Sincronia.

Capítulo três.

Sakura ouviu a notificação do celular e correu para ver se Hinata precisava de alguma coisa, mas quando alcançou o objeto quase caiu para trás ao ler o nome escrito no visor.  

Sasuke Uchiha

Oi, madame

Seguinte... Precisava falar com você.

Sakura Haruno

Como me achou?

Tá me perseguindo?

Sasuke Uchiha

Calma, eu não mordo ��

Sakura encarou a tela do celular e ficou sem reação por alguns segundos.

Sasuke Uchiha

Tô brincando, moça

Só queria falar com você. Consegue ir lá no hospital amanhã?

Sakura pensou alguns segundos antes de digitar novamente.  

Sakura Haruno 

Tudo bem, te encontro lá.  

 Naquela noite a rosada foi dormir ansiosa pra saber o que o garoto queria com ela. Pensou em todas as opções; desde que ele ia se declarar profundamente apaixonado – o que a assustou – até que ele iria ameaçar jogar na internet um vídeo ou algo do tipo daquela primeira noite no estacionamento. 

Não, ele não faria isso... Pensou enquanto rolava de um lado para o outro na cama. Quando viu que já se passavam de duas horas da manhã e nada ainda de sentir sono se levantou e foi até a cozinha beber uma xícara de chocolate quente. Só conseguiu pregar os olhos quando o dia já estava quase amanhecendo.  

Quando o sol nasceu Sakura saiu praticamente correndo, a bolsa jogada de maneira bastante desleixada sobre os ombros e uma expressão de ansiedade estampada no rosto. Dirigiu pelas ruas de Konoha apreensiva e perto das oito e vinte estacionou ao lado da cancela. 

— Bom dia — Sasuke murmurou com cara de poucos amigos — Veio cedo, né? 

— Eu tava muito curiosa — Admitiu e adorou ver Sasuke sorrir e passar as mãos pelo cabelo bagunçado — Fala, por favor.  

— Seguinte — O garoto pareceu pensar por alguns segundos e desviou o olhar, envergonhado — Lembra daquele lance que eu disse que achava que você devia tentar outra coisa em que fosse boa? 

Sakura uniu as sobrancelhas e concordou, ainda sem entender onde o rapaz queria chegar. Sasuke trocou o peso das pernas e encarou o rosto dela antes de continuar. 

— Se você quiser eu posso te ajudar — Soltou de uma vez — Achar alguma coisa que te faça se sentir bem. Viva. 

Sakura observou aquele estranho que sorria bastante e tinha as mãos enfiadas no bolso da calça, usando o mesmo casaco gasto de dias atrás e subitamente um sentimento de gratidão tomou o seu ser. 

Não era acostumada com gentilezas e nem com sorrisos a esmo por tanto sua primeira reação foi desconfiar. 

— Quanto você quer por isso? — Pôs as mãos na cintura e o lançou um olhar frio. 

Sasuke pareceu ofendido.

— Nem tudo é sobre dinheiro, Sakura — Fixou seus olhos nos dela e sustentou o olhar — Às vezes as pessoas só estão tentando ser legais. Você devia aprender isso se não quiser ser confundida para sempre com uma maldita patricinha mimada.