capítulo cinco

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(Nota do autor: Gente, queria me desculpar pela demorar em postar esse capítulo. Infelizmente na última semana eu queimei minha mão com água fervendo, então estava difícil escrever no computador. Mas agora já estou melhorando e está tudo bem. Espero que aproveitem o capítulo :) Até!)


─ Não enche, Alícia. ─ Paulo bufou no banheiro. ─ Ainda falta muito tempo para o baile, não falta? É só no final do ano!

─ Sim, mas se você quer ganhar, ─ a menina defendia o seu ponto de vista. ─ Precisamos agir logo. Eu conheço o pessoal da nossa sala, eles não vão votar se não estivermos realmente namorando.

Alícia havia pensado bastante sobre o assunto, e também teve tempo para refletir sobre suas reais intenções. Até então ela estava somente brincando com esse lance de ser rainha do baile e Paulo ser o rei. Mas analisando seus sentimentos, pode parecer bobo, mas era algo que ela queria de verdade, não precisava de motivo maior que este, certo? Porém ela se questionava do tanto que queria aquela coroa ao ponto de se aliar com Paulo Guerra.

E Paulo não havia pensado muito nisso, mas se animou com a ideia de ser o rei do baile. Não que ele já não fosse o rei da Escola Mundial, o que ele era. Só iria oficializar com uma coroa, e ao contrário de Alícia, o menino não se importava em parecer superficial ou algo do tipo, se ele quisesse algo, ele iria atrás. Mesmo que isso significasse uma aliança com Alícia Gusman. E a menina estava se tornando um pouco chatinha com o assunto, chegando ao ponto de puxar o menino para o banheiro antes da aula começar.

─ Eu não vou namorar com você! ─ Disparou o garoto, mexendo nos fones de ouvido que descansavam em seu pescoço. ─ Não de verdade.

─ Como se eu quisesse namorar com você ─ ela revirou os olhos. ─ Mas temos que adiantar logo esse plano e fingir que estamos ao menos ficando.

─ E como você pretende fazer isso?

─ Não sei, talvez a gente possa fingir que nos beijamos ou espalhar isso pela escola...

─ Parece uma boa ideia ─ ele olhou pensativo. ─ Mas por enquanto vou tentar pensar em algo melhor.

O sino da aula bateu, assustando os adolescentes. Alícia recolheu sua mochila do chão do banheiro, e Paulo ajeitou a sua no ombro. O garoto estava prestes a empurrar a porta, quando a skatista agarrou seu pulso e falou:

─ É importante também que a gente não fique com mais ninguém... pelo menos não publicamente.

Ele assentiu com a cabeça e continuou seu caminho para fora do banheiro feminino. Os dois apertaram o passo quando perceberam que estavam sozinhos nos corredores da escola, todos já haviam entrado na sala. Eles estavam atrasados. Alícia odiava chegar atrasada em tudo, sempre tentava chegar no tempo certo. E agradeceu as intervenções divinas quando chegou perto da sala.

─ Uuuu! ─ Alícia ouviu Kokimoto falar alto. ─ Os dois estavam juntos, no banheiro.

O falso casal tentou ignorar os murmúrios e barulho vindo da sala enquanto se esgueiravam pela porta. Mas antes de conseguirem... uma mão agarrou suas mochilas e os puxou para trás.

─ Não tão rápido, ─ era Firmino. ─ Eu vi vocês dois saindo do banheiro das meninas, juntos.

─ Firmino, a gente não fez nada! ─ Paulo falou, implorando.

─ Por favor ─ a menina fez beiço, suplicando com os olhos. ─ Deixa passar dessa vez.

─ Vocês sabem que eu não posso. ─ O homem ajeitou sua boina na cabeça. ─ Tenho que levar vocês para a Helena.

faz de conta ➵ paulíciaOnde histórias criam vida. Descubra agora