Azura
O céu possuía tons incríveis. Uma mistura fascinante entre rosa e azul claro, quase tão claro quanto os próprios olhos da moiçola.
Realmente aquele cenário era possível? Era real?
Uma parte sua mente ainda permanecia consciente, e mesmo no sonho se perguntava onde estava. Afinal, que lugar era este? E havia aquela voz, chamando - a, gritando seu nome por cima do vento.
A garota sentia o desespero percorrendo suas veias, o medo iminente, porque sabia que estava próxima do fim, e que depois seria rápido, quase indolor.
Ela correu e correu, observando as nuances das nuvens abaixo de si, formando o piso sobre seus pés, os tons belos se transformando em algo escuro, e maldoso, assim como a voz que agora gritava seu nome.
Luna. Luna. Luna.
Trovões estavam acompanhando a tempestade que logo chegaria até eles.
Os passos eram cada vez mais velozes, ágeis, e não tardou para que as orbes claras avistassem o trono dourado e reluzente, ela estava tão perto...
A garota tentou correr mais rápido, eram apenas mais alguns metros e então...
Ela estendeu a mão afim de alcançar a construção divina. No entanto, faltava um maldito centímetro entre ela e o trono de ouro quando o chão se desfez abaixo de si, e a garota caiu junto as gotas de chuva que se iniciavam.Seu nome sendo dito por diversas vozes desesperadas enquanto observavam o destino se cumprindo e nada poderiam fazer.
Luna. Luna. Luna.
Naquele momento a moiçola não era mais Luna, ela se tornou apenas uma gota de chuva.
♡
─۫─̸ LUNA!
Acordei sobressaltada, o ar ainda não adentrava meus pulmões como necessário, e estava tão difícil respirar...
Olhos castanhos familiares me encaravam de perto, Roy. Ele estava tão preocupado, a beira do desespero enquanto suas mãos me seguravam pelos ombros, me chacoalhando, e me obrigando a acordar.
O peso no peito diminuiu, e consegui puxar o ar para dentro de mim, limpando meus pulmões e finalmente me sentei, o suor impregnando meu corpo e rosto, apesar de ser uma noite estupidamente fria. Levei alguns segundos para entender o que estava acontecendo, e do outro lado do quarto o crucifixo pendurado na parede embrulhava meu estômago, como em todas as malditas ocasiões, eu o odiava.
Era apenas mais um pesadelo. Apenas mais um.
Ergui as íris até meu melhor amigo, a cor aos poucos retornava para seu rosto pálido. Não era a primeira vez e provavelmente também não seria a última ocasião que Roy presenciaria, e ele tinha conhecimento dos pesadelos estranhos que me rodeavam , e isso sempre o preocupou. Na sua opinião, seria meu subconsciente tentando passar alguma mensagem sobre meu passado.
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𝐋𝐈𝐁𝐄𝐑𝐃𝐀𝐃𝐄 & 𝐐𝐔𝐄𝐃𝐀
Fantasy[Esta história foi publicada há muitos anos atrás, no entanto irá sofrer diversas modificações] E se na realidade Lúcifer não fosse o vilão e apenas lutava por algo melhor, não somente para si, como também para seus irmãos? Os anjos foram condenados...