Um último momento de felicidade

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Jake: — Boa noite — ele disse acariciando minha barriga.

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Acordei e Jake não estava lá, então fui tomar banho. Quando estava descendo vi Jake sentado no sofá mexendo no notebook.

S/n: —Bom dia — falei dando um beijo na bochecha dele — acordou cedo.

Jake: — Eu já comecei a trabalhar, sou obrigado a entrar oito da manhã — ele disse fazendo uma careta.

S/n: — Pelo menos você não é mais perseguido.

Jake: — Já tomou café?

S/n: — Não tô com fome.

Jake: — S/n...

S/n: — Eu tô bem, depois eu vou comer.

Jake: — Posso te perguntar uma coisa?

S/n: — Claro.

Jake: — Ontem quando eu estava procurando minha calça eu achei isso aqui — ele tirou um frasco de calmante do bolso — Por que isso estava lá?

S/n: — Eu estava tomando.

Jake: — Por que?

S/n: — Eu estava estressada com tudo isso. Mas eu só tomei um dia.

Jake: — S/n, tinham três frascos vazios na gaveta. Você tomou tudo isso em um dia só?

S/n: — Talvez — disse já com algumas lágrimas caindo.

Jake: — Por que você fez isso? — ele falou me abraçando — você podia ter morrido pequena.

S/n: — Eu sei disso, meio que foi essa a intenção.

S/n: — Eu tinha a vontade de fazer isso a muito tempo, mas eu nunca tive coragem sabe? Eu tinha medo do que aconteceria depois disso, mas agora depois do meu irmão ter ido eu não me importava com mais nada.

Jake: — Não faz mais isso tá bom? Se não for por você, por mim.

S/n: — Vou tentar.

Jake: — Eu sempre vou estar aqui, se você precisar.

S/n: — Sempre?

Jake: — Sempre.

S/n: — Promete?

Jake: — Juro.

Jake: — Agora vai comer.

S/n: — Eu não tô com fome.

Jake: — Você tem que comer.

S/n: — Mas eu não quero, e não vou — disse cruzando os braços.

Jake: — Tá bom. Depois que você desmaiar não conte comigo para te levar no médico.

S/n: — Esse tipo de ameaça não funciona comigo, eu sei que você levaria. Mas ainda sim não vou correr o risco — falei indo até a cozinha e pegando uma panqueca que ele havia feito e depois fui tomar banho, iria falar com a Hannah.

Jake: — Onde você vai?

S/n: — Falar com a Hannah.

Jake: — Boa sorte, e cuidado — ele falou me dando um selinho.

Fui andando e na rua as pessoas pararam de me olhar com raiva ou me julgando, tinha até umas que estavam falando comigo e me agradecendo por ter salvo a Hannah.

— Ei! — ouvi alguém me chamando e quando me virei vi Norman vindo atrás de mim.

S/n: — Um tapa não foi suficiente não?! Vai querer o soco também?!

Norman: — Calma. Quero pedir desculpa por ter falado daquele jeito com você.

S/n: — Não. Agora se não se importa eu tenho coisas pra fazer.

Norman: — O que custa me desculpar?

S/n: — Custa meu orgulho e meu ego.

Norman: — Você não é tão diferente do que eu pensei.

S/n: — Maravilha — deixei ele falando sozinho e fui até a casa da Hannah, quando toquei a campainha ela atendeu na mesma hora.

Hannah: — Vai morar aqui agora?

S/n: — Deixa eu entrar logo menina, você me ama que eu sei. Eu quero perguntar umas coisas.

Hannah: — Tudo bem — ela respondeu me dando espaço para sentar e nós duas nos sentamos juntas no sofá.

S/n: — Você sabe quem te pegou?

Hannah: — O Thomas.

S/n: — O Thomas?!

Hannah: — Sim, ele me pegou dois anos atrás e a gente tá junto até hoje.

S/n: — Vai se foder Hannah — falei e ela começou a rir.

Hannah: — Não sei quem foi. Não consegui ver. Eles estavam sempre com a máscara, e não falavam.

S/n: — Então são pessoas que você conhece.

Hannah: — Como assim?

S/n: — Se eles não falaram nada, era por que estavam com medo de que você os reconhecessem.

Hannah: — É, pode ser. Mas por que?

S/n: — Porque eu vou atrás deles.

Hannah: — Como é retardada?!

S/n: — Isso mesmo minha querida.

Hannah: — S/n, você está grávida! Querendo ou não você tá carregando uma vida com você. Você não pode sair fazendo essas coisas assim

S/n: — Eu sei disso Hannah, mas eu não vou deixar isso barato.

Hannah: — Ok, então eu te ajudo.

S/n: — Como assim?

Hannah: — Entramos nessa juntas, e vamos sair também.

S/n: — É por isso que eu te amo, chata — falei abraçando ela de lado.

Hannah: — Também te amo.

S/n: — Eu quero te falar mais uma coisa.

Hannah: — É claro que quer — contei da lembrança para ela e perguntei do menino, ela me olhou como se eu tivesse perguntado algo óbvio — era o Richy, ele e os meninos viviam infernizando nossa vida. O Richy mais especificamente por que gostava de você.

S/n: — Foi o que eu imaginei. E você sabe algo sobre o homem?

Hannah: — Não, mas eu me lembro que ele passou o dia naquele mesmo lugar, olhando para sua casa. E quando o Joe voltou do encontro dele eles dois brigaram.

S/n: — O meu irmão brigou com ele?

Hannah: — Foi surpreendente para mim também, o Joe era bem tranquilo.

S/n: — Entendi. A Jennifer estava na casa?

Hannah: — Sim.

S/n: — Valeu Hannah.

Hannah: — Devo me atrever a perguntar se você já pensou?

S/n: — Já, mas não falei com o Jake ainda.

Hannah: — Pode abrir a boca.

S/n: — Se for menino Brian, se for menina Maya.

Hannah: — E você quer qual?

S/n: — Tanto faz.

Hannah: — Esse papo de tanto faz não cola comigo não meu amor.

S/n: — Acho que menina.

Hannah: — Foi o que eu imaginei.

S/n: — Vamos sair com o grupo?

Hannah: — Bora. Você e o Jake aproveitam e falam do bebê.

S/n: — Acho que o Jake não vai querer ir.

Hannah: — Por que?

S/n: — Ele não é muito social.

Hannah: — Tenho certeza que você vai conseguir convencer ele.

Duskwood - RevengeOnde histórias criam vida. Descubra agora