Capítulo 12

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— O que acharam? — Max perguntou quando voltou à cozinha, e eu conseguia ouvir tudo da sala.

— Eu nunca vi um mapa antes.— Anastacia externalizou focada no que está a sua frente.

— É só um mapa comum e mais cartas dizendo sobre esse poder num tronco de árvore antigo da região norte.

— E onde está esse tronco?

— Ok, ninguém vai se questionar que droga de encanto é esse, do nada pessoas com poderes aparecem e aceitamos assim?— Anastacia falou se levantando rapidamente.

— Temos que aceitar uma hora ou outra, quanto antes melhor.— Max respondeu aflito passando a mão várias vezes por seu cabelo.

— Onde está esse tronco?

— No... reino Orkida.

– Já sabe o que devemos fazer, né Clark?

— Sim.— Sua voz pareceu tremer.

Ao amanhecer, Max achava que teria sido o primeiro a acordar até passar por mim, sentada no sofá o fitando por onde vai. Max abriu a porta, emperrada, e passou por ela para conhecer a área que estávamos localizados.

— Vai nos entregar de novo? — perguntei, de dentro da casa. E, logo após isso, Max voltou um passo atrás, e permaneceu em silêncio por um tempo.

— Só se me der motivos.

– O que você quer dizer com isso?

— Quis dizer o que disse, não me arrume mais problemas.

— Problemas? você é o único fardo que devemos proteger aqui.

— Diga isso pra sua perna inchada.

— Agradeça à ela por estar vivo.

— Você não é acostumada a matar, então por que me ameaça tanto?

— Não sabe nada sobre mim.

— O suficiente.

— Babaca.

Max foi para fora e explorou a área ao seu redor. Quando voltou para a cabana, avisou à todos sobre o único caminho que tem como sairmos daqui. Nós arrumamos suas poucas coisas e fomos para o lado de fora, recebi ajuda de Dante, dando seu ombro como apoio.

— Pra onde vamos?— disse, pensativa.

— Você vai ver, lá vamos curar sua perna. — Max me respondeu de costas.

Nos vimos obrigados a fazermos um novo barco, simples, mas útil. Demoramos mais umas horas para chegar até um porto na parte traseira da terra. Max se colocou à nossa frente e pediu que ninguém chamasse atenção. Fomos andando pelas tábuas até começarmos a ver um enorme muro de pedra em volta de um castelo grandioso, havia bandeiras por todo o lado, com o desenho de duas espada cruzadas e uma flor no meio.

O movimento era pouco nessa vila, não tinha muitos habitantes, já que era o menor reino. Fomos até o enorme portão e, no caminho, me questionou onde estávamos enquanto olhava para minha amiga, admirando tudo e sorrindo fazendo uma volta completa no mesmo eixo.
— Onde estamos? — coloquei para fora meu pensamento.

– Hmm...Reino Orkida?

— O quê? Quer que sejamos mortos! Sabe de onde viemos? Vão nos matar!

— Não deixarei!

— E por acaso você é um tipo de rei para decidir isso?

— Eu posso ser muitas coisas que não imagina". Exclamou tocando a ponta do meu nariz com o dedo indicador, demonstrando a pouca diferença de altura entre nós.

— O que viemos fazer aqui? — Dante interrompeu o mais rápido possível, e me viu empurrar o braço de Max,

Fomos recebidos com os portões abertos por 2 servos de cada lado fazendo uma leve reverência à Max, o que confundiu a todos nós. Continuamos seguindo Max por um caminho de pedras, entre o jardim, que só tinha flores amarelas. Entramos pela porta principal e me questionava como ainda estava viva e dentro do castelo sendo a escória social de lá. De repente, ele parou e olhou para trás, para mim, que recebia ajuda de Dante para andar.

– Alí podem cuidar de você, aproveite e tome o quarto para você. — O menino avançou alguns passos e passou sua mão por minhas costas, me levantando no colo, sem relutância dessa vez, nenhum olhar foi trocado.

— Eu podia fazer isso. —Dante levantou o rosto e seguiu para o meu novo quarto. Max me deixou na cama e com o sentimento de indesejado, se retirou do quarto sem olhar pra trás.

— Qual é a desse cara, Olivia?

— Ah, ele é insuportável, até do meu pai ele debochou.

— E agora, de repente, nos traz para um castelo, será que ele vai entregar a gente para o rei? Você despertou um poder. Não sei se posso chamar assim. Eles devem querer isso.

— Eu não confio nele, mas acho que ele só deve ser mais um nobre. — passei a mão pelo cabelo.

— Sabe, não precisamos falar dele, eu cheguei há uns dias e nem conversamos. — se aproximou de mim.

— Eu não to no clima, Dante. — fechei meus olhos.

— Eu só...

— Não. — O silêncio foi implantado, quando duas mulheres um pouco grosseiras chegaram para cuidar dos meus ferimento, colocaram suas delicadas mãos sobre o ferimento e fizeram seus colares brilharem, enquanto Dante parece estar afogado na própria armagura.

— Por que brilharam? — perguntei curiosa.

— Nossos colares são feitos especialmente para usarmos encantamentos, e o nosso é a cura.— Eu não fugi da reação confusa que acabei de ter.

Depois de curada, todos fomos até a despensa fazer uma refeição. E logo depois fomos convocados a sala principal para ver o rei.

— Olha se não é o nosso querido príncipe fugitivo! —O rei disse levantando o queixo com prepotência, soltando um riso, levantando a taça de vinho, que agora sujava sua barba branca.

— PRÍNCIPE? — Olivia grita, Anastacia sorriu, e Clark se colocou junto aos outros servos.

— Não fugi, meu pai. Estive fora. — Max falou com a cabeça baixa.

— Não precisa se explicar quanto a isso, me diga por que trouxe uma escandalosa, um magrelo e uma mulher da tribo Zyal.

— Companheiros, que não sabem o caminho para casa, pensei em deixá-los hospedados por um tempo. O senhor permite? — seu tom de voz era mais sério agora.

—Vão ! Vão! Daqui a pouco teremos convidados aqui para uma festa. Pois meu filho voltou para casa!

— Certo, agradeço, senhor. — virou as costas, ainda com uma postura caída.

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