso!
O sangue é menstruação .
Graças a Deus ! Nunca estive tão feliz por minha menstruação descer na data certa.

Que alívio.

—Acha mesmo que eu teria coragem de abusar de você? - ele pergunta e sinto uma pontada de sofrimento na sua voz, agora eu que vou me sentir mal por ter feito ele se sentir mal. —Francamente...

—Não é isso, é só que - eu sou virgem e não queria ter tido minha primeira vez e nem ao menos me lembrar dela .

Isso foi o que eu quis quiser, mas não o fiz.

—Eu acordei, vi você e... espera, o que você tá fazendo no meu quarto afinal?

—Tive que ficar ontem depois que você quase implorou por isso.

Eu implorar? Eu não faria isso nem bêbada, mas ele não tá com cara de quem tá mentindo então... merda! Eu quase implorei mesmo.

—Tá, mas tenta me entender ok? Não é todo dia que a gente acorda com alguém do lado e sangue no...

—Sangue? Do que você tá falando ? - falei demais!

Olho pro lençol e ele acompanha meu olhar, rapidamente pego o lençol tentando escondendo a mancha de sangue que eu tenho certeza que ele viu.

—Lunna, você.... -ele começa e eu já sei onde isso acaba.

—Esquece ok? - peço sabendo que é algo impossível de acontecer. —Eu sinto muito por te acusar de algo assim, sei que nunca seria capaz de fazer algo desse tipo comigo, me perdoa. - não consigo o encarar pela vergonha que estou sentindo agora. —Só fiquei assustada.

Sinto seu corpo de aproximando do meu e seu polegar levantado meu queixo, me fazendo encara-lo.

—Eu juro pra você que nunca te machucaria. -diz e não desvio uma só vez daqueles lindos olhos verdes.

—Eu confio em você. - única coisa que consigo dizer.

Depois de não sei quantos minutos, e dele intercalando o olhar entre minha boca e meus olhos, por um momento achei que ele ia me beijar mas não, ele se afasta até a porta, a abre mas antes de sair e fechá-la, diz .

—E eu te prometo que quando transar com você nem o maior porre da sua vida vai te fazer esquecer que eu estive dentro de você.

E assim simplesmente ele sai, me deixando de boca aberta e com a calcinha molhada de algo além do sangue da menstruação.

Que merda esse homem tá fazendo comigo?

Que merda esse homem tá fazendo comigo?

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