[Esta história foi publicada há muitos anos atrás, no entanto irá sofrer diversas modificações]
E se na realidade Lúcifer não fosse o vilão e apenas lutava por algo melhor, não somente para si, como também para seus irmãos? Os anjos foram condenados...
Abaixo segue o vestido da Azura. Esse capítulo possui música, ao longo dele será indicado o melhor momento para ser colocada.
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Azura
Os dois últimos dias haviam sido confusos e libertadores em igual proporções. Meus treinos seguiram normalmente com Mike e desde o incidente, não havia visto Nowa em lugar algum. Até arrisquei questionar o caído o porquê dele estar novamente me treinando e ele se sentiu ofendido por achar que eu preferia o demônio em seu lugar, porém explicou que a festança de início da primavera requeria a presença do guardião constantemente no vilarejo, e por isso ele estava substituindo Nowa.
Selene e Brianna - a bruxa do cabelo encaracolado - não eram vistas em lugar algum dentro do castelo e até duvidava que elas saiam do seu próprio quarto, todavia eu sempre encontrava Bethany no período após o almoço enfurnada na biblioteca lendo algum volume, absorta em seu próprio mundo e em uma cadeira próxima sempre estava o vampiro; Edward, parecendo incrivelmente entediado e emburrado por estar ali com ela, provavelmente servindo de segurança. Apesar dessa proximidade, era como se existisse uma parede invisível entre nós, os recém chegados não queriam interagir e Mike disse para respeitarmos a decisão deles.
O dia já havia amanhecido há pouco pares de horas e eu já estava pronta para mais uma série de treinos físicos, até então Mike não arriscou - se a iniciar as aulas com arco e flecha, pois disse que pouco entendia dessa prática, que sua especialidade eram espadas, e que não confiava em mim com um objeto afiado, isto ele admitiu com um falso pesar, dizendo que eu definitivamente sou a pior a aluna que um dia já existiu, obviamente também sou a única aluna que ele teve.
Sai do quarto fechando a porta - finalmente haviam colocado outra! - com cautela, porque não queria acordar Roy, pois desde nosso retorno e a nossa conversa, ele sempre parece ocupado demais, contudo sempre vem até os meus aposentos de noite, para dividirmos a cama exatamente como fazíamos em Florença, conversamos sobre tudo e ao mesmo tempo nada, até adormecemos. É algo bom, é algo familiar e seguro. No entanto, todos esses pensamentos tornam - se dispersos em minha mente no momento que adentro a arena.
Naquela manhã, não era Mike que me aguardava e sim o príncipe demônio. Assim como dois dias atrás, haviam vários alvos espalhados e um arco e flecha em suas mãos, mas também havia a sombra de um sorriso em seus lábios e um ray ban sobre seus olhos.
─۫─̸ Você parece muito surpresa em me ver... ─۫─̸ Ele soltou o gracejo quando já estava próxima o bastante para que me entregasse a arma ─۫─̸ Sentiu saudades?
─۫─̸ Por que você está usando esse óculos ridículo? ─۫─̸ Questionei com curiosidade, testando o peso do objeto sobre meus dedos, era mais leve do que aparentava. E de fato, o óculos era ridículo apesar de ficar bonito nele, porém eu nunca admitiria isso.
