Capítulo treze.

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A manhã teria sido perfeita se Sakura não tivesse recebido uma mensagem de Mebuki logo que abriu os olhos. Sasuke ainda dormia, totalmente sereno, quando ela se esgueirou para fora da cama e visualizou a mensagem da mãe.

Mebuki

Vai ter um coquetel na empresa na semana que vem.

Preciso que você compareça. 

Sakura revirou os olhos e mandou uma mensagem confirmando a presença. Os Haruno eram donos de uma empresa enorme de cosméticos e infelizmente a filha mais velha era sempre requisitada nessas reuniões, sem chance de recusa.

Desceu os degraus até a sala e atravessou até a cozinha, cantarolando enquanto colocava o café para passar. Eram seis horas da manhã e Sasuke começaria a trabalhar às sete. Logo teria que acorda-lo.

Faziam anos que Sakura não pensava em Kizashi, seu pai, mas naquela manhã em especial sentiu falta de seus sorrisos sinceros e broncas matinais. Ela sentia sua falta.

Kizashi faleceu de câncer quando ela tinha somente nove anos e sabendo da personalidade difícil da esposa colocou metade de seus bens no nome da filha Sakura, como herança, antes de partir. 

Sakura era milionária desde de criança e Mebuki tinha ficado com o restante do dinheiro, o que para ela, era provavelmente o motivo de as duas nunca terem se dado realmente bem. Inveja, talvez.

Quase dez anos depois da morte de Kizashi a mãe de Sakura teve outro filho, seu irmão mais novo Denki. A empresa de cosméticos era uma herança de Sakura por tanto ela era imprescindível nesse coquetel; mesmo que fosse para acenar e sorrir para as fotos do tabloide, ela tinha que estar lá.

Quando Sakura tinha dezoito anos e estava começando a faculdade de publicidade ela pensou seriamente em assumir a diretoria da empresa, mas o convívio com a mãe era insuportável a ponto de ela recusar a oferta. Tinha focado no balé.

Terminou de preparar a bandeja e subiu as escadas cuidadosamente, tentando não deixar cair nada. Sasuke ainda estava dormindo por isso ela largou a comida sobre a escrivaninha e se jogou sobre ele.

Aproveitou para beijar seu pescoço, sua garganta, seus lábios. Mas Sasuke sorriu, ainda de olhos fechados, e a segurou pelos pulsos, ficando sobre ela. 

Ele ficava ainda mais lindo com a cara amassada. O cabelo negro estava rebelde como sempre e ele deu um sorriso de canto ao vê-la encara-lo com tanto desejo.

Ele passeou as mãos pelo corpo de Sakura, tocando sua cintura com possessividade e ela quase se rendeu aos seus toques.

— Você vai se atrasar — Disse risonha quando ele fez cara feia — Vem, eu fiz o café.

Sasuke se sentou na cama e ficou observando enquanto Sakura trazia uma linda bandeja decorada e posicionava sobre seu colo. Tinham pãezinhos recheados, bolo, suco e café. Sasuke beliscou a comida, ainda sorrindo. 

— Muito atenciosa essa patricinha... — Murmurou de boca cheia.

— Não sou patricinha — Ergueu uma sobrancelha — O que aconteceu com “madame?”

Sasuke não respondeu, somente enlaçou Sakura em um abraço carinhoso e depositou um beijinho casto no topo de seus cabelos.

— Preciso ir — Se levantou — Vou sentir saudades — Fez um biquinho — Podemos nos ver hoje?

Sakura caiu na gargalhada ao ver um homem daquele tamanho, completamente nu, fazendo birra. Se levantou da cama e o abraçou, sentindo o seu amigo se animar pela aproximação.

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