Quando sai do Taxi na frente do hospital a chuva estava bem forte, o Ben está dormindo no meu colo. Quando eu dei o Nome do Jasen não me deixaram entrar, mas o ficante da Naya é médico aqui e me deixou entrar.
- quarto 78 - ele sussurrou - se alguém te pegar não diz meu nome - ele sorriu e foi embora.
Caminhei lentamente pelos corredores até parar na porta com o número "78" meu coração estava saindo pela boca. Mas eu bati, e então ouvi a voz dele.
- pode entrar!
Abri a porta e ele estava sentado em uma cadeira ao lado da cama, a cabeça baixa, a mesma roupa da entrevista. Tinha um curativo no joelho dele. Ele
Levantou a cabeça devagar e só então pude ver o rosto vermelho dele. Meu Deus, ninguém deveria ficar tão bonito depois de chorar. Ele me olhou confuso e então caiu os olhos pro Ben, na mesma hora ele olhou pra baixo. Estava bravo. Ótimo.- Vai embora daqui, Ayla - ele falou sem me olhar.
- Essa é a sua primeira e única chance de olhar pra ele e decidir se tem mesmo espaço na sua vida pra ele. Porque eu não vou nunca deixar você partir o coração dele.
- eu quero ver ele - ele falou ainda sem me olhar. Me aproximei dele e coloquei o Ben no colo dele, ele passou longo e eternos segundos analisando o Ben é então o abraçou e caiu em um choro que me fez Quase chorar junto. Nunca pensei que um dia passaria por isso, nada poderia parar esse momento. Bom, pelo menos eu chorei.
- Não chora, Jasen Colin. Você vai ganhar na próxima - o Ben falou ainda de olhos fechados. - Eu vou tá lá vendo de novo - o Colin me olhou confuso e eu também estava. Ben tá falando dormindo? - tô com medo de abrir os olhos e você sumir. Por favor, não seja só um sonho.
- Pode abrir os olhos, cara - Jasen falou baixo - eu não vou a lugar nenhum. - Ben abriu os olhos e logo abraçou o Jasen. Juro que precisei me controlar demais pra não chorar. Não posso demonstrar fraqueza, não posso admitir que isso mexe comigo.
- eu pedi pra Deus deixar eu conhecer você - O Ben falou animado - eu sou muito seu fã.
Jasen e Ben ficaram conversando, Ben ainda se enrola nos assuntos porque fica empolgado pra falar e acaba atropelando tudo, mas com toda paciência do mundo o Jasen conversa com ele. Jasen sorrir de tudo que ele fala e o Ben parece cada vez mais apaixonado. Ótimo. O sorriso do Jasen ainda existe, ele ainda existe. Um médico entrou na sala e ficou surpreso quando viu o Ben imitando uma comemoração de gol pro Jasen.
- Vejo que você tá melhor - o médico falou sorrindo.
- Ele ta bem - Ben falou animado
- que ótimo - O médico sorriu e me olhou por tempo demais.
- e então? - Jasen perguntou roubando a atenção do médico de novo.
- você pode ir pra casa - ele sorriu sem graça - Ia perguntar se você quer que eu chame um táxi mas acho que você tem carona.
- Ótimo, sobre os exames eu fico no aguardo - Jasen levantou e deu a mão pro Ben. Jasen não falou nada comigo quando se despediu do Ben no Táxi, Ben voltou a dormir assim que entramos no carro. Chegamos em casa tarde demais, e eu tenho que acordar cedo pra ir ver a casa que estou comprando. Eu não dormi e já tive que acordar, coloquei uma calça branca, uma blusa preta de blusa cumprida. O tempo mudou completamente e o calor de antes agora é frio. A casa ainda está com a reforma atrasada, é isso me tira do sério. Gastei todo meu dinheiro nela e na loja, e ainda tenho que aguardar a boa vontade pra me entregarem, como eu trabalho sem a minha loja? Merda. Merda.
- Ayla - Ouvi alguém me chamar quando estava chegando em casa. Era a Sofia, foi ela quem falou com o Jasen e então eu venho evitando dela. - espera, amiga. Fala comigo.
- Não tenho tempo agora - falei continuando andando.
- Me perdoa, Ayla. Saiu sem querer, eu estava bebada e merda, me desculpa. - eu parei e me virei pra ela
- Esse é o problema, você sempre tá bebada. Acorda pra vida, Sofia. A faculdade acabou e todo mundo sabe que sua vida não é tão perfeita como você grita pro mundo.
- Nao estamos falando de mim
- Nunca falamos de você. - falei alto e ela se assustou. - Agora não importa mais, ele já sabe de tudo. Obrigada Sofia.
- Espera, Ayla - ela choramingou - me perdoa.
- Tá tudo bem, Sofia. Eu só preciso ir pra casa, tive um dia horrível.
- Tudo bem - ela concordou e eu fui embora. Quando entrei em casa pude ouvir o Nate e a Tônia brigando na cozinha.
- Como assim? Você tá reclamando de uma criança, Tonia. - Nate falou bravo - ele não fez nada.
- Você não é o pai dele, Nate. Você não pode deixar a mim ou a sua filha de lado por causa dele.
- eu não deixo ninguém, Tônia.
- eu sei muito bem que você queria um filho menino, Nate. Por isso tá todo estranho comigo, por isso toda sua atenção é pra esse moleque chato. Sua irmã estava muito bem longe daqui, mas você tinha que trazer ela pra sua vida de volta né. Já na basta essa casa ridícula? Nós somos ricos, porra. Deveríamos morar em uma mansão.
- Você tá estressada - Nate suspirou. - quando você estiver mais calma a gente conversa - e então ele saiu da cozinha e me viu. Ele apenas sorriu fraco e saiu. Merda. Eu estou atrapalhando a vida do meu irmão. E o pior que minha casa não vai ficar pronta nem tão cedo, merda. O que eu vou fazer? Tô ferrada, não tenho dinheiro. Não tenho como começar a trabalhar sem minha loja e se eu gastar o dinheiro que tenho guardado agora, quando a loja ficar pronta eu não vou conseguir inaugurar. Merda. Talvez voltar pra ca tenha sido um erro grande irreversível.
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O presente do acaso.
Romance" Conta-me o teu passado e saberei o teu futuro." Magoada, ferida, humilhada, traída... o que mais poderia acontecer? O que fazer quando a pessoa que mais te magoou na vida descobre que em uma ligação eterna com você e decide ficar? O que fazer qua...