brook - esqueleto de afro.

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Eu não estava nos meus melhores dias, certamente

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Eu não estava nos meus melhores dias, certamente. Tudo estava indo por água a baixo e eu só queria me jogar na minha cama e dormir, mas nem sono tinha. Minha cabeça não me deixava em paz, sempre colocando lenha na fogueira.

Me sentei no chão do meu quarto, enquanto fitava o teto branco. Nada se ouvia, mas o barulho que estava na minha mente era maior, exceto pela linda melodia que suponho ser de uma harpa, tocava, me lembrei imediatamente de minha mãe.

Ela costumava tocar no pequeno comércio que tínhamos, ele era conhecido por isso, suas belas canções impressionavam e chamavam atenção. Eu amava ouvi-las antes de dormir, mesmo quando ela parava, eu conseguia ouví-la, na mente.

Sentindo uma enorme necessidade de ouvir novamente, saí do meu depressivo quarto e corri até o comércio.

Fechado.

Era o que estava escrito na frente e de certa forma, aquilo foi um choque. Como se me trouxesse novamente para minha realidade triste.

Minha mão foi ao peito, eu me sentia mal e a cabeça girar.

Quase ia caindo, até que um garotinho que estava passando, me perguntou se estava bem.

Eu tinha que ser forte.

Eu tinha que aguentar.

Abanei a cabeça, como se afastando todo o pensamento ruim que ali estava.

Sorri para o menino e respondi:

- Tudo bem sim, obrigada!

O garoto sorriu de volta e continuou andando.

Me virei para o pequeno e simples estabelecimento, peguei na maçaneta e girei. Não estava trancada.

Quando entrei, uma onda nostálgica me invadiu.

As prateleiras, que minha mãe sempre limpava com o maior cuidado, agora estavam sujas.

Entrei e fechei a porta.

Estava escuro, então abri as janelas e deixei o sol da manhã entrar.

Entrei em uma sala que ficava atrás e era onde estava tudo guardado, inclusive a linda harpa cheia de flores.

Peguei um banquinho e coloquei perto da harpa, me sentei e passei minha mão delicadamente por ela. Fechei meus olhos e respirei fundo antes de minhas mãos começarem a andar pelas cordas.

Uma melodia começou a se formar e as lembranças de minha mãe viam mais fortes.

Eu tocava e me sentia cada vez mais necessitada dos seus carinhos.

Enquanto eu tocava mais e mais, ouvi um barulho.

Não me importei e continuei tocando.

Uma pessoa estava me olhando, escondido na porta, deixando apenas um grande afro a mostra.

Parei de tocar e me levantei, assustada.

- Oh, não precisa parar de tocar... Yohohoho - O homem disse, logo dando uma risada bizarra, me deixando mais assustada ainda.

- E quem é você? Se veio assaltar, não tem mais nada aqui. - Falei, tentando esconder o medo que estava sentindo.

- Ah, perdão bela moça. - Ele saiu de detrás da porta e se curvou.

Mas... Pera.

ELE É UM ESQUELETO?

Meus olhos se arregalaram e senti meu coração dar batidas tão fortes que doía o peito.

- S-se afasta de mim, eu tô falando sério! - Falei.

- Me chamo Brook. - Se levantou. - Não precisa ter medo de mim! Não farei mal algum a você.

Seu olhar foi até a harpa.

- Yohohoho... - Riu baixo. - Você sabe tocar?

- S-sei.

Respirei tranquilo.

- V-você também sabe? - Perguntei.

- Oh, sei tocar todos os instrumentos do mundo inteiro! - Sorriu com seu rosto esquelético.

Sorri também.

Ele se aproximou e se sentou no banquinho, que agora a pouco eu estava sentada.

O mesmo era muito alto, o que deixou suas pernas um pouco desconfortáveis.

Seus dedos, que eram apenas ossos, começaram a tocar e ele realmente sabia tocar, e tocava muito bem.

A melodia deixou o ambiente mais leve, me sentei no chão, perto do esqueleto com afro.

Aproveitei o som ao máximo, meus ouvidos gostavam do que ouvia e eu já não sentia medo.

Meus olhos começaram a pesar e eu os fechei.

- oh, nem sequer sei seu nome! - Ouvi o esquele... Brook falar.

Me despertei devagar, sussurrando logo depois:

- Sn... Meu nome é Sn.

- O nome tão lindo quanto a dona! - Riu. - Oh... S/n-san, meu coração estaria pulando de alegria, se eu ao menos o tivesse.

E sua risada (estranha) mas que já não era mais, pelo menos pra mim, ecoou pela sala.

Ri junto.

Mas logo minha face triste voltou e Brook percebeu.

- Vejo uma tristeza em seu olhar... - analisou, comentando com cuidado.

Acabei desabafando tudo o que havia acontecido comigo.

Brook me deu um apoio imenso e eu passei a amar sua companhia.

Assim como eu, Brook também me contou sua história e o porquê dele ser um esqueleto agora.

Mas depois... Eu descobri que ele era pirata e que havia de ter que partir.

Fiquei chateada.

Como ele não me contou?

Mas logo a necessidade de conversar com ele diminuiu meu orgulho, fazendo com que voltaássemos a ser amigos antes dele ir em bora.

Ainda posso escutá-lo rindo e perguntando:

"Posso ver sua calcinha?"

Eu ficava chateada e brigava com ele. Mas hoje, até disso eu sinto saudade.

Pedido da umauchihaa_ 💖

Espero, de verdade, que você tenha gostado!

Demorei pra caramba e talvez eu não tenha feito bem como você pediu, mas fiz meu máximo!💖

Continuem fazendo pedidos!!!💖

➵ imagines ─ ⚘ ─ One piece.Onde histórias criam vida. Descubra agora