Payton moormeier
- Tudo está maravilhoso, Mia, mas eu preciso ir embora - Sinalizei com dificuldade, já que eu estava tentando me lembrar dos sinais corretos.
- Ok, eu te levo até a porta.
Nos levantamos, e fomos até a saída, onde eu me despedi da gatinha. Mia se encostou no batente da porta, e sorriu para mim, colocando as mãos no bolso de sua calça, por causa do frio que estava fazendo aqui fora. Setembro estava aí, e o outono também.
- Então... você vai começar a realmente trabalhar daqui há uns dias? - Ela balançou a cabeça positivamente, com um leve sorriso no rosto - Vai ter pouco tempo, não é?
- Infelizmente sim... dependendo do dia, talvez eu fique até mais tarde no parque, tentando arrumar algum dinheiro - Suspiro triste - As pessoas não valorizam muito meu trabalho...
- São uns idiotas, e com certeza mudariam de opinião se pudessem ver algum de seus quadros - A cabeça da morena abaixou, e eu pude ver um sorrisinho tímido crescer em seus lábios
— Você é tão fofo comigo, que às vezes me deixa sem graça — brincou com seus dedos, enquanto eu me aproximei.
vamos Payton, você consegue! tome atitude, e se ela não retribuir, corra para sua casa, pegue suas roupas e seu cachorro, e se mude para a tailândia, não é tão difícil.
por mais que eu estivesse tentando passar uma pose confiante, meu coração batia forte no peito, e por mais que ela não pudesse escutar, minha respiração era ofegante por conta do nervosismo. quando cheguei perto de seu corpo coberto pelo moletom e pela calça, seu olhar doce como chocolate encontrou o meu, com um brilho diferente em suas íris. as pupilas estavam dilatadas, e a boca entreaberta, respirando pesado disfarçadamente.
Levei meu dedo indicador para seu queixo, trazendo seu rosto até o meu, fechando meus olhos e deixando meu corpo relaxar completamente. Não havia recuado e por mais que meus olhos estivessem fechados, eu conseguia sentir que ela estava da mesma forma que eu, esperando a minha atitude. Conseguia sentir sua respiração na minha boca, então com apenas mais um centímetro, colei nossos lábios, ainda com meu dedo sobre seu queixo.
Um selinho longo de início, mas logo aprofundamos aquele beijo, não o deixando selvagem ou coisa do tipo. Apenas deixamos tudo o que estávamos sentindo fosse demonstrado.
Seus braços rodearam o meu pescoço, enquanto minhas mãos foram cuidadosamente até sua cintura, onde eu apertei levemente, sentindo seu corpo ficar mais alto, denunciando que ela havia ficado na ponta de seus pés, dobrando levemente o tênis que usava. Foi de longe o beijo mais doce, sentimental e genuíno que já dei na vida, superando até mesmo Selena.
Nossos narizes se esbarravam de vez em quando, e nossas línguas dançavam em sintonia, enquanto eu a abraçava ainda mais, deixando nossos corpos praticamente unidos em um só. Queria que aquele momento nunca acabasse, e que pudéssemos ficar ali, trocando beijos e gestos carinhosos um com o outro, porém, o ar começou a faltar em meus pulmões. Mesmo que não fôssemos namorados, nem ao menos ficantes, meu coração pulava no peito constantemente, e eu estava tenso em soltá-la para ela conseguir voltar para sua casa. Eu simplesmente precisava continuar ali. Com ela.
Nossos lábios se separaram lentamente, e ainda com os olhos fechados, demos três últimos selinhos. Os olhos da garota se abriram, e eu pude ver aquelas íris negras me observando, como seu estivesse com receio de algo, mas ao mesmo tempo um sorriso ia crescendo em seu rosto. Apoiei meu queixo em sua cabeça, sentindo seus braços se colocarem em volta da minha cintura, apertando-os fortemente, como se tivesse certeza que eu não iria fugir dali.
Ficamos assim por um tempo, sem coragem para separar nossos corpos, mas quando fizemos, eu olhei para ela, e sinalizei meio bobo:
— Te vejo quando?
— Pode ser sábado que vem? Podemos... ir tomar sorvete, o que acha? — Sorri para ela, e assenti.
— Acho uma ótima idéia — Fui me afastando de sua porta de entrada, tomando cuidado com as escadas que davam para o quintal — Até mais, Mia.
— Até mais, Payton.
Fui para meu carro, dando um último aceno de mãos para a garota, que entrou em casa com seus braços em volta do próprio corpo por conta do frio que fazia aqui fora. Girei a chave, e cantei pneu para casa, sentindo ainda aquela felicidade me contaminar. Eu finalmente havia beijado Mia.
Contínua...
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𝙞 𝙘𝙖𝙣 𝙝𝙚𝙖𝙧 𝙮𝙤𝙪𝙧 𝙝𝙚𝙖𝙧𝙩 - 𝙋𝙖𝙮𝙩𝙤𝙣 𝙈𝙤𝙤𝙧𝙢𝙚𝙞𝙚𝙧 Pausada
Fanfiction+12| Mia Hall é uma menina surda e muda, que nunca pôde experimentar a sensação de ter uma pessoa fiel, que a amasse ao seu lado. Um dia no parque, ela acaba encontrando um belo garoto de olhos hazel, que estará disposto a ama-la fielmente, e fazê-l...