O presente do acaso.

Vinte

Quando o Ben chegou com o Jasen eu já sabia que tinha algo diferente, porque o Ben estava sorridente demais. O Jasen foi na escola, então eles confirmaram que eles vão jogar juntos.

- mãe, sabia que o Jasen é meu papai? Ele voltou da lua e foi lá que ele aprendeu a jogar futebol tão bem, eu quero ir pra lua.

- uau - falei surpresa - isso é muito legal.

O Ben saiu correndo pra dentro de casa e o Jasen me entregou a mochila.

- Você contou - falei encarando ele - agora não tem mais volta.

- Contei - ele confirmou e se foi. Lidar com esse lado do Jasen é pesado, nao sei se é porque tem muita coisa acontecendo na minha vida, mas eu sinto demais toda vez que ele me trata como nada.

Essa noite eu resolvi que iria esquecer todos meus problemas, liguei pra Sofia e marcamos de ir pra boate. Eu preciso transar com alguém, beber até esquecer meu nome e acordar me sentindo péssima. Coloquei uma saia preta curta, um top perto, minha jaqueta de couro preta, enrolei as pontas do meu cabelo e passei um pouco de maquiagem. A Naya ficou com o Ben pra mim. Quando eu e Sofia chegamos na boate ela já estava lotada. Começamos a beber um atrás do outro e mto fomos dançar. Eu estava ficando vidrada com a luz azul e verde, estávamos rindo de tudo até um cara bem bonito chegar em mim, ele logo me beijou, o beijo foi bom, mas não fez nada em mim. Foi só um beijo. Merda. Beijos são apenas beijos. Eu não posso querer sentir tudo apenas com um beijo como era com ele, mas era tão bom quando só com um beijo e ele conseguia molhar minha calcinha, quando ele me fazia gozar usando só os dedos. Ah senhor. Preciso ir no banheiro. Me afastei do cara e avisei a Sofia que iria no banheiro. Me olhei no espelho e passei a mão na testa, minha pele tá queimando. Puta merda. Só de pensar nele eu fiquei excitada. Meu Deus. Eu sou patética. Meu celular começou a tocar na bolsa e poderia ser a Naya falando algo do Ben. Mas era o Jasen, ah que droga. Tudo que eu precisava agora era ouvir a voz dele né? Eu não atendi mas ele continuou insistindo. Atendi.

- Você não deveria tá me ligando!

- e porque não? Você é a mãe do meu filho. - ele falou e eu me tranquei em uma das cabines, o som abafado da música estava por todo banheiro.

- eu sei, mas é bem tarde e eu te odeio - falei fechando os olhos. - e a sua voz piora tudo

- Piora tudo o que, Evans? - ele perguntou baixo e gemi. Ah meu Deus, não fala Ayla. Não fala nada. - me fala! - ele ordenou

- minha vida sexual é uma merda - choraminguei - eu preciso tanto ter um orgasmo que dói, mas se eu fico excitada eu penso em você - falei descendo a mão pelo meu corpo e soltando outro gemido - Como você me tocava - e então me toco por cima da calcinha

- o que você tá fazendo?

- me tocando - falei baixo - você me faz lembrar do sexo incrível - soltei outro gemido - e eu odeio isso, eu odeio você. - outro gemido.

- onde você tá? - ele perguntou com a voz rouca

- No banheiro da Star - respondi jogando a cabeça pra trás

- quanto você bebeu?

- um pouco - eu ri

- Me diz o que você tá pensando, Evans!

- em você me tocando, suas mãos no meu corpo... na sua boca... será que você ainda beija tão bem? Ah meu Deus - gemi enquanto meu dedo brincava com meu clitóris devagar- quando você beijava cada parte do meu corpo e acabava me dando sempre a melhor chupada da minha vida - meu gemido foi mais alto e ele soltou um som que eu não soube identificar - eu odeio você, eu odeio tanto querer sentar em você toda vez que eu te vejo, mas tudo nessa merda tem memórias sexuais nossas, você destruiu todas as minhas lembranças com seu pau perfeito é sua boca milagrosa. - então senti minha vista escurecer e minha perna tremer - ah Deus - Gemi e aumentei os movimentos.

- goza pra mim, Evans - ele falou com a voz rouca. E eu quase caí no chão, parei de responder e me dediquei só a chegar lá, não conseguia controlar meus gemidos e então em poucos segundos cheguei ao orgasmo. Rosto queimando, ofegante é completamente envergonhada. Ouvi um barulho na porta e tentei acalmar a minha respiração. Ajeitei minha roupa e abri a porta da cabine devagar e meu coração acelerou ainda mais quando eu vi ele parado lá, me olhando com o celular ainda no ouvido. Os olhos dele estavam pegando fogo, então ele caminhou na minha direção e eu fui andando pra trás. Merda. O que eu fiz? Entrei na cabine mas ele entrou junto. Minhas costas encontraram a parede fria da cabine novamente e então ele colocou uma mão do lado da minha cabeça. Eu não sabia o que falar.

- Nunca mais faz isso - ele falou parecendo braço e então ele pegou minha mão que a poucos minutos atrás estavam me levando ao prazer e levou aos lábios dele, ele chupou exatamente os dois dedos que eu usei e meu tesao agora era dolorido de novo. Quando ele tirou meus dois dedos dos labios ele me encarou por longos segundos antes de me beijar. Ele me beijou como um esfomeado, e eu fiz o mesmo. Abracei o pescoço dele e ele me abraçou pela cintura forte. Meu Deus, isso é tão bom, é tão maravilhoso. Ele tem um gosto tão bom, e o cheiro.. ah meu Deus. Eu nunca mais vou conseguir esquecer esse homem, nunca vou achar alguém como ele. Ele enfiou uma das mãos no me cabelo e aprofundou o beijo. Eu tá to completamente derretida. Mas então ele parou, ele se afastou me olhando indiferente.

- Ainda é como antes pra você? - ele perguntou e eu não sabia o que responder. - Espero que não, por que pra mim não é. - ele segurou meu queixo - isso não vai se repetir.

- Foi você que me beijou - falei sentindo meu rosto corar

- mas você você que se masturbou no telefone comigo - ele sorriu fraco - você é uma caixinha de surpresa, Evans.

- por que me ligou? - perguntei confusa.

- Só pra avisar que vou levar o Ben pra um final de semana na praia. Pode vir se quiser - ele deu uma piscadinha e saiu da cabine e foi embora. Toda excitação se transformou em raiva, eu odeio ele. Odeio ele com todas as minhas forças.