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- Ora S/n, por que anda tão estressada? - Marco me perguntou e eu apenas queria chorar.
Estar na TPM não é nada bom e me deixa de uma forma que NÃO gosto.
- Não é nada. NADA. - Falei, cerrando as sombrancelhas.
O homem me olhou sem entender e logo levantou suas mãos como sinal de rendição, se afastando de mim devagar.
Bufei.
Depois de umas horas fora do navio, apenas deitada na grama, decidi entrar novamente no Moby Dick, me direcionando rapidamente a cozinha.
Deitei minha cabeça na mesa, meu rosto tocando na madeira fria me deixou com uma sensação boa e reconfortante.
Fechei meus olhos e enfim senti meu coração acelerado se acalmar e apenas se concentrar em minha respiração controlada.
Até que ouvi a porta ser aberta devagar, o que fez um barulho não muito grande, mas pude ouvi-lo com clareza.
Logo em seguida ouvi um palavrão ser solto, mas baixo.
Abri meus olhos, porém continuei na mesma posição em que estava, apenas ouvindo os passos silenciosos (que não eram tão silenciosos assim).
A porta da geladeira abriu-se e vi uma luz saindo da mesma, onde eu podia ver que claramente era Ace.
Eu conheço esse belíssimo peitoral de longe.
Ele sorria grande ao ver a quantidade de comida que tinha.
Enquanto o mesmo preparava um lanche, me levantei bem silenciosamente e pus minhas mãos em seu rosto, tapando seus olhos.
- É pra adivinhar? - Perguntou.
- Huhum. - Falei, forçando um pouco a voz para que ficasse grave.
- S/n. - Respondeu com total certeza, o que me incomodou um pouco.
Arregalei meus olhos e tentei fingir ao máximo que não era eu.
- Hmm, não. - Menti.
Ele sorriu.
- É claro que é. - Falou novamente com uma certeza assustadora.
- Olha... Eu desisto, ok? Desisto. Não sei o que você fez para descobrir que realmente era eu. Na minha cabeça eu estava fingindo muito bem!
Tirei minhas mãos de seu rosto e me sentei a sua frente, na mesa.
- O que você tá fazendo aqui essa hora? - Perguntei, já sabendo o que era óbvio. Foi comer.
Ele apenas levantou seu prato e me mostrou.
- Você parece um buraco sem fundo. - Bufei.
- Parece que temos outro segredinho aqui em. O que a senhorita está fazendo aqui? Se você não contar, eu não conto também. Juro! - o mesmo cerrou as sombrancelhas e sorriu.
- Ué! Eu apenas estava por aqui, ok? Nada de errado.
- Ah tá, sei. - continuou sorrindo, enquanto tomava sua sopa.
- Você não dorme não? - Perguntou-me.
- Claro que durmo. - Dei os ombros.
- Dá de perceber pelas olheiras. - Riu, o que me deixou um pouco chateada.
- Olha, você não tem nada a ver com isso então não se mete.
- Você é chata. - Disse, revirando os olhos.
Apenas aquelas poucas palavras foram o suficiente para me machucar e fazer meus olhos encherem de água.
Ace arregalou os olhos e eu abaixei minha cabeça, a escondendo e enxugando as lágrimas o mais rápido possível.
- V-você tá chorando? Olha não foi minha intenção te machucar... - Começou a explicar-se, desesperado.
- N-não. Tá tudo bem! - levantei meu rosto.
Ace apenas continuou calado, terminando de tomar a sopa.
Quando lavou o prato e o guardou, antes de ir, veio até mim e sussurrou em meu ouvido:
- Chorona.
Me enfureci e um tapa desferi em suas costas nuas.
Mais um palavrão ouvi sair de sua boca.
- Você está tão agressiva... - fez uma cara de dor.
- Seu idiota! - Passei por ele de cabeça baixa, só querendo sair da cozinha, mas seu braço segurou no meu e me puxou de repente para trás.
- Ei, tem alguma coisa acontecendo? Nunca te vi tão sensível assim! - Perguntou, com um olhar preocupado.
Minha vontade era de chorar e me amaldiçoo por isso.
Meus olhos já estavam marejados, fiz de tudo para transparecer e respondi um simples:
- Não é nada.
- Ah qual é! Tem alguma coisa pegando sim... - Ele feu um meio sorriso e me puxou para um abraço.
Seu peito é quente, em meio a noite fria, encontrei o calor em seus braços.
Ele me abraçou forte e depois deu-me um beijo no topo de minha cabeça.
As lágrimas começaram a sair sem que eu pudesse impedi-las, quanto mais eu chorava, mais ele me apertava.
- Tá bom, já chega de grude! - Falei, com voz chorosa e enxugando meu rosto.
Ele virou os olhos, sorrindo.
- Agora vai, por que você está mal?
- Acho que é período... - Respondi.
- Período? - Um semblante confuso se formou.
- É. Período menstrual. - Virei-me de costas e procurei água.
- Ahhh tá, agora eu entendi. - Deu uma risada. - É por isso que você tá assim.
O olhei de cara feia.
- Ok ok, não tocarei mais nesse assunto.
- Vem aqui, baixinha.
E mais uma vez, meu rosto estava em seu peito confortável até demais.
- Amanhã quando eu sair cedo, voltarei com um chocolate especial pra você, tudo bem? - me soltou um pouquinho e abaixou sua cabeça para me olhar.
Um sorriso surgiu em meu rosto e agarrei seu pescoço.
- Obrigada! - Falei, animada. - Mas se você não o trouxer amanhã e apenas estiver me enganando, eu espero que você esteja preparado para o que eu farei. - o ameacei, deixando ele um pouco horrorizado.
- E eu lá sou de fazer isso?
- Não sei, mas se for, já tá avisado.
Saí da cozinha e entrei no meu quarto, com um sorriso enorme estampado no rosto.
Sei que o imagine não está tão bom, mas o foco era deixar algo bem fofo pra vocês!!! Essiene bem baseada em mim KKKKKKKKKKK amo vocês viu?? Tô meio ocupada com uma tonelada de atividades, dezembro chega logo😰
