INCONDICIONAL ( Jikook )

Capítulo 10

Jungkook ON

***

   Deixei Jimin no quarto do Hoseok e desci para pegar meu carro. Só iria trabalhar no outro dia pela manhã, passaria o tempo armando uma cena para ele. Já que Hoseok tinha dado com a língua nos dentes, eu poderia soltar meu lado obscuro com Jimin e com certeza o surpreenderia. Meu Pequeno tinha a mente aberta e pelos livros que escrevia, estava louco para provar de tudo.

   E eu faria o meu melhor. Um sorriso sinistro surgiu em meu rosto. Eu estava com saudade daquilo.

Estava absorto em meus pensamentos quando meu celular vibrou.

   ―Dr. Jeon. ―Atendi, já sabendo que poderia ser algo urgente.

   ―Ei, Jungkook, beleza?

   ―Fala, Yoongi. O que aconteceu?

   ―Sabe o Tae do Hoseok? Então, ele e um amigo, que é bem gostoso por sinal, resolveram se cadastrar para serem doadoras de medula. Falei pra ele que nós agilizaríamos o processo. Dá sua carta branca?

   ―Pode fazer. Estou saindo do hospital...

―Então passa aqui no hemocentro e já assina as autorizações. Sei lá, vai que uma das duas é compatível? Tae parecia tão certo nisso que, sei lá...

   ―Estou indo. ― Desliguei, virei para o lado oposto e logo cheguei ao hemocentro, onde ele me esperava com os papéis. ―Não custa, né? ― A chance de compatibilidade seria uma em um milhão, ou mais... Assinei os papéis e entreguei a ele. ―Mantenha-me informado.

   ―Vá descansar, você está com uma cara terrível. ― Disse ele, dando um tapinha em meu ombro.

   ―Faça-me um favor, mande um prato especial para Jimin, no jantar. Ele precisa de nutrientes.

   ―Pode deixar, fique sossegado. Daqui a pouco meu plantão termina, mas eu me encarrego disso.

   Dei um tchau com a mão para todos e fui para casa. Eu estava realmente esgotado, a cirurgia havia sido estressante e muito complexa. Cheguei em casa, arranquei a roupa e me atirei na cama, dormindo quase no mesmo instante que minha cabeça tocou o travesseiro.

   ***

Cheguei ao hospital bem cedo, Hoseok teria alta por volta das oito. Queria ter um tempo com meu Pequeno e quem sabe acordá-lo com um beijo, um desejo que sempre tive.

   Deus, quantas vezes eu o tinha visto adormecido e havia ficado louco para acariciar seus cabelos, seu peito que subia e descia, ao ritmo de sua respiração... beijar aquela boca deliciosa e vê-lo despertar com um sorriso...

   Meu pau latejou. Disfarçadamente, o ajeitei e continuei a caminhar pelos corredores, ainda vazios, devido ao horário.

Cheguei à porta do quarto e entrei sem bater, com todo o cuidado. Não queria que Hope acordasse e melasse tudo.

   O quarto estava à penumbra, vi Jimin deitado no sofá-cama. Devagar o peguei no colo e saí com ele pelos corredores, até a sala de descanso dos médicos.

 Entrei em um dos quartos, coloquei-o delicadamente na cama e tranquei a porta. Não queria que ninguém nos incomodasse.

   Me deitei ao seu lado, acariciei seu corpo e beijei de leve sua boca, mas ele não se mexeu. Então o cutuquei.

―Ei, meu Pequeno... acorda. ― Jimin só resmungou, como fez durante todo o percurso até ali. ―Vou arrancar suas roupas e te foder gostoso, até você gritar, se você não acordar.