Payton Moormeier
Ainda no parque, estávamos vendo o sol se pôr, enquanto Mia estava com a cabeça apoiada em meu ombro apreciando a visão. Nossas mãos estavam entrelaçadas, e eu acariciava sua pele com meu polegar.
Estava escurecendo, e quando a paisagem havia se acabado, e dado lugar a lua ilumando todo o parque. A garota tirou sua cabeça de meu ombro, e levei meu dedo indicador até seu queixo, trazendo sua visão para mim. Ela tinha um pequeno sorriso em seu rosto, e eu retribuí, deixando um beijo carinhoso em sua testa. Chegamos todos a conclusão que sou rendido com todas as letras por ela.
— O que acha de irmos num parque? — Ela me olhou com um pequeno sorriso de lado, e assentiu.
— Faz tanto tempo que não vou em um — Eu acariciei sua bochecha, e ela fechou os olhos.
— Então você irá relembrar como é no final de semana — Mia sorriu de orelha a orelha, e deixou um beijo delicado em meus lábios.
— Combinado — Mexeu em meus cabelos, e ela se levantou — Bom, acho melhor nós irmos pra casa. Já está muito escuro.
— É, realmente — Também me levantei, pegando a maleta que estava na grama.
Com a mão livre, entrelaçei nossos dedos e caminhamos até a saída do parque, enquanto os postes de luz se acendiam. De canto de olho, vi Dock entrar em sua casa, com uma única rosa entre seus dedos. Fiquei feliz por ele, já que sua venda tinha ido muito bem. Será que ele gostaria de conhecer Mia qualquer dia? Minha mãe estava em Carolina do Norte, acho que não seria lá uma ótima idéia levá-la para outro lugar agora. Oh céus! Nem sei se temos algo sério e já estou pensando em ela conhecer a sogra. Deste jeito irei assustar a garota.
Seguimos caminho, até que ouvi um barulho na moita, o que me fez ficar alerta, e parar de caminhar, consequentemente puxar a cacheada para trás junto comigo. Ela me olhou confusa, mas logo entendeu quando um homem saiu de dentro do escuro, com uma arma em sua mão. Ele usava uma máscara preta, cobrindo sua face, deixando apenas seus olhos minimamente para fora. Senti sua mão estremecer, e a coloquei atrás do meu corpo, como um ato de proteção.
— Passa a maleta e a mochila — Se pronunciou, e eu suspirei.
— Cara, este é o material de trabalho da minha namorada. Por favor, deixa eu apenas te passar alguma coisa minha — Ofereci, já retirando meu relógio do pulso.
— Estou pouco me fodendo 'pra sua namorada, só me passa a porra da maleta e da mochila! — Quase gritou, e firmou mais a arma e suas mãos.
— Por favor... — Disse em voz baixa.
Se ele estivesse desarmado, seria mais fácil, pois eu conseguiria fazer alguma coisa, mas agora? Dava para ver que não era uma réplica, por mínimos detalhes nas laterais e coisas do tipo. Olhei para Mia, que tinha uma feição de medo, sabendo o que aquele homem queria. Devagar, ela retirou a mochila de seus ombros e me entregou. Com muita dificuldade, eu peguei na alça da bolsa e me virei novamente, vendo que o assaltante ainda estava com os dedos pressionados na arma.
— Aqui só tem material de pintura. Nada mais. Você não vai conseguir vender estas coisas, estão bem velhas — Adverti, antes de entregar a maleta e a bolsa para o homem, que as pegou bruscamente.
Ele abriu a mochila, e olhou para as coisas que haviam ali dentro, e eu aproveitei a situação para apertar a mão de Mia que tremia de medo. Um grunhido saiu de seus lábios, e ele bruscamente jogou a mochila e maleta no chão, com uma força questionável. O homem pisou bruscamente no material de trabalho da garota, que ainda permanecia atrás de mim, porém podendo ver toda a cena. Os barulhos das coisas se quebrando era inegável, e eu podia sentir que Mia chorava.
— Eu só não te dou um tiro porque tenho mais o que fazer — Disse bruscamente, e eu cerrei meu punho.
Ele sumiu na escuridão, e então Mia saiu de trás de mim, vendo todo o estrago que aquele assaltante havia feito. A garota dobrou seus joelhos, ficando na altura dos materiais completamente destruídos dentro da bolsa, enquanto pegava alguma parte solta e quebrada do cavalete, com suas mãos trêmulas. Seu corpo balançava levemente, indicando seu choro, então me ajoelhei ao seu lado, abraçando-a fortemente.
Os tubos de tinta estavam completamente estourados e havia tinta de todas as cores jogadas pelo chão, sem falar de sua paleta completamente quebrada em dois pedaços. Ela afundou a cabeça em meu peito, chorando copiosamente, enquanto eu acariciava seus cabelos. Vê-la assim quebrava meu coração, e parecia que ele estava ali, junto com os objetos destruídos.
Mais um capítulo pra vcs, dessa vez mais cedo do que eu normalmente posto :)
Como foi o final de semana de vcs?
Queria tanto o Payton no vmas, seria tudo
Até o próximo capítulo <3
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𝙞 𝙘𝙖𝙣 𝙝𝙚𝙖𝙧 𝙮𝙤𝙪𝙧 𝙝𝙚𝙖𝙧𝙩 - 𝙋𝙖𝙮𝙩𝙤𝙣 𝙈𝙤𝙤𝙧𝙢𝙚𝙞𝙚𝙧 Pausada
Fanfiction+12| Mia Hall é uma menina surda e muda, que nunca pôde experimentar a sensação de ter uma pessoa fiel, que a amasse ao seu lado. Um dia no parque, ela acaba encontrando um belo garoto de olhos hazel, que estará disposto a ama-la fielmente, e fazê-l...