Capítulo quatorze.

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Estava nervosa enquanto terminava de retocar o batom dos lábios em frente ao espelho. Hoje seria o nada esperado coquetel e estava nervosa com a perspectiva de encontrar qualquer um que conhecesse por lá. Inclusive, sua própria mãe.

Respirou fundo e desceu as escadas, rumando em direção ao carro. Antes de sair ainda mandou uma selfie para Sasuke dizendo “Me deseje sorte”.

Sasuke estava trabalhando hoje, se não, certamente iria com ela. Mesmo que as pessoas o olhassem feio ou as fotos fossem parar no jornal ela não se importaria, não com ele ao seu lado.

As meninas estavam tendo uma conversa animada no grupo, a prova disso eram 267 mensagens não visualizadas no grupo e Sakura jurou que iria olhar assim que tivesse um tempo.

A tarde estava fresca e por isso escolheu um vestido de seda vermelha com uma fenda nas coxas, que a deixava poderosa e sensual, além de saltos altos. 

Chegou ao local e notou, desanimada, que o lugar já estava cheio. A reunião se tratava de algum contrato que faria com outra empresa do mesmo ramo e por isso ela precisaria estar ali; só para acenar e se auto denominar a herdeira dos Haruno. Completamente desnecessário.

— Filha — Mebuki apareceu de repente — Boa escolha de vestido — Deu a Sakura uma piscadela e sorriu, tocando seus ombros.

Antes que Sakura pudesse responder ela continuou:

— Vamos conversar com os patrocinadores — A mulher segurou seu braço e delicadamente a escoltou até um grupo de pessoas, que a encaravam fascinados — Essa é minha primogênita. Sakura.

Sakura investigou as pessoas ali. Haviam três homens e duas mulheres. Uma delas sorriu largamente ao encarar Sakura.

— Oh, eu conheço você — Disse com os olhos brilhantes — Você é bailarina, certo?

Sakura sorriu.

— Eu era — Disse de maneira contida — Estou... Afastada.

— Entendo — A moça sorriu — É um prazer conhece-la.

As apresentações duraram alguns minutos e logo Sakura conversava com eles sobre a marca, os produtos, e coisas que ela sinceramente não dava a mínima, mas o fez pois tinha um papel para representar.

Mebuki sorria largo, completamente satisfeita em poder exibir a filha prodígio, nem parecia a mulher descontrolada e raivosa que tinha invadido sua casa apenas algumas semanas atrás. Totalmente previsível.

— Filha — Ela usou a palavra mais uma vez — Tem alguém que gostaria muito de conhece-la.

Sakura precisou de muito esforço para não rolar os olhos, o ato, ali, seria encarando como uma profunda falta de educação. Repentinamente sentiu saudades de Sasuke e seus amigos desbocados.

Mebuki a conduziu pela multidão até uma mesa onde somente um homem ruivo estava e por alguns segundos Sakura pensou que fosse Sasori e por isso apenas ficou lá, o encarando. Ele era mais magro e talvez uns bons centímetros mais altos e o alívio se instalou em seu peito ao perceber que não se tratava do ex namorado.

— Senhor — Ela fez uma reverência — Minha filha, Sakura.

O homem estava vestido em um traje esporte fino e a encarou com um olhar interessado, quase febril. Ele tinha cabelos ruivos muito bem aparados e marcantes olhos verdes.

— É um prazer — Se levantou para puxar uma cadeira ao seu lado — Sou Gaara.

Gaara parecia ser um cara legal, mas Sakura tinha vivido tempo demais com a mãe para entender perfeitamente suas intenções. Se virou para Mebuki, pronta para protestar, quando ela disse:

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