II - Dia de Caos

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Azura

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Azura

O céu possuía tons incríveis. Uma mistura fascinante entre rosa e azul claro, quase tão claro quanto os próprios olhos da moiçola.

Realmente aquele cenário era possível? Era real?

Uma parte sua mente ainda permanecia consciente, e mesmo no sonho se perguntava onde estava. Afinal, que lugar era este? E havia aquela voz, chamando - a, gritando seu nome por cima do vento.

A garota sentia o desespero percorrendo suas veias, o medo iminente, porque sabia que estava próxima do fim, e que depois seria rápido, quase indolor.

Ela correu e correu, observando as nuances das nuvens abaixo de si, formando o piso sobre seus pés, os tons belos se transformando  em algo escuro, e maldoso, assim como a voz que agora gritava seu nome.

Luna. Luna. Luna.

Trovões estavam acompanhando a tempestade que logo chegaria até eles.

Os passos eram cada vez mais velozes, ágeis, e não tardou para que as orbes claras avistassem o trono dourado e reluzente, ela estava tão perto...

A garota tentou correr mais rápido, eram apenas mais alguns metros e então... 
Ela estendeu a mão afim de alcançar a construção divina. No entanto, faltava um maldito centímetro entre ela e o trono de ouro quando o chão se desfez  abaixo de si, e a garota caiu junto as gotas de chuva que se iniciavam.

Seu nome sendo dito por diversas vozes desesperadas enquanto observavam o destino se cumprindo  e nada poderiam fazer.

Luna. Luna. Luna.

Naquele momento a moiçola não era mais Luna, ela se tornou apenas uma gota de chuva.

                                  ♡

─۫─̸ LUNA!

Acordei sobressaltada, o ar ainda não adentrava meus pulmões como necessário, e estava tão difícil respirar...

Olhos castanhos familiares me encaravam de perto, Roy. Ele estava tão preocupado, a beira do desespero enquanto suas mãos me seguravam  pelos ombros, me chacoalhando, e me obrigando a acordar.

O peso no peito diminuiu, e consegui puxar o ar para dentro de mim, limpando meus pulmões e finalmente me sentei, o suor impregnando meu corpo e rosto, apesar de ser uma noite estupidamente fria. Levei alguns segundos para entender o que estava acontecendo, e do outro lado do quarto o crucifixo pendurado na parede embrulhava meu estômago, como em todas as malditas ocasiões, eu o odiava.

Era apenas mais um pesadelo. Apenas mais um.

Ergui as íris até meu melhor amigo, a cor aos poucos retornava para seu rosto pálido. Não era a primeira vez e provavelmente também não seria a última ocasião que Roy presenciaria, e ele tinha conhecimento dos pesadelos estranhos que me rodeavam , e isso sempre o preocupou. Na sua opinião, seria meu subconsciente tentando passar alguma mensagem sobre meu passado.

𝐋𝐈𝐁𝐄𝐑𝐃𝐀𝐃𝐄 & 𝐐𝐔𝐄𝐃𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora