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Como era domingo a discoteca não estava tão cheia, visto que a maioria tinha trabalho de manhã no dia seguinte.
Estava um pouco desmotivada. Qualquer pessoa iria dizer que era drama, até podia ser, mas tenho as minhas razões.
O orgulho que tanto me havia esforçado a trazer aos meus pais meio que me estragou um pouco, apesar de já não me importar com isso quanto a eles, pelo menos assim tento. Eu não quero que o que eu faça estrague a relação de outras pessoas. Não queria começar a minha relação com o Eren a estragá-la, além disso é algo que consigo resolver com uma simples ação minha.
-- ina, menina. -- oiço uma voz a me chamar e aí é que percebo que estava a olhar fixamente para o mesmo ponto à algum tempo. Aproximo-me do moço para o ouvir melhor, visto que "Get into it - doja cat" tocava alto.
-- Sim, desculpe. O que vai querer? -- pergunto, tentando tirar o transe da minha cabeça.
-- Vou querer dois -- ele é interrompido.
-- S/n vai apanhar um pouco de ar que eu trato disto. -- Onyankopon aparece por detrás de mim colocando a mão no meu ombro e se desculpando ao cliente de seguida.
-- Obrigada. -- comento e me dirijo para a esplanada dos fundos, onde só costuma ir os funcionários.
Abro a porta e ia me encostar na parede porém vejo que estava lá alguém então volto a pegar na pega da porta para sair porém sou interrompida.
-- Pode ficar, S/n.
-- Preferia que não me chamasse assim, ou me chamasse de todo. -- falo me dirigindo para a loira. -- Não me conhece.
-- Tens de perceber que apenas estava a zelar pela minha empresa. -- ela comenta inalando no cigarro e libertando o fumo de seguida. -- Tenho a certeza de que entendes.
-- Já que estamos sem formalidades. -- digo, me virando e a encarando. -- Se o teu objetivo é me torturar mais estás a conseguir, Yelena. -- digo suspirando em seguida. -- Não te conheço de todo mas pelo que presenciei não tenho interesse.
-- Ouch, um pouco fria, não?
Ignoro o seu comentário e pego no cigarro que estava na sua mão e inalo, soprando o fumo lentamente enquanto olhava para o céu iluminado pelas luzes da cidade.
-- Seguiste-me até aqui ou o quê? -- comento friamente.
-- Não te sintas tão importante. Por coincidência apareces-te, e ainda bem que o fizeste. -- ela vira a cabeça para me encarar, me olhando de cima a baixo. -- Eras mesmo do que eu precisava.
-- O que é suposto isso significar? -- pergunto apesar de saber muito bem o que ela queria.
-- Tens cara de quem precisa de se aliviar? Se calhar é só pela tensão da vida ou será mesmo tesão acumulada? -- ela se vira, ficando de frente para mim, me prendendo com a mão de um lado e o rosto próximo do meu.
