Capitulo 28

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Depois de muitos dias de altos e baixos, hoje, vinte e oito dias após o transplante, eu estava indo para casa. Com várias recomendações, exames agendados, mas em casa.

   Deitar em minha cama, em meu quarto... Ah! Isso não tem preço!

   Ainda não posso sair fazendo aula de dança, mas estou liberado para viver minha vida normal e sem sinal da leucemia.

   Amanhã, Jungkook voltará ao trabalho, o quer dizer que é minha última noite com ele só para mim. E imagina se eu não iria aproveitar cada segundo ao lado dele?

   Em casa, todos me esperavam, com uma festinha surpresa de boas vindas. Como eu amava cada um deles! Os bebês do Namjoon estavam tão lindinhos e tão crescidos! Essa recepção em casa foi uma delícia e só demonstrou o carinho que eles tinham por mim. Depois do jantar improvisado, Tae e Jin se enfiaram na cozinha e lavaram a louça. Falei para largarem tudo ali que depois daríamos um jeito, mas não me deixaram nem terminar.

   ―Ei, não senhor. Você acabou de voltar do hospital. Nem pense que deixaremos toda essa bagunça pra você arrumar. Vá lá pra sala e deixe tudo com a gente. Você teve alta, mas nada de abusar.

   Não tive escolha a não ser dar razão a eles. Um pouco depois de acabarem de arrumar a cozinha, Eles vieram para a sala e com jeitinho, levaram seus maridos embora.

   ―Bem, já vamos. Amanhã eu venho ficar com você, tá? Na hora do almoço, venho te fazer um pouco de companhia. ― Tae disse, empurrando Hope porta afora. Namjoon e Jin, cada um com um bebê no colo, se despediram e seguiram os dois.

   ―Bem, Pequeno, depois de um dia como hoje, precisamos dormir, né? Vamos lá. Banho e cama. ― Me deu um tapinha na bunda, me incentivando a andar. Ri e fomos para o quarto. Tiramos os sapatos e como ainda eram nove da noite, ligamos a TV e nos deitamos.

   Estávamos na cama, deitados, minha cabeça em seu ombro. Meus cabelos estavam crescidinhos e ele ficava acariciando, dizia que parecia um tapete fofinho. Aproveitando o momento, e esquecendo totalmente o que se passava na televisão, deixei meus dedos percorrerem seu peito, desabotoando sua camisa lentamente. Devagar para não chamar muita atenção, fui passando os dedos pelo seu peito, descendo por seu abdômen e mais para baixo um pouco, brincando com o cós da calça. Jungkook suspirou e me beijou a testa.

   Olhei para ele, nossos olhos se prendendo. Ele abriu a boca para dizer alguma coisa, provavelmente para que eu não tivesse ideias, mas não deixei ele
dizer nada e colei minha boca na dele.

   Ah! Que saudade daquele beijo! Nossas línguas também estavam com saudade e se tocavam enlouquecidas, dançando juntas, explorando... Montei sobre ele, sem desgrudar nossas bocas. Rebolei lentamente sobre seu pau duro, fazendo-o gemer. Eu não deixaria que ele viesse com o papo de que “não devemos”.

   Sem vergonha e tarado.

   Duas palavras que me descreviam nesse momento, perfeitamente. Arrastei minha boca pela mandíbula dele, em direção ao seu ouvido.

   ―Estou com tanta saudade de você. Louco pra te sentir dentro de mim. Sou seu Pequeno, Senhor. Farei o que mandar.

   O pau dele, entre minha bunda, reagiu instantaneamente ao que eu disse e então o jogo mudou. Num movimento ágil, ele nos girou, ficando por cima de mim, agora era sua boca que percorria minha pele.

   ―Você não sabe o poder que essas palavras têm sobre mim, Pequeno. ― Sussurrou enquanto mordia o lóbulo da minha orelha, me arrepiando. Seu tom, rouco, provocou uma pequena eletricidade em meu corpo.

   ―Sou seu, Senhor.

   Ele gemeu baixinho, lambendo meu pescoço.

   ―Meu pequeno, minha vontade de você é tamanha, que tenho medo de gozar quando a cabeça do meu pau entrar em seu calor...

   ―Não tema, Senhor, porque do jeito que estou hoje, terá seu pau ordenhado até a última gota pelas contrações do meu orgasmo.

   ―Jimin, não fale essas coisas! Mal me aguento estando assim aninhado no calor do seu corpo, com esse monte de pano entre nós. Não quer que isso dure? Pois se continuar assim, meu apelido vai mudar de Dr.Tentação para Papa-Léguas ou Ligeirinho.

   Não me contive e ri de sua ideia absurda.

   ―Kook, arranque minha roupa, me lamba, me chupe, me coma de todas as maneiras que você souber. Não aguento mais de vontade e não me importo se da primeira vez você for o Ligeirinho. Sei muito bem do que é capaz. Não me deixe assim, sofrendo com vontade de você.

   Com um grunhido, ele arrancou minhas roupas, abriu a calça e sem cerimônias, se meteu em mim, me fazendo gritar de tesão e meu corpo todo estremecer.

Puxei o ar pela boca e tentei conter o orgasmo.

   ―Kook... Ah, amor! ― Meu Dr. Britadeira apareceu sem avisos e me levou ao delírio. Todo o papo de Ligeirinho, pura conversa fiada.

   Jungkook sussurrava palavras safadas em meu ouvido, elogiava meu corpo, chupava minha pele, desesperado pelo meu gosto. Perdi a conta de quantos orgasmos eu tive. Estava supersensível, após todo esse tempo de espera. Meu corpo era um brinquedo em suas mãos.

Ele me posicionava como queria, fazendo meu prazer chegar a níveis inimagináveis.

   Apenas quando eu estava quase sem forças, ele se permitiu gozar, apertando meus mamilos e chamando meu nome.

   ― JIMIN! Você me deixa louco, Pequeno. Louco e imensamente satisfeito. Nunca, antes de você, eu havia me sentido assim. Te amo tanto. ― Confessou, agarrado a mim, ainda dentro de meu corpo.

   Ficamos assim por um tempo, nossas respirações se acalmando.

   ―Quer comer alguma coisa? Eu trago pra você.

―Para de se preocupar com isso, amor. Eu só quero ficar assim, grudado em você, sentindo seu cheiro, seu calor...

   ―Sabe quando eu vou parar de me preocupar com você? Nunca, Pequeno. Você é meu e é minha obrigação te fazer feliz, não deixar que nada te falte. Então, como seu irmão diz, acostume-se a isso. ― Me beijou carinhosamente na testa.

   Sorri e uma sensação de plenitude me tomou...

   ***

   Horas mais tarde, acordei com o cheirinho do café.

   Me levantei e olhei pela janela.

O céu estava começando a clarear, devia estar na hora do Kook ir para o hospital. Passei no banheiro e depois de fazer xixi e lavar as mãos, fui até a cozinha, descalço.

   Como era bom não me preocupar com nada e estar curado!

   Lá estava ele, colocando o café nas xícaras. Cheguei por trás, o abracei e dei um beijo em suas costas.

   ―Bom dia, amor.

   ―Bom dia, Pequeno. Eu ia levar o café pra você, na cama. ― Ele virou e me beijou na cabeça. ―Vamos, venha comer.

  Depois que comemos, Kook me pegou no colo, feliz, rindo e me fazendo cócegas, me levando para o quarto. Me deitou na cama e me cobriu.

   ―Durma um pouco mais. Vou tomar banho e me trocar. Tenho que estar no hospital em meia hora. Mais tarde a Mi-cha chega e te acorda. Não se esqueça das recomendações do seu médico.
Descanso e nada de abusar mais por hoje. Você ainda está se recuperando, seu corpo precisa de repouso. Durma.

   Com um beijo e uma carícia leve em meu rosto, ele entrou no banheiro. Hoje começaria a nossa vida, pra valer. Sem a sombra da doença pairando sobre nós, como seria a rotina agora?

INCONDICIONAL  ( Jikook ) Onde histórias criam vida. Descubra agora